O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
apresentara um conjunto de propostas que devem injetar ao menos R$ 30,7 bi na
economia do país até 2026. O objetivo é melhorar a sensação de bem-estar da
população e reverter a queda abrupta de popularidade registrada nos últimos
meses. A estratégia antagoniza com a política do Banco Central de elevar os
juros para reduzir o ritmo econômico.
Lula e aliados, especialmente do PT, temem a
desaceleração da economia em ano eleitoral. O presidente determinou que os
ministérios apresentem propostas que possam ajudar a manter a atividade
econômica aquecida. O pacote incluiu iniciativas como o pagamento do
Pé-de-Meia, maior número de remédios gratuitos no Farmácia Popular e a
liberação do saldo bloqueado do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviços).
O montante tende a ser ainda maior quando outras
propostas saírem do papel, como a ampliação do crédito consignado privado. A
Febraban (Federação Brasileira de Bancos) estimou que a medida pode ter um
impacto de R$ 120 bilhões, mas não é possível precisar em quanto tempo esse
valor seria atingido.
Isso porque o resultado depende de uma série de
fatores, como a operacionalização da plataforma que centralizará a gestão da
consignação, a política de crédito de cada instituição ofertante e aspectos da
conjuntura econômica.
O Banco Central tem atualmente a maioria dos
diretores indicados por Lula, inclusive o presidente Gabriel Galípolo. Até o
fim de 2024, o petista era o principal crítico da política de aumento dos juros
comandada pela gestão de Roberto Campos Neto, que havia sido indicado pelo
ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Agora, o petista diz que Galípolo não pode “dar um
cavalo de pau” e que tem confiança na nova diretoria. A taxa Selic está em
13,25% ao ano e pode chegar a 14,25% na reunião do Copom marcada para 18 e 19
de março. O BC deve manter o ciclo de alta do juro básico para segurar a
inflação, que atualmente está acima do teto da meta.
Poder 360
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