A penúria das Forças Armadas em 2025 já está
obrigando ministros do governo Lula a encararem a dura realidade das filas dos
aeroportos brasileiros. É que, sem dinheiro, a Força Aérea Brasileira (FAB) não
está conseguindo abastecer a frota de dez jatos que as autoridades usam para
viajar pelo país. Falta verba também para manutenção.
A coluna da Mônica Bergamo, da Folha de
S.Paulo, apurou que, do total de aviões, apenas três estão voando o tempo todo.
Os outros sete acabam ficando a maior parte do tempo no chão.
Ministros que não estão no topo da escala de
prioridades não têm conseguido reservar voos para seus deslocamentos, o que tem
causado chateação em alguns deles, que chegam a reclamar.
A lei que estabeleceu o uso das aeronaves faz uma
lista das autoridades que podem usá-las. Ministros como os da Justiça, da
Fazenda, da Casa Civil e da Defesa têm prioridade para reservar um jato.
Autoridades como os presidentes da Câmara, do Senado e do Supremo Tribunal
Federal (STF) têm igualmente preferência na fila. Já os demais têm que aguardar
até que um avião esteja disponível. O que tem sido cada vez mais difícil,
segundo a coluna apurou com autoridades do governo.
O Ministério da Defesa foi um dos mais afetados
pelos cortes promovidos pelo governo para ajustar as contas, que no caso da
pasta chegou a R$ 2,6 bilhões.
Questionada, a FAB afirma que “as restrições
orçamentárias ora enfrentadas impactam não apenas o reabastecimento das
aeronaves, mas todo o ciclo de operação e manutenção da frota”. Diz ainda que
“esses efeitos incluem limitações na aquisição de lubrificantes, peças de
reposição e na realização de reparos em motores, o que compromete a plena
disponibilidade dos meios, trazendo dificuldades ao cumprimento da missão”.
A ativista indígena Txai Suruí, também colunista da
Folha, foi homenageada em evento promovido pelo embaixador do Reino dos Países
Baixos no Brasil, André Driessen, na segunda (23), em São Paulo. O apresentador
Marcelo Tas e a liderança de terra indígena Jaraguá, Thiago Karaí Djekupe,
prestigiaram o coquetel.
Folha de S.Paulo – Mônica Bergamo
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