Em 2024, a expectativa de vida da população
brasileira chegou aos 76,6 anos, crescendo 2,5 meses em relação a 2023. Para a
população masculina, o aumento foi de 2,5 meses passando de 73,1 anos para 73,3
anos, no período. Já para as mulheres o ganho foi um pouco menor: de 79,7 para
79,9 anos, ou mais 2,0 meses. São informações das Tábuas de Mortalidade 2024,
do IBGE.
|
Ano
|
Expectativa de vida ao nascer (anos)
|
Diferencial entre os sexos (anos)
|
|
Total
|
Homem
|
Mulher
|
|
1940
|
45,5
|
42,9
|
48,3
|
5,4
|
|
1950
|
48,0
|
45,3
|
50,8
|
5,5
|
|
1960
|
52,5
|
49,7
|
55,5
|
5,8
|
|
1970
|
57,6
|
54,6
|
60,8
|
6,2
|
|
1980
|
62,5
|
59,6
|
65,7
|
6,1
|
|
1991
|
66,9
|
63,2
|
70,9
|
7,7
|
|
2000
|
71,1
|
67,3
|
75,1
|
7,8
|
|
2010
|
74,4
|
70,7
|
78,1
|
7,4
|
|
2019
|
76,2
|
72,8
|
79,6
|
6,8
|
|
2020
|
74,8
|
71,2
|
78,5
|
7,3
|
|
2021
|
72,8
|
69,3
|
76,4
|
7,1
|
|
2022
|
75,4
|
72,1
|
78,8
|
6,7
|
|
2023
|
76,4
|
73,1
|
79,7
|
6,6
|
|
2024
|
76,6
|
73,3
|
79,9
|
6,6
|
|
Variação (1940/2024)
|
31,1
|
30,4
|
31,6
|
|
A pandemia de Coronavírus provocou a elevação do
número de mortes no Brasil e no mundo, com a consequente redução da expectativa
de vida ao nascer no país, que recuou para 72,8 anos em 2021 (sendo 69,3 anos
para homens e 76,4 anos para as mulheres). A partir de 2022, com o
arrefecimento da pandemia, esse indicador voltou a crescer.
A longevidade da população brasileira aumentou
bastante nas últimas nove décadas. Quem nasceu em 1940 viveria, em média, 45,5
anos. Já em 2024, a expectativa de vida ao nascer chegou a 76,6 anos,
representando um aumento de 31,1 anos, neste período.
No mundo, a maior expectativa de vida ao nascer para
ambos os sexos pertence a Mônaco (86,5 anos), com San Marino (85,8), Hong Kong
(85,6), Japão (84,9) e Coreia do Sul (84,4) a seguir.
Mortalidade infantil recua para 12,3 a
cada mil
Em 2024, a taxa de mortalidade infantil (crianças
com menos de um ano de idade) para ambos os sexos, no país, era de 12,3 para
cada mil crianças nascidas vivas. Esse indicador se reduziu significativamente,
desde 1940, quando, para cada mil nascidos vivos, aproximadamente 146,6
crianças não completariam o primeiro ano de vida.
|
|
Ano
|
Taxa de mortalidade infantil (por mil)
|
Taxa de mortalidade no grupo de 1 a 4
anos de idade (por mil)
|
Taxa de mortalidade na infância (por
mil)
|
Chance de morrer das crianças que
vieram a falecer antes dos 5 anos de idade (%)
|
|
Antes de 1 ano
|
Entre 1 a 4 anos
|
|
1940
|
146,6
|
76,7
|
212,1
|
69,1
|
30,9
|
|
1950
|
136,2
|
65,4
|
192,7
|
70,7
|
29,3
|
|
1960
|
117,7
|
47,6
|
159,6
|
73,7
|
26,3
|
|
1970
|
97,6
|
31,7
|
126,2
|
77,3
|
22,7
|
|
1980
|
69,1
|
16,0
|
84,0
|
82,3
|
17,7
|
|
1991
|
45,1
|
13,1
|
57,6
|
78,3
|
21,7
|
|
2000
|
28,1
|
4,6
|
32,6
|
86,3
|
13,7
|
|
2010
|
15,0
|
2,5
|
17,5
|
85,8
|
14,2
|
|
2019
|
12,1
|
2,0
|
14,1
|
85,7
|
14,3
|
|
2020
|
11,4
|
1,6
|
13,0
|
87,8
|
12,3
|
|
2021
|
12,2
|
1,8
|
13,9
|
87,4
|
12,6
|
|
2022
|
12,4
|
2,3
|
14,7
|
84,7
|
15,3
|
|
2023
|
12,5
|
2,2
|
14,7
|
85,0
|
15,0
|
|
2024
|
12,3
|
2,2
|
14,4
|
84,8
|
15,2
|
|
Variação % (1940/2024)
|
-91,6
|
-97,1
|
-93,2
|
|
|
|
Variação (1940/2024)
|
-134,3
|
-74,5
|
-197,7
|
|
|
A queda da mortalidade das crianças do Brasil, ao
longo das últimas nove décadas, está associada às campanhas de vacinação em
massa, à atenção ao pré-natal, ao aleitamento materno, à ação dos agentes
comunitários de saúde e aos programas de nutrição infantil, entre outros
fatores. Também contribuíram para a diminuição desse fatídico indicador os
aumentos da renda, da escolaridade e do número de domicílios do país com acesso
a serviços de saneamento adequado. A diminuição dos níveis de mortalidade, por
sua vez, vem contribuindo para elevar a expectativa de vida dos brasileiros ao
longo dos anos.
Dos 20 aos 24 anos, sobremortalidade
masculina é 4,1 vezes a das mulheres
Em 2024, a sobremortalidade masculina concentrava-se
entre os chamados de adultos jovens, nos grupos de idade de 15 a 19, 20 a 24 e
25 a 29 anos, com valores de 3,4, 4,1 e 3,5 respectivamente. Isso significa
que, no grupo de 20 a 24 anos, por exemplo, um homem de 20 anos tinha 4,1 vezes
mais chance de não completar os 25 anos do que uma mulher do mesmo grupo
etário. Isto se deve à maior incidência dos óbitos por causas externas ou não
naturais na população masculina.
A série histórica desses indicadores constata a
inexistência de sobremortalidade masculina em níveis tão elevados, entre os
adultos jovens do país, em 1940. Isso comprova que este fenômeno está associado
ao rápido processo de urbanização e metropolização do Brasil, no período.
A partir dos anos 1980, as mortes associadas às
causas externas ou não naturais (homicídios, suicídios, acidentes de trânsito
etc.) passaram a elevar as taxas de mortalidade da população, particularmente
dos adultos jovens do sexo masculino. A expectativa de vida masculina no Brasil
continuou crescendo, mas poderia ser superior à estimada atualmente, não fosse
o efeito das mortes violentas dos jovens sobre a estrutura demográfica do país.
Esperança de vida dos idosos do país
cresce mais de 9 anos, desde 1940
Em 1940, um indivíduo que chegasse aos 60 anos de
idade viveria, em média, mais 13,2 anos, sendo mais 11,6 anos para os homens e
mais 14,5 anos para as mulheres. Já em 2024, a população do país que chega aos
60 anos de idade vive, em média mais 22,6 anos, sendo mais 20,8 anos para
homens e mais 24,2 anos para as mulheres. Historicamente, a expectativa de vida
desse grupo etário cresceu 9,3 anos, (mais 9,2 anos para os homens e mais 9,7
anos para as mulheres). Estes indicadores também foram afetados pela pandemia
de COVID-19, especialmente em 2020 e 2021, mas vêm se recuperando desde 2022.
|
Ano
|
Expectativa de vida aos 60 anos (anos)
|
Diferencial entre os sexos (anos)
|
|
Total
|
Homem
|
Mulher
|
|
1940
|
13,2
|
11,6
|
14,5
|
2,9
|
|
1950
|
13,6
|
11,9
|
14,9
|
2,9
|
|
1960
|
14,3
|
12,6
|
15,7
|
3,0
|
|
1970
|
15,3
|
13,5
|
16,7
|
3,2
|
|
1980
|
16,3
|
15,2
|
17,6
|
2,4
|
|
1991
|
18,7
|
17,4
|
20,0
|
2,6
|
|
2000
|
20,1
|
18,4
|
21,7
|
3,4
|
|
2010
|
21,4
|
19,6
|
23,1
|
3,5
|
|
2019
|
22,3
|
20,4
|
23,9
|
3,4
|
|
2020
|
21,2
|
19,2
|
23,0
|
3,9
|
|
2021
|
20,1
|
18,2
|
21,9
|
3,7
|
|
2022
|
21,6
|
19,8
|
23,2
|
3,4
|
|
2023
|
22,5
|
20,7
|
24,0
|
3,4
|
|
2024
|
22,6
|
20,8
|
24,2
|
3,4
|
|
Variação (1940/2024)
|
9,3
|
9,2
|
9,7
|
|
Em 2024, as expectativas de vida para quem chega aos
80 anos foram de mais 9,5 anos para as mulheres e mais 8,3 anos para os homens.
Em 1940, estes valores eram de 4,5 anos para as mulheres e 4,0 anos para os
homens, indicando um maior aumento da longevidade feminina em relação à
masculina.
IBGEExpectativa de
vida