sábado, 23 de abril de 2022

Academias de Natal registram retorno de alunos com pandemia em queda

 


A retomada de atividades presenciais no comércio, nas escolas e nos empregos após um período duro da pandemia da Covid-19 também reflete o retorno de outro segmento: o exercício físico. Conforme o relato de Wescley Garcia, líder regional da Associação Brasileira de Academias (ACAD), os estabelecimentos de Natal estão otimistas e já presenciam o retorno do fluxo intenso de alunos.

Para Wescley, o movimento de volta aos espaços se dá em função de que há alunos buscando sair do grupo de risco. Atrelado à aceleração da vacinação no Rio Grande do Norte e a flexibilização das medidas restritivas, a base de alunos das academias tende a subir ainda mais e até mesmo se aproximar dos 100%.

“Acredito muito que as pessoas cada vez mais irão entender que se manter ativo será uma questão de sobrevivência. Ao longo da pandemia, muitos tiraram como lição um único aprendizado: viver é bom, mas viver com saúde é melhor ainda”, afirmou ele, em entrevista ao Agora RN.

Ao longo da pandemia, as academias foram protagonistas do grupo de atividades mais afetadas pela crise sanitária. Depois de um período fechadas, as academias puderam retomar as atividades. Higienização constante, controle do número de pessoas por sala, disponibilização de dispensers de álcool em gel em áreas compartilhadas, uso de máscara de proteção e a conscientização dos próprios usuários passaram a fazer parte do dia a dia dos espaços, atendendo às exigências das autoridades sanitárias.

Agora, a Covid-19 segue em queda, o uso de máscara foi desobrigado pela gestão pública e a vacinação já imunizou 83% do público-alvo potiguar (duas doses). Segundo o personal Paulo Henrique, que trabalha em uma grande academia local, a maioria dos alunos não usa mais o acessório de prevenção ao vírus.

Leandro Barreto é personal e também é proprietário de duas academias localizadas na capital potiguar. Segundo ele, o número de matrículas cresceu 17% nos últimos oito meses nas unidades. “As pessoas estão mais confiantes para o retorno das atividades. Voltaram a praticar atividade quando começaram a se vacinar”, pontuou.

Para Leandro, a própria doença respiratória despertou as pessoas para os cuidados com o corpo, pois há uma preocupação maior com a questão da obesidade, diabetes e outros problemas. “A atividade física é extremamente importante para fortalecer todo sistema cardiorrespiratório e aumentar a imunidade”, afirmou Leandro.

A estudante universitária Nathasha Rayara, de 23 anos, decidiu retomar a rotina de exercícios na academia em março, depois de dois anos sem frequentar o estabelecimento. “Como precisamos dividir máquinas e pesos, há sempre um certo contato. Estou vacinada com as três doses, então me sinto mais segura”.

Abril Verde: combate ao sedentarismo é pauta do CREF16/RN

O sedentarismo é uma doença. De acordo com a Classificação Internacional de Doenças, ela responde pelo número 10 Z72. 3. Além disso, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, 70% das pessoas, no mundo todo, são sedentárias. As estatísticas apontam ainda que a falta de atividade física é responsável por 54% do risco de morte por infarto, 50% por derrame cerebral e 37% por câncer.

Com o objetivo de diminuir esses dados, o Conselho Regional de Educação Física da 16ª Região (CREF16/RN), juntamente com o Conselho Federal de Educação Física (CONFEF), realiza a campanha “Abril Verde: Mês de Combate ao Sedentarismo”. As ações acontecem nas redes sociais, com orientações aos cidadãos sobre a importância da atividade física diária e os males causados pela ausência dela.

Para o presidente do CREF16/RN, Francisco Borges, é importante lembrar que a OMS já decretou que o mundo vive uma epidemia de sedentarismo. “A Organização recomenda pelo menos 150 a 300 minutos de atividade física de intensidade moderada por semana para todos os adultos, e uma média de 60 minutos de atividade física aeróbica moderada por dia para crianças e adolescentes”, destacou Borges. “Lembrando que é necessário ser orientado por um profissional da educação física para a prática, além de acompanhamento médico”, frisou ele.

Uma pessoa sedentária tem um risco maior de desenvolver doenças cardiovasculares, como infarto e AVC, pressão alta e diabetes do tipo 2, pelo fato de que pode acontecer resistência à insulina. Além disso, também existe um impacto para a saúde mental. As pessoas que são ativas de forma moderada têm menos risco de desenvolver problemas do que as sedentárias, como distúrbios ligados à autoestima, autoimagem, depressão, aumento de ansiedade e estresse.

 

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