sábado, 5 de julho de 2025

Cavalos de criador do RN morrem após comer ração contaminada

 


Cavalos de um criador do Rio Grande do Norte estão entre os que morreram após comer uma ração contaminada. O prejuízo passa da casa dos milhões de reais. 

Segundo reportagem do Metrópoles. segundo estimativa, mais de 650 cavalos morreram após o consumo da ração da Nutratta Nutrição Animal Ltda., situada em Itumbiara, no sul goiano.

Entre eles o garanhão mangalarga marchador Quantum de Alcatéia, avaliado em cerca de R$ 12 milhões (fora lucros cessantes de quase R$ 30 milhões em 10 anos). A morte do animal ocorreu há uma semana.

O caso é acompanhado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que chegou a suspender a comercialização do alimento. No entanto, o órgão aponta para 220 mortes.

Além do Quantum Alcatéia, a advogada alega outros cavalos e éguas campeões, além de animais “comuns”, foram vítimas da ração contaminada. Casos foram registrados em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Alagoas, Bahia, Rio Grande do Norte e Goiás.

Os problemas começaram há 40 dias e ainda persistem. Os sintomas apresentados pelos animais incluem desorientação, alterações de comportamento e mudanças na locomoção. Eles também perdem o apetite e ficam prostrados.

Em nota, a Nutratta negou a quantidade de mortes e lamentou o caso. A empresa aponta que colabora com as investigações. Leia a nota na íntegra:

“A Nutratta lamenta profundamente os relatos de intoxicação e óbitos de animais associados ao produto Foragge Horse, da linha de nutrição animal equina, e reforça que está colaborando integralmente com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) para elucidar os fatos, inclusive recebendo os os técnicos do Mapa em sua planta, fornecendo todos os documentos e informações técnicas solicitadas.

Embora as investigações do Ministério da Agricultura e Pecuária ainda estejam em curso, foi divulgada nota técnica no sentido de que as análises laboratoriais preliminares indicaram a presença da substância monocrotalina, que é produzida pela própria natureza, por plantas do gênero Crotalaria – uma leguminosa que é muito utilizada em adubação verde —, e que pode estar presente em matérias-primas de origem vegetal utilizadas em diferentes cadeias agroindustriais, tratando-se, pois, de uma fatalidade, caso isso venha a ser confirmado.

Assim, diante da situação excepcional, a Nutratta já adotou medidas adicionais de autocontrole. Entre essas ações estão o reforço das análises laboratoriais, revisão dos protocolos de qualificação de fornecedores e rastreabilidade das matérias-primas vegetais, revisão completa dos processos sanitários internos e reestruturação do layout fabril.

Por fim, a Nutratta destaca que vem adotando todas as providências cabíveis para mitigar os efeitos da situação, incluindo suporte técnico aos clientes, rastreamento dos lotes envolvidos e revisão de seus processos internos. Ressalta-se que não há, até o momento, conclusão definitiva quanto a eventual nexo de causalidade entre os casos relatados e os produtos da empresa, e que a empresa conseguiu uma liminar na Justiça Federal para restabelecer seu funcionamento quanto à atividade de produção e comércio dos produtos não destinados a equinos.

A Nutratta permanece à disposição das autoridades e da sociedade para prestar os esclarecimentos técnicos necessários, mantendo seu compromisso com a qualidade, a segurança alimentar e o bem-estar animal, valores que sempre nortearam sua atuação.”

 

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Em Natal, homem é preso após bater em viatura da Polícia Militar

  O Comando de Policiamento Rodoviário Estadual (CPRE), por meio da 2ª CPRV/BPRV, prendeu nesta quinta-feira (3), um homem após se envolver ...