Integrantes do próprio Palácio do Planalto avaliam
que a derrota expressiva desta quarta-feira (26) no Congresso — com a derrubada
dos decretos do IOF — foi resultado de uma articulação inédita no governo Lula
entre os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi
Alcolumbre (União-AP).
A sintonia entre os dois surpreendeu o governo logo
pela manhã da quarta, quando surgiram sinais de que o Senado votaria a queda do
decreto ainda na mesma noite em que a Câmara.
A avaliação no governo é que a união entre Câmara e
Senado fortalece o Legislativo não apenas nas negociações com o Planalto, mas
também diante do Supremo Tribunal Federal. Tanto é que Motta e Alcolumbre
querem comparecer juntos a audiência com o ministro Flávio Dino, do STF, sobre
liberação de emendas parlamentares.
Nos dois primeiros anos de mandato, Lula se
beneficiou da rivalidade entre o então presidente da Câmara, Arthur Lira
(PP-AL), e o então presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para conter
pautas incômodas. Desta vez, sem esse contraponto, o Planalto ficou isolado.
Foi a primeira vez em três décadas que um decreto
presidencial foi derrubado pelo Congresso.
Nos bastidores, o governo reconhece ainda outros
fatores que pesaram para a derrota:
- queda
nas pesquisas, que enfraquece Lula e fortalece a oposição de olho em 2026;
- insatisfação
generalizada com a demora na liberação de emendas parlamentares;
Fonte: g1
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