Anunciado pelo Governo do RN como uma das
prioridades para 2024, o plano de recuperação de 700 km de estradas não será
suficiente para recuperar todas as rodovias estaduais classificadas como ruins
ou péssimas pelo próprio governo. Um relatório do Departamento de Estradas e
Rodagens obtido pela Tribuna do Norte mostra que, dos 3.379 km
de malha viária estadual, cerca de 1.243 km são classificados como ruins ou
péssimos, o que corresponde a 37,11% do total.
Tendo como base os números, os cerca de R$ 427
milhões investidos pelo Governo com recursos federais do Programa de Equilíbrio
Fiscal (PEF) só são suficientes para reformar 56,3% das rodovias em estado ruim
ou péssimo.
O relatório de monitoramento interno das rodovias
potiguares foi produzido pelo DER, neste mês de abril, a pedido da
Controladoria Geral do Estado. Nele, as rodovias estaduais são divididas em
sete distritos, com trechos classificados de cinco formas: Ótimo, Bom, Regular,
Ruim e Péssimo. Somando-se todos os trechos considerados pela equipe técnica do
DER como ruins e péssimos, chega-se ao quantitativo de 1.243 km em más
condições.
Os distritos de Nova Cruz e Santana do Matos (que
incluem as estradas das cidades vizinhas) são os mais afetados, com 49% e 62%
da quilometragem ruim e péssima. O relatório aponta ainda que, dos 3,3 mil km
da malha viária do RN, 284,4 km estão em condições ótimas, 365 km em estado bom
e 1.489km em situação regular. O distrito de Mossoró é o que possui melhores
condições, com 205km em estado bom ou ótimo de 615km.
O relatório não detalha o que qualifica a estrada em
determinado critério. A Confederação Nacional de Transportes (CNT), por sua
vez, aponta que estradas ruins ou péssimas apresentam problemas graves em sua
pavimentação, como buracos, fissuras, desgaste acentuado, além de deficiências
na sinalização, acostamento precário e falta de manutenção. Essas condições
prejudicam a segurança e a fluidez do tráfego, aumentando os riscos de
acidentes e impactando negativamente o transporte de pessoas e mercadorias.
A RN-233 é uma dessas rodovias que tem parte dos
trechos classificados como ruins e servem como desvio do trecho atualmente
interditado da BR-304. O relatório aponta que parte da rodovia é classificada
como ótimo, com 42km, no entanto, outros 63km são classificados como regulares,
ruins ou péssimos, o que tem gerado transtornos para os munícipes de Apodi e
região, segundo o prefeito Alan Silveira (MDB).
Outras estradas que têm sido afetadas com a
intensidade do fluxo em virtude das obras na BR-304 são a RN-118 e RN-401, que
interligam uma série de cidades. No caso do desvio, Macau é um dos municípios
que tem sido afetados.
Números
1.243
quilômetros.
É a soma dos trechos ruins e péssimos nas RNs, segundo relatório do DER
700
quilômetros. É o total a ser recuperado pelo governo do estado
Reportagem
completa na Tribuna do Norte
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