A decisão do ministro do
Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino de autorizar investigações contra o
ex-presidente Jair Bolsonaro e o empresário Luciano Hang por supostos crimes
relacionados à pandemia reacendeu polêmicas nas redes sociais. Internautas passaram
a resgatar o caso da compra de 300 respiradores por R$ 9,6 milhões, pagos
antecipadamente durante a gestão de Dino como governador do Maranhão, em 2020.
O contrato, firmado no
âmbito do Consórcio Nordeste, foi alvo de auditorias que apontaram irregularidades:
a empresa contratada não possuía experiência, estrutura ou licença para
comercializar os equipamentos. Mesmo assim, recebeu o valor integral. Nenhum
respirador foi entregue, e o dinheiro não foi recuperado.
A Controladoria-Geral da
União (CGU) classificou a operação como uma das maiores fraudes da pandemia.
Apesar disso, ninguém foi preso e Dino nunca chegou a ser formalmente
investigado ou acusado, protegido à época pelo foro privilegiado de governador.
Agora, como ministro do
STF, Dino participa de julgamentos e decisões que envolvem adversários
políticos ligados à pandemia. Nas redes sociais, a situação gerou
questionamentos sobre a imparcialidade do magistrado e cobrança de
responsabilização: “Quem vai investigar Dino?”, indagam os usuários.
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