A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF
(Supremo Tribunal Federal), de suspender os atos do Executivo e do Legislativo
sobre o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) e convocar uma
audiência de conciliação é vista como uma derrota para o governo, segundo
especialistas ouvidos pela CNN.
A notícia é da CNN Brasil. Pela decisão de Moraes, a
audiência deve acontecer no dia 15 de julho. O magistrado deu um prazo de cinco
dias para que o governo esclareça os motivos para ter decidido aumentar o IOF e
as razões pelas quais o Congresso derrubou a elevação do tributo.
Como apurou a CNN, a resolução definida desagrada
aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e membros da oposição.
Na outra ponta, para o advogado constitucionalista
André Marsiglia, a expectativa do governo Lula foi frustrada.
“O governo esperava apoio imediato, a decisão pela
conciliação, no mínimo, adia esse desejo e frustra o Executivo. No entanto,
entendo que Moraes esteja apenas querendo construir uma imagem de moderação
para, adiante, votar com o governo", afirma Marsiglia. "Tem sido
nesse sentido a jurisprudência recente da Corte.”
Na avaliação de Marco Antônio Teixeira, professor de
Ciência Política da Fundação Getulio Vargas em São Paulo (FGV-SP), "a
decisão do Supremo reforça algo que é a importância de fazer política".
"É óbvio que o governo esperava uma decisão
positiva, mas a decisão do Supremo é o melhor caminho para o país neste
momento. Podemos dizer que o jogo volta ao zero a zero. Foi uma decisão
conciliatória, positiva, que coloca a judicialização em outro patamar",
analisa
Membros do governo da oposição se manifestaram após
a decisão sobre o IOF ter sido expedida. O líder do PL na Câmara, deputado
Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), verbalizou nas redes sociais que o Poder Executivo
foi o "grande derrotado".
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