O ministro Alexandre
de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta terça-feira (26)
que a Polícia Penal do Distrito Federal passe a monitorar em tempo integral o
ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que cumpre prisão domiciliar.
Moraes afirmou que há
risco de fuga, principalmente pela atuação do filho de Bolsonaro, o deputado
Eduardo Bolsonaro, que está nos Estados Unidos buscando influenciar as
autoridades daquele país contra o Judiciário brasileiro.
O ministro também citou a
proximidade do julgamento do processo em que Jair Bolsonaro é réu por tentativa
de golpe de Estado.
‘Nesse sentido, as ações
incessantes de EDUARDO NANTES BOLSONARO, estando inclusive localizado em país
estrangeiro, demonstram a possibilidade de um risco de fuga por parte de JAIR
MESSIAS BOLSONARO, de modo a se furtar da aplicação da lei penal”, escreveu o
ministro.
Nesta segunda, a PGR
já havia opinado a favor do monitoramento integral de Bolsonaro, citando risco
de fuga.
De acordo com a decisão de
Moraes, equipes devem realizar vigilância em tempo real do endereço residencial
de Bolsonaro.
O ministro destacou que o
monitoramento deve ser feito de forma discreta, sem “exposição indevida,
inclusive midiática”, e sem adotar medidas que invadam a esfera domiciliar ou
perturbem a vizinhança.
“O monitoramento realizado
pelas equipes da Polícia Penal do Distrito Federal deverá evitar a exposição
indevida, abstendo-se de toda e qualquer indiscrição, inclusive midiática, sem
adoção de medidas intrusivas da esfera domiciliar do réu ou perturbadoras da
vizinhança; ficando ao seu critério a utilização ou não de uniforme e
respectivos armamentos necessários à execução da ordem”, escreveu o ministro.
Moraes deixou a critério
da Polícia Penal do DF o uso ou não de uniforme e armamento durante a execução
da ordem.
O ministro também
determinou que seja oficiada a Secretaria de Segurança Pública do Distrito
Federal para as providências cabíveis e que os advogados de Bolsonaro sejam
intimados da decisão.
Além disso, Moraes
encaminhou os autos à Procuradoria-Geral da República (PGR), que terá cinco
dias para se manifestar sobre questões pendentes do processo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário