segunda-feira, 15 de setembro de 2025

TANGARAENSE - Paulo Afonso: A energia que iluminou o RN

 



Outro marco contado – e defendido – nas páginas da Tribuna do Norte foi a histórica chegada da energia elétrica de Paulo Afonso, na Bahia, ao Rio Grande do Norte e que, em 2025, completou 70 anos representando um novo momento no desenvolvimento do estado.

Em suas páginas, a TN fez diversas matérias ressaltando a vinda da energia da Companhia Hidrelétrica do São Francisco para o território potiguar no que se transformando em uma bandeira de progresso e modernização.

Em janeiro de 1955, a Tribuna do Norte trouxe, em sua primeira página, uma chamada de capa que dizia: “Paulo Afonso: Advento de nova era para o Nordeste”. Em outra edição, a capa trazia: “Energia elétrica para o Rio Grande do Norte” e completava: “conferência do senhor Aluízio Alves com o Presidente da República – o senhor Café Filho prometeu todo apoio às sugestões do deputado potiguar”.

A cidade de Santa Cruz, na região do Trairi, foi escolhida como porta de entrada da energia vinda da usina baiana, marcando o início de uma nova era para o Rio Grande do Norte. A festejada energia de Paulo Afonso entrou no RN, no início dos anos 60 quando o município foi escolhido pela sua localização geográfica privilegiada que facilitou a construção das linhas de transmissão vindas da Bahia.

A inauguração oficial da primeira linha de transmissão ocorreu em 2 de abril de 1963, em solenidade realizada na cidade de Santa Cruz, com a presença do presidente João Goulart e comandado pelo então governador Aluízio Alves.

O compromisso político com a eletrificação transformou-se em política pública concreta, com investimentos em infraestrutura e articulação com o governo federal. A energia elétrica passou a ser vista como elemento fundamental para a industrialização e modernização da economia potiguar, atraindo investimentos e gerando oportunidades de emprego.

A energia chegou primeiro em Santa Cruz em abril de 1963, mas só foi levada à maioria dos bairros de Natal em 1966, pelo então prefeito Agnelo Alves. A expansão gradual da rede elétrica permitiu a instalação de indústrias, o desenvolvimento do comércio e a melhoria das condições de vida da população.

A Companhia Hidrelétrica do São Francisco (CHESF) estabeleceu parcerias estratégicas com o Executivo estadual para viabilizar a expansão da rede elétrica por todo o estado. Os investimentos em linhas de transmissão e distribuição exigiram planejamento técnico criterioso, considerando as características geográficas e demográficas de cada região.

Essa expansão contribuiu para criar as condições necessárias para o surgimento de novos setores econômicos – como indústrias têxteis e alimentícias – e a modernização de atividades tradicionais como a agricultura e a pecuária.

A eletrificação na zona rural permitiu a instalação de sistemas de irrigação, impulsionando a agricultura e criando condições para o desenvolvimento de projetos agrícolas mais ambiciosos, especialmente na região do Vale do Açu.

 

 

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