domingo, 28 de abril de 2024

Precariedade da rede obstétrica sobrecarrega maternidades de Natal

 


Na rede de atenção obstétrica do Rio Grande do Norte, um quadro se repete: a peregrinação de mulheres do interior do Estado em busca de atendimento em Natal. O cenário, segundo especialistas ouvidos pela reportagem da Tribuna do Norte, acontece por um somatório de fatores que incluem a falta de qualificação de equipes nos municípios, as falhas na central de regulação obstétrica e a estruturação das redes básicas locais.

O resultado disso é a concentração de atendimentos e a sobrecarga nas maternidades natalenses. Em cinco anos, Natal registrou 89.231 nascidos vivos. O número é maior que o registrado em cidades da região metropolitana como Macaíba (7.452), Parnamirim (11.733) e São José de Mipibu (16.439).

No comparativo com João Câmara, os nascimentos da capital superaram em mais de 300 vezes os 234 nascimentos registrados no município e em cerca de 58 vezes o de Açu (1.528), ambas cidades com unidades de referência. Há, ainda, pequenos municípios como Arês e Alto do Rodrigues com menos de 10 nascimentos registrados. Para o presidente da Associação de Ginecologia e Obstetrícia do Rio Grande do Norte (Sogorn), Robinson Dias de Medeiros, os dados refletem uma precariedade na rede obstétrica do Estado.

“Apesar de Natal e região metropolitana terem a maior densidade populacional do Estado, o dado que se obtém com o número de nascidos vivos na capital extrapola. Não é apenas por conta disso, mas porque reflete a precarização da assistência em outros municípios”, pontua.

Tribuna do Norte

 

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