Mais um verão chega e o mesmo problema de sempre:
dunas móveis tomando conta da RN-305, a principal estrada de acesso às praias
de Pitangui, Porto Mirim, Jacumã, Muriú para o norte e Graçandú e Barra do Rio.
O governo do Estado conhece a situação há anos, mas
insiste em fingir que não vê. Resultado? Motoristas arriscam a vida em pistas
cobertas de areia, turistas desistem de visitar a região e a economia local vai
ladeira abaixo.
A areia invade a rodovia e encobre faixas inteiras
da pista. À noite ou quando o vento está forte, dirigir ali virou loteria. O
perigo de acidente é real e constante.
A resposta do poder público até agora? Mandar
retirar a areia de vez em quando. Só isso. Uma semana depois, tudo volta ao
normal – ou melhor, ao anormal. As dunas avançam de novo, a pista fica
intransitável outra vez e ninguém faz nada de verdade para resolver o problema.
Moradores e especialistas falam em construir uma
nova estrada, criar barreiras, fazer alguma coisa que funcione de vez. Mas cadê
o projeto? Cadê o planejamento? O DER/RN tem a obrigação legal de manter essas
estradas em condições de uso. Então por que não faz?
Enquanto o governo do Rio Grande do Norte se omite,
quem sofre é o povo. Comerciantes veem o movimento cair porque turista não quer
arriscar a vida numa estrada perigosa. Restaurantes, pousadas, barracas de
praia – todos sentem o prejuízo. E não é só em Pitangui. São várias comunidades
que dependem do turismo e estão sendo abandonadas por um governo que não faz o
dever de casa.
O litoral potiguar tem potencial enorme para
crescer, gerar emprego e renda. Mas como? Se nem chegar até as praias dá
direito? A alta temporada chegou, as praias estão bonitas como sempre, mas o
acesso continua precário e perigoso.
Não é possível que em pleno 2025 o governo ainda
trate infraestrutura básica como favor. É obrigação. O DER/RN precisa parar de
empurrar o problema com a barriga e apresentar uma solução definitiva. Não dá
mais para aceitar remendo em problema que exige conserto.
A população do litoral norte merece respeito. Merece
estradas seguras, desenvolvimento e oportunidade. Merece um governo que
trabalhe, não que enrole. A areia vai continuar avançando – é da natureza dela.
Mas a omissão não pode continuar. Essa é escolha do governo do Estado.



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