terça-feira, 12 de agosto de 2025

Presidente do União Brasil cobrava propina por cargos de direção do partido, diz ex-aliado

 


O deputado federal Luciano Bivar (PE), ex-presidente e fundador do União Brasil, fez duras acusações contra o atual chefe da sigla, Antonio Rueda. Bivar denunciou um esquema de venda de diretórios estaduais e municipais do partido, supostamente conduzido por Rueda, que receberia propinas em troca do controle dessas estruturas. Segundo o parlamentar, as negociações aconteciam em um apartamento alugado em São Paulo, utilizado para “receber encomendas”. As informações são do jornal Folha de São Paulo.

“Ele vendia diretórios para políticos que diziam que poderiam fazer melhor pelo partido, mas, em troca, recebia propinas. Eu não acreditava nisso, mas hoje me penitencio por não ter percebido os sinais e as denúncias”, afirmou Bivar.

O atual presidente do União Brasil, Antonio Rueda, que está prestes a comandar a maior federação partidária do país — União Brasil e PP, com 109 deputados federais e 14 senadores —, rebateu as acusações, classificando-as como “delírios e calúnias”. Rueda destacou que a trajetória de Bivar é marcada por derrotas eleitorais e processos judiciais, e afirmou que o deputado pernambucano chegou a ameaçar sua filha, hoje com 12 anos. Leia a nota completa abaixo:

“Com pesar, digo que a trajetória do sr. Luciano Bivar fala por si: foi rejeitado nas urnas, afastado pela Justiça, responde a processos e agora recorre a delírios e calúnias para tentar justificar sua irrelevância política. Lembro que, há pouco mais de um ano, ele chegou ao ponto de ameaçar de morte minha filha, que na época tinha apenas 12 anos. Esse episódio, por si só, revela quem ele realmente é —e o descredibiliza para a política e para qualquer brasileiro de bem.”

Distanciamento

O distanciamento entre os dois se consolidou em abril do ano passado, quando o grupo que controlava o DEM se uniu a Rueda para assumir o comando do União Brasil, afastando Bivar da presidência. Desde então, o deputado federal afirma estar à margem da legenda e pretende trocar de partido na próxima janela partidária.

“Enquanto for dirigido por alguém que só trata de negociatas, não posso participar”, declarou Bivar. Apesar de afirmar não possuir provas formais, ele diz ter presenciado pessoalmente negócios ilegais de Rueda, inclusive em um hotel em São Paulo.

Questionado sobre o motivo de só agora denunciar os fatos, Bivar disse não querer parecer um político vingativo após perder o comando do partido e que sua intenção é apenas esclarecer a situação.

 

Um quinto dos jovens que não trabalham nem estudam é analfabeto funciona

 


Quase um quinto dos jovens brasileiros com idades de 15 a 29 anos que não trabalham nem estudam está em situação de analfabetismo funcional e, por isso, tem possibilidades limitadas de melhora futura na qualidade de vida.

Os dados inéditos sobre a relação da alfabetização e a inserção no mercado de trabalho são do Inaf (Indicador de Analfabetismo Funcional) de 2024, estudo que é coordenado pela ONG Ação Educativa desde 2001.

O indicador considera dois níveis de analfabetismo funcional: absoluto, que inclui aqueles que não conseguem ler palavras ou um número de telefone; e rudimentar, que abarca quem sabe ler e escrever, mas tem dificuldade para entender o que lê ou de fazer contas de adição e subtração.

O levantamento mostra que, depois de avançar na redução do analfabetismo funcional, o Brasil estagnou e tem 29% da população de 15 a 64 anos nessa condição —patamar semelhante ao que o país tinha em 2018 e ainda uma piora em relação a 2009, quando alcançava 27% dos brasileiros.

Ainda que a maioria dos analfabetos funcionais seja de pessoas mais velhas, o estudo aponta uma proporção significativa de jovens nessa situação —atingindo 17% daqueles que têm entre 15 e 29 anos.

Ana Lúcia Lima, coordenadora do indicador, destaca com preocupação a proporção de jovens que se encontram nessa categoria e ainda estão excluídos dos dois mundos em que poderiam desenvolver essas habilidades: a educação e o trabalho.

Segundo os dados, enquanto 45% dos jovens com alfabetismo considerado consolidado estão empregados, mas entre os que estão na condição de analfabetismo funcional essa proporção é de apenas 17%. Nesse segundo grupo, 18% estão ainda em situação ainda mais grave já que não trabalham nem estudam.

“Esses dados mostram um grupo que, já no início da vida adulta, não encontrou e tem pouca perspectiva de encontrar oportunidades de se desenvolver. São jovens que não tiveram garantido o direito de serem plenamente alfabetizados, já saíram da escola e agora estão excluídos do mundo do trabalho”, diz Lima.

Pesquisadores responsáveis pelo estudo já haviam indicado que a estagnação do indicador nos últimos anos reflete a baixa qualidade da educação brasileira, uma vez que os dados mostram uma proporção grande de pessoas que passaram pela escola e, mesmo assim, não foram alfabetizadas.

Para Lima, os resultados indicam a necessidade do fortalecimento de duas estratégias para esse grupo de jovens em situação de analfabetismo funcional: a ampliação da oferta de EJA (Educação de Jovens e Adultos), modalidade destinada para quem não concluiu a escolarização na idade adequada, e iniciativas de capacitação pelos empregadores.

Conforme mostrou a Folha, apesar da estagnação no combate ao analfabetismo e de ter quase metade da população adulta sem concluir o ensino médio, o país atingiu no ano passado o menor patamar de matrículas de EJA desde o início da série histórica, em 1996.

“Precisamos melhorar a oferta de EJA no país, que sofreu um processo de desmonte nos últimos anos. Mas só ela não resolve o problema. A boa notícia é que o trabalho também pode ser alfabetizante, na medida em que vão avançando na vida profissional e pessoal, esses jovens também avançam no seu letramento.”

 Ela destaca que é também interesse do mercado ter disponível uma mão de obra mais qualificada, especialmente pelo aumento da exigência em todas as funções por conta da digitalização dos serviços e processos.

Os dados indicam que 7% dos jovens considerados analfabetos funcionais estudam e trabalham, 17% apenas trabalham e 14% apenas estudam.

O estudo indica ainda uma nítida desigualdade de gênero e raça. Entre as mulheres jovens com analfabetismo funcional, 42% não estudam nem trabalham, índice muito superior ao dos homens na mesma condição, que é de 17%.

Entre eles, 56% estão inseridos exclusivamente no mercado de trabalho, enquanto para as mulheres a responsabilidade com o cuidado de filhos e familiares segue sendo uma barreira significativa à chamada inclusão produtiva. O estudo indica que 22% daqueles que se dizem responsáveis pelo lar (os donos de casa) são analfabetos funcionais —essa é a ocupação com o maior percentual de pessoas.

“A ocupação com o maior índice de analfabetismo funcional é a que temos mais mulheres. Nos últimos anos, elas têm conseguido mais oportunidades de estudar, elas se destacam positivamente nos anos iniciais da trajetória escolar e até no acesso ao ensino superior. Mas nos grupos mais vulneráveis, essas vantagens somem, porque elas são tolhidas por seu papel social de cuidados com a casa e a família.”

Além disso, os jovens negros apresentam maior incidência de analfabetismo funcional (17%) e menor presença no grupo com alfabetismo consolidado (40%), em comparação com os jovens brancos (13% e 53%, respectivamente).

Folha de São Paulo

 

 

Sindicato denuncia Governo do RN por atraso de dois meses nos consignados

 


O Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público da Administração Direta do Estado (Sinsp) denuncia que o Governo do Estado vem atrasando repasses de empréstimos consignados, pelo Banco do Brasil, há cerca de dois meses. A reportagem tenta contato com o Executivo.

 “De acordo com informações do Banco do Brasil, o governo do Estado deixou de pagar as parcelas dos consignados retirados dos servidores dos últimos dois meses. O bloqueio ocorreu no dia 21 de julho, de acordo com informações de correspondentes bancários”, diz comunicado do sindicato.

Em nota enviada à TN no final de julho, o Banco do Brasil informou que atua em conformidade com as legislações e regulamentações vigentes, bem como com os contratos firmados com empregadores do setor público e privado.

“Os contratos estabelecem as condições em que pode haver a interrupção temporária na oferta de crédito consignado aos funcionários, até a regularização das questões que ocasionaram a suspensão”, disse a instituição.

O crédito consignado é uma modalidade de empréstimo destinada a trabalhadores, aposentados e pensionistas que permite que as parcelas sejam descontadas diretamente do contracheque ou benefício previdenciário. Essa forma de empréstimo é amplamente utilizada por servidores públicos devido às taxas de juros mais baixas em comparação com outras linhas de crédito, já que o desconto em folha reduz o risco de inadimplência.

A presidente do Sinsp, Janeayre Souto, criticou a gestão dos recursos. “Essa informação é muito séria. O governo segue brincando com os servidores, continua fazendo caixa com o dinheiro que não lhe pertence. Todos os meses o servidor que contratou o empréstimo tem o desconto em seu contracheque e queremos saber para onde vai esse dinheiro”, pontuou.

 

Felca diz que anda com carro cegado após sofrer ameaças por vídeo sobre 'adultização'

 


O youtuber Felipe Bressanim Pereira, conhecido como Felca, revelou que passou a usar carro blindado e seguranças após receber ameaças por causa de um vídeo publicado na última quarta-feira (6) em que denuncia exploração infantil na internet.

Em entrevista ao podcast PodDelas, ao lado da streamer Wanessa Wolf, Felca contou que o vídeo sobre as denúncias, que já ultrapassa 28 milhões de visualizações no YouTube, foi produzido com base em pesquisas e consultas com psicólogos.

Ele exemplificou o caso da adolescente Kamylinha, de 16 anos, que, segundo ele, é exposto em conteúdos que a apresentam como adulta. "A criança não tem discernimento nem maturidade para entender o que é bom para ela. Como fica o cérebro dela?", questionou, citando os impactos da exposição precoce nas redes sociais.

Felca também criticou o algoritmo das plataformas, que, segundo ele, favorece a disseminação de conteúdos com crianças para públicos inadequados, incluindo pedófilos.

Para demonstrar, criei um novo perfil no Instagram e mostrei como o algoritmo de entrega desse tipo de material. "Mergulhei no lamaçal. Foi aversivo fazer esse vídeo, dá vontade de chorar e de vomitar", disse.

O youtuber afirma que o tema da “adultização” é pouco discutido, mesmo por criadores com grande alcance. "Se ninguém fala, ninguém vai falar. Eu não aguento ficar calado", contornou durante uma entrevista.

Ele permitiu que o vídeo sobre as denúncias pudesse ser removido por “strikes” ou gerar processos judiciais, mas defendeu a importância do conteúdo. “É uma gota no oceano, mas sem essa gota, o oceano seria menor”.

Além das ameaças recebidas pela abordagem da exploração infantil, Felca enfrentou intimidações por influenciadores críticos ligados às apostas online. "Na questão das apostas, vieram muitas ameaças. Na adultização, existe ameaça de processo", disse.

Quem é Felca
Natural de Londrina, Paraná, Felca mora atualmente em São Paulo. Ele começou na internet em 2012 como streamer de videogames e migrou para vídeos de humor e “reacts”, nos quais comenta produtos, serviços ou outros conteúdos.

Hoje, o youtuber acumula 14,7 milhões de seguidores no Instagram, quase 5,5 milhões de inscritos no YouTube e cerca de 20 milhões somando todas as plataformas sociais, incluindo o TikTok.

Um de seus vídeos mais famosos, “Testei a Base da Virgínia”, publicado em maio de 2023, soma mais de 20 milhões de visualizações. Nele, Felca avalia um cosmético da influenciada Virgínia Fonseca com tom humorístico, criticando o resultado.

Ele também ganhou atenção ao comentar como “lives NPC” no TikTok e na CPI das Apostas, criticando influenciadores que promovem casas de apostas.

Vídeo sobre 'adultização'
divulgado na última quarta-feira, o vídeo aponta casos de influenciadores que, segundo Felca, lucraram com a exposição de crianças em contextos inadequados. A gravação já ultrapassou 28 milhões de visualizações e 208 mil comentários nesta segunda (11).

Entre os citados, está o influenciador paraibano Hytalo Santos, cujo perfil no Instagram foi desativado na sexta-feira (8), após a repercussão do vídeo. Não há confirmação se a desativação está ligada à denúncia.

O R7 não conseguiu entrar em contato com a defesa de Hytalo Santos. O espaço está aberto.

Felca também acusou Santos de produzir vídeos com menores em situações que poderiam causar danos, incluindo uma adolescente de 17 anos exposta de forma sensual, segundo o youtuber.

O caso chegou ao Ministério Público da Paraíba (MPPB), que já investigava Santos, e motivou discussão na Câmara dos Deputados. O deputado Hugo Motta (Republicanos) informou que irá pautar projetos sobre a proteção de crianças após a denúncia.

 R7

 

Parceria garante reforma de mesas e cadeiras escolares por detentos em Pau dos Ferros

 


A Secretaria da Administração Penitenciária (SEAP) e a Secretaria de Estado da Educação, da Cultura, do Esporte e do Lazer (SEEC) firmaram parceria para que pessoas privadas de liberdade custodiadas no Complexo Penal Regional de Pau dos Ferros reformem 1.935 móveis escolares de 30 escolas estaduais sob a jurisdição da 15ª Diretoria Regional de Educação e Cultura (DIREC), no alto oeste potiguar.

O diretor da unidade prisional de Pau dos Ferros, policial penal Caio Arnaud, explica que os presos já começaram as atividades laborais na marcenaria do presídio.  O trabalho, que inclui a recuperação de mesas e cadeiras escolares, móveis administrativos, mesas e bancos de refeitório, está sendo realizado com a colaboração de apenados especializados em marcenaria e serralheria.

Segundo o secretário da Administração Penitenciária, Helton Edi, a ação integra um programa de ressocialização desenvolvido pela SEAP e SEEC, junto a equipe de policiais penais da penitenciária, que visa não apenas a melhoria da infraestrutura das escolas, mas também a capacitação profissional, a reintegração social de pessoas privadas de liberdade e remição da pena em um dia para cada três dias trabalhados, conforme determina a Lei de Execuções Penais (LEP).

Vara de Execuções Penais colaborou com a reforma da unidade

A iniciativa tem duplo impacto: contribui para a economia de recursos públicos ao reaproveitar o mobiliário existente e oferece aos internos uma oportunidade concreta de reinserção no mercado de trabalho. A SEEC doou os equipamentos que serão empregados na marcenaria, como: EPIs, serras e discos de corte, martelos, alicates, lixas, furadeiras, plainas elétricas, compressor de ar, pistolas de pintura, entre outras ferramentas, além de insumos para a reforma dos móveis. A Vara de Execuções Penais colaborou com a reforma da unidade fabril.

 

Pastor flagrado de calcinha e peruca diz que fazia investigação. VEJA VÍDEO



Um vídeo que começou a viralizar nas redes sociais nessa segunda-feira (11/8) mostra o bispo Eduardo Costa usando calcinha e peruca loira enquanto caminha próximo a um bar em Goiânia (GO). As imagens, divulgadas pela página Goiânia Mil Graus e enviadas por uma seguidora, rapidamente repercutiram na web e fizeram o líder religioso se pronunciar.

A denunciante afirmou que o pastor “usa o nome de Deus para ganhar dinheiro” e costuma ficar na porta de bares daquela região. Nos comentários do post, internautas disseram reconhecer Eduardo Costa e relataram situações semelhantes envolvendo o religioso.

“Na época, eu trabalhava para ele. A esposa dele, que hoje é ex, pegou ele de vestidinho vermelho perto dos motéis. Foi o maior barraco. Eu vi tudo”, contou uma pessoa.

Diante da repercussão, Eduardo gravou um vídeo com a esposa, missionária Valquíria Costa, para explicar o ocorrido. Segundo ele, o uso da peruca e do short foi “para fazer uma investigação pessoal sobre uma situação pessoal”.

“De forma errada, acabei colocando uma peruca e um short para tentar localizar um endereço”, explicou. Eduardo disse ainda que foi filmado de maneira escondida por alguém que depois tentou extorqui-lo.

O pastor explicou que a pessoa responsável pelas imagens pediu um pagamento até o meio-dia de segunda-feira (11/8) para não divulgar o vídeo. Ele optou por não ceder à chantagem e garantiu que sua esposa sabia da investigação, embora não de todos os detalhes.

O bispo afirmou que a situação caracteriza “tentativa de constrangimento ilegal e uso indevido de imagem”, mas não informou se tomou alguma medida legal contra a suposta extorsão.

VEJA O VIDEO ABAIXO

 


 

TCE apura irregularidades em contrato de R$ 31 milhões para fornecimento de refeições em presídios do RN

 


O Tribunal de Contas do Estado (TCE-RN) determinou a abertura de processos para apurar responsabilidades por irregularidades no contrato de fornecimento de refeições ao sistema prisional do Rio Grande do Norte.

O contrato em questão foi feito entre a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (SEAP) e a empresa Refine Refeições Industriais Especiais Ltda., no valor de R$ 31,9 milhões.

A decisão foi relatada pelo conselheiro George Montenegro Soares. Em nota, a Seap informou que a gestão não foi notificada da apuração e que aguarda acesso à peça do TCE para fazer os esclarecimentos.

A medida atende a representação do Ministério Público de Contas, que apontou falhas na execução contratual e possíveis danos ao patrimônio público decorrentes de atos criminosos registrados em março de 2023 (entenda mais abaixo).

Inspeções realizadas pelo Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura, em novembro de 2022, identificaram alimentos impróprios para consumo, valor nutricional insuficiente, armazenamento inadequado e descumprimento das especificações contratuais.

Segundo o TCE, também foi constatada a inclusão, via aditivo, de itens não previstos originalmente, como frutas, sobremesas e ceia extra, o que é considerado uma prática incompatível com a legislação de licitações.

Na decisão, o TCE apontou que a Seap justificou o aditivo contratual “alegando a necessidade de suprir deficiências nutricionais da população carcerária e evitar tensões no ambiente prisional”.

O contrato inicial foi assinado em agosto de 2021 com prazo de 12 meses, tendo sido prorrogado por 2 vezes, segundo o TCE.

Ataques de março de 2023
Segundo as investigações, há indícios de que a insatisfação dentro das unidades prisionais – alimentada pelas más condições das refeições – pode ter contribuído para a eclosão dos atos de violência.

Em março de 2023, o Rio Grande do Norte sofreu com uma onda de ataques a ônibus, prédios públicos, veículos e residências, que, segundo as autoridades locais, havia sido ordenada e realizada por uma facção que atua dentro dos presídios do estado.

“A medida apresentada se justifica diante dos atos criminosos de depredação de bens públicos, ocorridos em março de 2023, motivados possivelmente pela situação precária do sistema prisional do Estado do Rio Grande do Norte, havendo, inclusive, provável correlação dos ilícitos com o tema das contratações públicas, diante de indícios de que os alimentos destinados aos apenados são entregues em condições impróprias para o consumo”, citou a decisão.
Neste ano, o Ministério Público do Rio Grande do Norte pediu o afastamento do secretário Helton Edi Xavier das funções na Seap pelas condições de higiene, de alimentação e sanitárias nos presídios do estado.

Apuração
O TCE explicou que serão apurados os atos de três fiscais do contrato, do então secretário da Seap, Pedro Florêncio Filho, e de oito prefeitos que não responderam às diligências do Tribunal. O processo será encaminhado ao Ministério Público Estadual para as providências cabíveis.

Durante o levantamento, o TCE notificou diversos municípios para informar prejuízos e medidas adotadas. Os que não responderam foram: São Miguel do Gostoso, Boa Saúde, Campo Redondo, Lajes Pintadas, Macau, Montanhas, Macaíba e Nísia Floresta.

G1RN

 

DESABAFO: Mãe de Juliana fala sobre agressão brutal que chocou o país. “Eu nunca gostei dele”

 


A mãe de Juliana Soares, a jovem de 35 anos que foi brutalmente espancada pelo ex-namorado Igor Cabral dentro de um elevador em Natal, quebrou o silêncio e revelou que nunca teve uma boa impressão do acusado. E pela primeira vez, Débora Garcia concedeu entrevista.

Com exclusividade para a jornalista Anna Ruth Dantas, da Band RN, Débora, a mãe de Juliana, contou que só encontrou o agressor uma única vez, em 2024, e que, mesmo nesse breve contato, algo a incomodou profundamente.

“Eu vi ele uma vez, ano passado, nas férias. Eu vi uma vez só. Ela me apresentou, eu falei ‘oi, tudo bem?’. Foi a única palavra que eu falei com ele. Eu não tinha convivência nenhuma com ele. Eu nunca gostei dele, nem por foto, nem nesse ‘oi, tudo bem’. Mas era uma coisa minha, não sei se intuição de mãe”, relatou.

O crime ocorreu no dia 26 de julho e foi registrado pelas câmeras de segurança do prédio onde Juliana mora. As imagens mostram Igor Cabral desferindo 61 socos na vítima em apenas 38 segundos, dentro do elevador. O ataque, que paralisou o país pelo grau de violência, teve uma repercussão imediata nas redes sociais e na imprensa nacional.

O acusado está preso preventivamente e já responde como réu na Justiça. Para Débora, a filha sempre evitou compartilhar problemas para poupá-la: “Ela me poupa o máximo que pode. Eu não sabia”, desabafou.

Débora estava em Curitiba (PR) quando recebeu a ligação que mudaria sua vida. Segundo ela, a informação chegou por meio de uma amiga, madrinha de Juliana, que foi avisada pela síndica do prédio.

“Ela me disse que não tinha uma notícia boa para me dar. Eu não lembro exatamente as palavras porque entrei em pânico. Entreguei o celular para o meu marido, que conduziu a ligação”, contou. Mesmo em meio ao terror, Juliana tentou proteger a mãe: “No meio de todo esse terror, ela ainda quis me proteger. Falou que só ia me contar quando tivesse melhor”, disse.

Sem condições financeiras para viajar imediatamente, Débora contou com a ajuda de uma amiga para conseguir ir a Natal. Quando chegou, já havia assistido ao vídeo da agressão. “Ver aquilo ali foi o pior pesadelo que uma pessoa pode ter na vida”, relatou.

Juliana passou por uma cirurgia complexa devido à gravidade das fraturas. Agora, segue em recuperação, já em dieta pastosa, recebendo fisioterapia e outros tratamentos complementares. Ao lado da mãe e cercada por uma rede de apoio de amigas, encontra forças para seguir.

Débora faz questão de reconhecer o papel fundamental das amigas da filha no processo de recuperação: “As meninas cercam ela de carinho, até de brincadeiras, para ela rir. Eu sou muito agradecida a essas meninas”, disse.

Dormindo ao lado de Juliana, a mãe confessa que ainda revive a cena do vídeo, mas se apega à gratidão por tê-la viva: “Eu fico olhando para ela e pensando lá naquela imagem, naqueles vídeos, e agradecendo porque Deus salvou ela”.

Uma das maiores preocupações de Juliana é que o crime não caia no esquecimento. “Ela fala sobre o não deixar apagar. Porque uma tragédia acontece direto e daqui a pouco some. O que ela quer lutar no momento é que isso não suma. Ela quer dar voz para outras mulheres, para que não passem por isso”, contou a mãe.

Débora acredita que as imagens do elevador foram decisivas para a repercussão: “Se não fosse a câmera, seria mais um caso. Tomou a proporção graças à inteligência dela no momento de ficar dentro do elevador. Você imagina se ela tivesse ido para dentro do apartamento?”.

O exemplo de Juliana já começa a impactar outras vítimas de violência doméstica. “Essa semana teve uma mulher que sofria violência há 15 anos. Depois do caso de Juliana, ela finalmente denunciou e ele foi preso. A gente quer lutar por isso”, disse Débora. O apelo para que a Justiça seja rigorosa é enfático: “Eu imploro que a justiça seja feita. Nem minha filha, nem nenhuma mulher, nenhum ser humano merece passar por isso. A condenação seja feita de acordo com o que a lei manda”.

BnewsNatal

 

João Câmara pode ficar sem R$ 2 milhões em emendas Pix por falha na prestação de contas da antiga gestão

 


O município de João Câmara corre o risco de perder mais de R$ 2 milhões em emendas especiais, conhecidas como emendas Pix, por causa da falta de prestação de contas de recursos recebidos entre 2021 e 2023. A irregularidade, herdada da antiga gestão, ameaça obras estruturantes previstas para este ano.

Entre os projetos em risco estão a construção do novo mercado público e 50 unidades habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida. Sem a regularização, o município pode ficar impedido de receber novos repasses, mesmo que já assegurados.

A prefeita Aize Bezerra lamentou a situação e afirmou que a população não pode ser prejudicada por falhas passadas. “É lamentável que nossa cidade corra o risco de perder investimentos tão importantes por erros que não cometemos. Estamos empenhados em resolver a situação para garantir que João Câmara receba cada real destinado“, afirmou.

 

'Gerente do tráfico' é preso no interior do RN

 


Policiais civis da 51ª Delegacia de Polícia (DP) de Jucurutu deflagraram, na manhã desta segunda-feira (11), a segunda fase da Operação Descarrilho, que resultou na prisão em flagrante de um homem de 29 anos, apontado como gerente de um ponto de tráfico no bairro Freitas, em Jucurutu.

De acordo com as investigações, o suspeito era responsável pela distribuição de entorpecentes como maconha, cocaína e crack, coordenando a logística do comércio ilícito na região. Ele controlava a chegada e o preparo das drogas, a divisão em porções para venda e mantinha ligação com os chamados “vaqueiros do tráfico”, encarregados do transporte e entrega das substâncias, além de gerenciar a arrecadação financeira das vendas.

A organização criminosa contava com uma estrutura hierárquica, envolvendo integrantes em funções específicas, como pontos de venda, intermediários e responsáveis pela segurança armada, o que garantia o domínio territorial e a intimidação de rivais. A atuação do grupo gerava impactos diretos na segurança e na tranquilidade da população local.

Diligências foram realizadas pela equipe da 51ª DP, que localizou e prendeu o suspeito. A ação foi fruto de levantamentos e monitoramentos que possibilitaram mapear a rede de distribuição e suas conexões. A Polícia Civil espera que a prisão do gerente permita avançar nas investigações e chegar a outros membros da organização, visando ao desmantelamento total do grupo.

O homem foi conduzido à delegacia para os procedimentos legais e, em seguida, encaminhado ao sistema prisional, onde permanecerá à disposição da Justiça. 

 

Agora: Dono da Ultrafarma é preso em operação do MP

 


Na manhã desta terça-feira 12, o empresário Sidney Oliveira, dono da rede Ultrafarma, foi preso em sua chácara em Santa Isabel, na Grande São Paulo. A ação faz parte de uma operação do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) para desarticular um esquema de corrupção envolvendo auditores fiscais da Secretaria da Fazenda do estado.

Também foi detido o auditor Artur Gomes da Silva Neto, supervisor da Diretoria de Fiscalização (DIFIS), acusado de liderar uma fraude em créditos tributários que movimentou cerca de R$ 1 bilhão em propinas desde 2021. Outro preso foi Mario Otávio Gomes, diretor do grupo Fast Shop, localizado em um apartamento na Zona Norte de São Paulo.

A investigação, conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão aos Delitos Econômicos (GEDEC), aponta que o auditor manipulava processos administrativos para beneficiar empresas em troca de pagamentos mensais, feitos por meio de uma empresa em nome de sua mãe.

Além das prisões, a operação cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos investigados e nas sedes das empresas envolvidas. Os acusados podem responder por corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Presidente do União Brasil cobrava propina por cargos de direção do partido, diz ex-aliado

  O deputado federal Luciano Bivar (PE), ex-presidente e fundador do União Brasil, fez duras acusações contra o atual chefe da sigla, Antoni...