sexta-feira, 12 de dezembro de 2025

PRF prende dupla que mantinha motorista refém durante assalto em Natal

 


A Polícia Rodoviária Federal (PRF) prendeu dois homens por porte ilegal de arma de fogo e tentativa de assalto na noite da quinta-feira (11), no km 7 da BR-226, em Natal. A ação ocorreu durante a Operação Território Seguro, que reforça o policiamento em áreas estratégicas da capital potiguar.

Os policiais tentaram abordar um Renault Logan prata, mas o motorista não obedeceu à ordem de parada. Após acompanhamento tático, o veículo entrou em uma rua sem saída e foi interceptado. Durante a abordagem, os agentes constataram que o condutor era, na verdade, vítima de um assalto e estava sendo ameaçado pelos dois passageiros.

Armas e dinheiro apreendidos

Na inspeção, a PRF apreendeu dois revólveres calibre .38, 13 munições e R$ 320 em espécie. Os suspeitos receberam voz de prisão pelos crimes de tentativa de roubo e porte ilegal de arma de fogo.

A ocorrência foi encaminhada à 1ª Delegacia de Plantão da Polícia Civil da Zona Sul, onde foram adotados os procedimentos legais.

Ação integra a Operação Território Seguro

As prisões fazem parte da Operação Território Seguro, coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. A iniciativa intensifica o patrulhamento preventivo para reduzir a criminalidade na Região Metropolitana de Natal.

 

VENEZUELA: Guarda Nacional de Maduro cometeu crimes contra humanidade, aponta investigação da ONU

 


A Guarda Nacional Bolivariana (GNB) da Venezuela cometeu graves violações de direitos humanos e crimes contra a humanidade ao longo de mais de uma década, segundo relatório divulgado nesta quinta-feira (11) por uma Missão de Apuração de Fatos da ONU.

O documento aponta que a GNB esteve envolvida em detenções arbitrárias, violência sexual, tortura, repressão de protestos e perseguição política sistemática desde 2014, sob o regime de Nicolás Maduro. As vítimas, segundo a ONU, eram escolhidas por serem opositoras — ou percebidas como opositoras — ao governo.

“A repressão coordenada contra críticos do regime persiste há mais de dez anos”, afirmou Marta Valinas, chefe da missão.

O relatório também destaca o papel da GNB na operação “toc-toc”, realizada após as eleições de 2024, quando agentes realizaram batidas repentinas em casas de críticos, atingindo inclusive moradores de áreas pobres.

A publicação ocorre em meio ao aumento da tensão entre Estados Unidos e Venezuela, após o presidente americano, Donald Trump, voltar a mencionar a possibilidade de intervenção militar, sob o argumento de combater o tráfico de drogas. Maduro acusa Washington de tentar derrubá-lo para controlar as reservas de petróleo do país.

Integrantes do regime venezuelano rejeitaram as conclusões, classificando relatórios anteriores da ONU como “repletos de falsidades”.

Com informações de CNN Brasil

 

Colômbia admite que pode dar asilo a Maduro caso ele renuncie ao poder

 


A chanceler da Colômbia, Rosa Villavicencio, afirmou que o país não descarta conceder asilo político ao presidente venezuelano Nicolás Maduro caso ele renuncie e deixe o comando da Venezuela. A declaração ocorre em meio ao aumento da pressão dos Estados Unidos, que intensificaram a tensão regional após apreenderem um navio petroleiro ligado ao regime venezuelano nesta semana.

Villavicencio disse que Washington e Caracas voltaram a dialogar recentemente para tentar negociar uma saída segura para Maduro. Segundo ela, se o acordo envolver a necessidade de o presidente venezuelano buscar proteção em outro país, a Colômbia estaria disposta a recebê-lo. A fala ocorre após reportagens do Miami Herald e do New York Times revelarem que Maduro conversou por telefone com Donald Trump no fim de novembro, quando o republicano teria oferecido passagem segura para ele e sua família deixarem a Venezuela — proposta rejeitada por Maduro.

Ainda de acordo com o Miami Herald, a negociação entre Maduro e Trump não avançou, e a Casa Branca considerou o diálogo encerrado. A pressão dos EUA também mira o governo colombiano: Trump intensificou ataques contra Gustavo Petro, a quem chamou de “narcotraficante”, a mesma acusação feita ao líder venezuelano.

Na quinta-feira (11), Trump voltou a elevar o tom e disse que a Colômbia “está produzindo muita droga”, enviando um recado direto a Petro: “É melhor ele se conscientizar ou será o próximo. Ele será o próximo em breve. Espero que ele esteja ouvindo.” As falas aumentam ainda mais o clima de instabilidade política na região.

Com informações do Metrópoles

 

 

Rogério Marinho fala sobre decisão de Moraes em ‘usurpar’ a Câmara e alerta para risco institucional

 



O senador Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição no Senado, voltou suas críticas ao ministro Alexandre de Moraes nesta quinta-feira (11), após o magistrado determinar a cassação imediata do mandato da deputada Carla Zambelli (PL-SP) e exigir a posse do suplente em até 48 horas. Para Marinho, a decisão anula a deliberação da Câmara dos Deputados e representa uma violação direta à separação dos Poderes. Segundo ele, o ato “usurpa competência exclusiva do Parlamento” e afronta o texto constitucional.

Na nota divulgada publicamente, Marinho cita o artigo 55 da Constituição para sustentar que, em casos de condenação criminal, a perda de mandato só pode ocorrer mediante votação da Câmara, por maioria absoluta. “A decisão individual anulou a deliberação soberana da Câmara e ultrapassa os limites constitucionais”, afirmou. A Casa rejeitou a cassação de Zambelli na quarta-feira (10), após o processo ser aprovado pela CCJ, mas não alcançar os votos necessários no plenário.

O senador também questionou o fundamento jurídico usado por Moraes. De acordo com Marinho, o ministro se apoiou em uma “jurisprudência instável” e promoveu uma “operação juridicamente ilegítima” ao transformar uma condenação criminal em cassação automática — algo que, segundo ele, não está previsto na Constituição. Para o líder da oposição, o precedente abre brecha para que decisões monocráticas revertam votações regulares da Câmara e provoquem desequilíbrios institucionais.

Ao encerrar a nota, Rogério Marinho reforçou o discurso de defesa do Parlamento e acusou o STF de ultrapassar seus limites. “Reafirmo meu repúdio à decisão e meu compromisso com a defesa da Constituição, da autonomia do Parlamento e da separação de poderes. Nenhum Poder pode usurpar o papel do outro”, concluiu.

Com informações do Agora RN

 

Relações explosivas entre ministros e Banco Master agravam crise e colocam STF sob fogo

 


As conexões entre o Banco Master e ministros do Supremo Tribunal Federal provocaram uma onda de desgaste na imagem da Corte, especialmente após Dias Toffoli assumir o processo que investiga a instituição de Daniel Vorcaro. A revelação de que o ministro viajou a Lima, no Peru, no jato de um empresário acompanhado do advogado de um investigado — poucas horas antes de impor o chamado “sigilo master” ao caso — intensificou as suspeitas e paralisou as apurações. Além disso, Toffoli ainda autorizou que o cliente do criminalista Augusto Arruda Botelho tivesse amplo acesso às provas, restringindo o sigilo apenas ao público.

As informações são da colunista Malu Gaspar, do jornal O Globo. Outro foco de pressão recai sobre Alexandre de Moraes, após vir à tona o contrato milionário do escritório de sua esposa, Viviane Barci de Moraes, com o Master. Firmado em janeiro de 2024, quando o banco já enfrentava grave crise de confiança, o acordo previa pagamentos mensais de R$ 3,6 milhões por três anos, totalizando R$ 129,6 milhões até 2027 — período em que Moraes assumirá a presidência do STF. Mensagens encontradas no celular de Vorcaro indicam que os repasses ao escritório eram tratados como prioridade absoluta. Com a liquidação do banco, os pagamentos cessaram, mas estimativas indicam que até R$ 79 milhões podem ter sido desembolsados.

O contrato abrangia cinco frentes de atuação jurídica, incluindo articulações perante Judiciário, Ministério Público, Polícia Judiciária, Banco Central, Receita e Legislativo. Apesar disso, até agora, só é pública uma queixa-crime assinada pelo escritório contra o investidor Vladimir Timmerman, que mantém litígios com o empresário Nelson Tanure. O caso, porém, perdeu em duas instâncias, embora caibam recursos. Paralelamente, o Master vivia expansão arriscada baseada na venda de títulos de alta rentabilidade, enquanto seu balanço sinalizava problemas de liquidez. A situação desabou quando o Banco Central identificou fraude na suposta venda de R$ 12,2 bilhões em carteiras de crédito ao BRB.

A descoberta levou à Operação Compliance Zero, que prendeu Vorcaro e resultou na liquidação do Master. O caso seguiu para o STF por decisão de Toffoli, e a expectativa é que o procurador-geral da República, Paulo Gonet, mantenha o processo na Corte com o sigilo reforçado — movimento alinhado à ala formada por Moraes e Gilmar Mendes. Para críticos, a conduta dos ministros demonstra despreocupação com o impacto na credibilidade do STF. A viagem de Toffoli em jato particular com um defensor de investigado e o contrato milionário envolvendo a família de Moraes expõem uma crise ética que pressiona ainda mais a proposta de novo código de conduta defendida pelo presidente da Corte, Edson Fachin.

Com informações do O Globo

 

Corte: Bolsa Família fecha 2025 com 2,1 milhões de beneficiários a menos no 3º ano de Lula

 


O Bolsa Família encerra 2025 atendendo 18,7 milhões de famílias, uma queda de 2,1 milhões de beneficiários em relação ao ano anterior. O recuo ocorre em meio a revisões cadastrais mais rígidas, reformulação do Cadastro Único e um pente-fino intensificado a partir do 2º semestre, quando o governo começou a enfrentar limitações orçamentárias para manter o programa. Em dezembro de 2024, o número de atendidos era de 20,8 milhões — 11,2% acima do patamar atual.

Apesar da redução de beneficiários, o valor médio pago pelo programa segue em alta: passou de R$ 607,14 em dezembro de 2022 para R$ 691,37 ao fim de 2025. O governo atribui a diminuição do público ao aumento de renda de parte das famílias, mas admite que outra parcela foi cortada por irregularidades ou segue impedida de receber o benefício mesmo após apresentar documentos exigidos pelos municípios.

O aumento dos gastos acompanha a escalada do valor médio: em dezembro, o programa movimenta R$ 12,7 bilhões — bem acima dos R$ 3,7 bilhões de janeiro de 2022, embora abaixo do pico de R$ 15 bilhões registrado em junho de 2023. Enquanto isso, a fila de pré-habilitados voltou a crescer e chegou a 987,6 mil famílias em novembro, o maior número desde julho de 2022. O governo ainda não divulgou os dados de dezembro.

Com a pressão fiscal aumentando, os cortes se intensificaram no 2º semestre, levando o programa ao nível atual de beneficiários. O cenário reforça a falta de transparência sobre quem está sendo excluído e expõe o desafio do governo em equilibrar demanda social crescente com limitações orçamentárias. Os pagamentos de dezembro foram antecipados e seguem até o dia 23, com todos os depósitos garantidos antes do Natal.

Com informações do Poder360

 

O Legislativo ajoelha: O STF governa o Brasil por decisão monocrática

 


Literalmente, o Congresso Nacional virou figurante. Vota, decide, aprova e o STF desfaz.

Não é exceção. Virou rotina. Ministro em decisão monocrática atropela a vontade de centenas de parlamentares eleitos. Um poder sozinho contra a maioria.

Quando o governo e seus partidos perdem no voto, correm para o Supremo. Judicializam a derrota. Ganham no tapetão. Democracia à brasileira.

Pior que fechar o Congresso é humilhá-lo. E é isso que o STF faz todo dia.

O Legislativo hoje funciona por concessão. Se agradar à Corte, sobrevive. Se contrariar, cai.

O voto popular é detalhe. Quem manda não passa pelas urnas.

Esse texto foi copiado do Blog do Gustavo Negreiros

“Entre dois mundos”: Operação apura ligação de servidora do Judiciário com chefe de facção

 


O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) deflagrou nesta quinta-feira (11) a operação Entre Dois Mundos. O objetivo é apurar a infiltração de uma organização criminosa no Poder Judiciário potiguar. A investigação aponta para a atuação de uma servidora terceirizada lotada em um setor crucial para o cumprimento de penas, suspeita de utilizar sua função e acesso a informações sigilosas para favorecer líderes e membros da facção criminosa Sindicato do Crime do RN.

A servidora, que exercia atividades análogas à de assessora jurídica, tinha acesso a processos judiciais, realizando movimentações e elaborando minutas. O esquema, que envolveria essa funcionária pública, um apenado identificado como liderança da facção (seu companheiro) e um advogado, resultou em práticas suspeitas de corrupção passiva e ativa, advocacia administrativa e violação de sigilo profissional, além do pertencimento e auxílio à organização criminosa.

A servidora utilizava suas credenciais para manipular o andamento processual, direcionar decisões, beneficiar e fornecer informações confidenciais à organização criminosa. O ponto central da investigação é a manipulação no Sistema Eletrônico de Execução Unificado (SEEU), onde a servidora teria agido para direcionar o processo de execução penal do companheiro dela para um juiz substituto, em um período de férias do juiz titular.

Essa manobra foi considerada crucial, pois o juiz titular possuía um histórico de indeferimentos de benefícios ao apenado. A intervenção resultou na concessão imediata da progressão de regime e na rápida revogação do monitoramento eletrônico do apenado.

A operação foi desencadeada com o apoio da Polícia Militar potiguar e do Ministério Público da Paraíba (Gaeco) no cumprimento das medidas. A investigação contou com o suporte técnico do Grupo de Segurança Institucional do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (GSI/TJRN) durante a fase de apuração.

Na execução das medidas no Rio Grande do Norte, a equipe foi composta por um Promotor de Justiça, três servidores do MPRN e oito policiais militares. Na Paraíba, o apoio logístico foi realizado por doze servidores do MPPB e policiais militares.

Durante as diligências, foram apreendidos aparelhos de telefone celular e um computador pessoal pertencentes à principal investigada, que serão submetidos à análise. Além disso, foi apreendido um token, provavelmente pertencente ao advogado investigado, o que reforça a suspeita de alinhamento prévio e uso indevido de credenciais.

Ainda no cumprimento dos mandados, foram encontrados e apreendidos aproximadamente R$ 9 mil em espécie, além de uma pistola, cinco carregadores e farta munição, o que deve ser incorporado às provas da investigação.

O MPRN obteve ainda o afastamento cautelar imediato da servidora de suas funções, por considerar a medida essencial para a investigação, a instrução processual e a preservação da credibilidade do Poder Judiciário potiguar.

O homem investigado por pertencer à organização criminosa, que já possuía execução penal ativa, foi preso novamente e conduzido à autoridade policial para lavratura de flagrante por posse de arma de uso restrito e ficará à disposição da Justiça.

Esse texto foi copiado do Blog do Gustavo Negreiros

Conexões de ministros com caso Master desgastam STF

 




Revelações sobre as conexões entre o Banco Master e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) colocaram a Corte na berlinda, depois que Dias Toffoli avocou para si o processo relativo às investigações sobre a instituição de Daniel Vorcaro. Uma delas foi a de que Toffoli foi para Lima, no Peru, para assistir à final da Libertadores, no jato de um empresário, junto com o advogado de um dos investigados na Operação Compliance Zero, horas antes de decretar o “sigilo master” sobre o processo, conforme revelou o colunista do GLOBO Lauro Jardim

Além de fazer a investigação parar, Toffoli ainda atendeu a um pedido do companheiro de viagem, o criminalista Augusto Arruda Botelho, para que o cliente, Luis Antonio Bull, tenha acesso a todas as provas do processo que sejam de seu interesse. Sigilo mesmo, só para o público.

Em outra frente, veio à tona o contrato que o escritório da mulher do ministro Alexandre de Moraes, Viviane Barci de Moraes, mantém com o Master desde janeiro de 2024 — período em que o banco já enfrentava uma crise de confiança no mercado, estava sob o escrutínio do Banco Central e buscava uma saída para resolver seus problemas de liquidez.

O documento estava em formato digital no celular de Daniel Vorcaro, controlador do Master, preso junto com seis outros alvos durante a operação que apura a fraude de R$ 12,2 bilhões na venda de créditos para o estatal BRB.

Segundo o contrato, o escritório da mulher de Alexandre de Moraes receberia R$ 3,6 milhões por mês ao longo de três anos — o que resultaria numa remuneração total de R$ 129,6 milhões até o início de 2027, ano em que Moraes deve assumir a presidência do Supremo no esquema de rodízio entre os ministros.

Com a liquidação do Master, os pagamentos foram interrompidos. Tudo indica, porém, que até então estavam sendo regiamente cumpridos, porque nas mensagens com sua equipe Vorcaro deixava claro que os desembolsos para Viviane eram prioridade para o Master e não podiam deixar de ser feitos em hipótese alguma. Se a ordem de Vorcaro tiver sido cumprida, portanto, o Barci de Moraes recebeu R$ 79 milhões. No escritório também trabalham dois filhos do ministro, Alexandre e Giuliana.

Núcleos de atuação

O escopo dos serviços é amplo. Prevê a “organização e a coordenação de cinco núcleos de atuação conjunta e complementar — estratégica, consultiva e contenciosa — perante o Judiciário, o Ministério Público, a Polícia Judiciária, órgãos do Executivo (Banco Central, Receita Federal, PGFN (Procuradoria Geral da Fazenda Nacional, Cade e Legislativo (acompanhamento de projetos de interesse do contratante)”.

BC, Receita Federal, PGFN e o Cade foram questionados sobre eventuais pedidos, consultas ou petições do escritório em nome do Master. Nenhum deles respondeu.

Segundo apuramos, Viviane não participou de nenhuma reunião sobre a compra do Master pelo BRB no Cade, que chegou a aprovar o negócio antes da liquidação. O Barci de Moraes também não consta no processo relativo à negociação no órgão, onde quem defende o Master é o Pinheiro Neto.

O único documento conhecido em que o escritório atua por Vorcaro e pelo Master é uma queixa-crime apresentada em abril de 2024 contra o investidor Vladimir Timmerman, da Esh Capital, que possui um litígio antigo com o empresário Nelson Tanure, controlador da Gafisa.

No processo, Timmerman é acusado de caluniar o banqueiro, qualificado como “renomado empresário mineiro de 40 anos de idade”, que de acordo com Timmerman teria “participado e/ou realizado operações fraudulentas entre Gafisa e o Fundo Brazil Realty” – do qual, segundo o investidor, o Master era cotista.

O argumento dos advogados é que Timerman pretendia “atingir de forma criminosa a honra” de Vorcaro e do Master. Eles dizem ainda, que ele “desacreditou publicamente” o banco “comprometeu os atributos que os tornam merecedores de respeito perante a sociedade civil”.

Vorcaro foi derrotado na primeira e na segunda instâncias, mas ainda cabem recursos.

Crise de confiança

A contratação do escritório da família Moraes para representar o Master ocorreu num momento em que o banco já enfrentava a desconfiança do mercado e vinha sendo pressionado pelo BC a aumentar seu lastro. Nesse período, o balanço do Master já indicava que ele teria problemas de liquidez.

Nascido da aquisição de um banco quebrado, o Master experimentava um crescimento vertiginoso, impulsionado pela venda de títulos de renda fixa que pagavam muito mais do que a média do mercado — e rendiam aos bancos e corretoras que os ofereciam aos clientes comissões também acima do comum. Como argumento para tranquilizar os desconfiados de um negócio que parecia bom demais para ser verdade, esses vendedores diziam que não havia com que se preocupar, porque, “se quebrar, o FGC garante”. O FGC é o fundo garantidor de créditos, criado depois da crise bancária de 1995 e sustentado pelos bancos privados que garante as aplicações até R$ 250 mil.

Quando já era evidente que o Master não conseguiria honrar seus compromissos, em março deste ano, o BRB propôs a compra do Master. Era uma compra um tanto esdrúxula, porque o banco estatal de Brasília pagaria cerca de R$ 2 bilhões por 58% do capital do banco, mas ainda assim manteria Vorcaro no controle.

A questão é que esse não era o único aspecto complicado da operação. Ao auditar os dados do negócio, o BC descobriu que o Master negociou com o BRB a venda de R$ 12,2 bilhões em carteiras de crédito (direitos sobre empréstimos) inexistentes para captar recursos e ainda fraudou os contratos que supostamente comprovariam a operação.

Origem de apurações

Foi essa movimentação que levou à Operação Compliance Zero, deflagrada pela Polícia Federal no mês passado e que teve Vorcaro entre os alvos. Simultaneamente, o BC decretou a liquidação do Master. Com a medida, as operações do Master foram encerradas e sua diretoria foi afastada.

A investigação sobre a fraude foi parar, em seguida, no STF por decisão de Toffoli. A expectativa do ministro, de Moraes e companhia é que o procurador-geral da República, Paulo Gonet, mantenha o processo com o Supremo, endosse o sigilo e ajude a dificultar o andamento do caso. Não é uma previsão descabida, dado que Moraes foi um dos principais padrinhos da indicação de Gonet ao cargo. Com Gilmar Mendes, ambos formam uma trinca azeitada.

Independentemente do que venha a acontecer, porém, o que a postura dos ministros demonstra é que eles não se importam com o impacto do caso na imagem da Corte. Toffoli não pareceu se importar com a imprudência de viajar num jato particular com o defensor de um dos investigados. Moraes, por sua vez, acha que não deve satisfações sobre o contrato milionário de sua mulher com o banco. Se não houvesse muitas outras razões para fazer avançar o código de ética que o presidente do STF, Edson Fachin, quer colocar em prática na Corte, o comportamento de Toffoli e Moraes já seria motivo de sobra.

Malu Gaspar - O Globo

 

 

Kassab diz que PSD apoiará Tarcísio ou nome próprio em 2026 e deseja ‘boa sorte’ a Flávio Bolsonaro

 


O presidente nacional do PSD e secretário de governo do Estado de São Paulo, Gilberto Kassab, disse nesta quinta-feira, 11, que a legenda tem uma posição “clara” sobre as eleições de 2026, no sentido de apoiar uma candidatura do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) na corrida presidencial do próximo ano. Ainda de acordo com o político, se Tarcísio não concorrer, o PSD tem dois pré-candidatos à Presidência: o governador do Paraná, Ratinho Júnior, e o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite.

“É natural que no primeiro turno cada partido possa ter seu candidato. Como é natural também que existam alianças de primeiro turno. Não vejo nenhum racha [na direita, com o anúncio da candidatura de Flávio Bolsonaro]”, disse, antes de participar de evento sobre educação em Brasília, ao lado do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB).

Kassab disse “desejar boa sorte” para o filho 01 do ex-presidente Jair Bolsonaro para que ele “possa, durante a campanha, apresentar suas ideias, seus projetos, e que vá para o segundo turno melhor”. Questionado sobre um cenário em que Flávio avançasse para o segundo turno, Kassab disse que a legenda “não fecha questão”, mas que ele “o apoia”.

O presidente do PSD não participou da reunião que o senador teve, na segunda-feira, com líderes do Centrão sobre sua candidatura, mas afirmou “não ter nenhum problema” em falar com o parlamentar, “no sentido de conhecer suas ideias, suas propostas”, mas ressaltou que Flávio “sabe” que a legenda “terá candidato”.

“Acho que essa é a razão que ele, corretamente, nem nos convidou para a conversa, porque era uma conversa de pessoas que estão próximas de uma eventual candidatura sua. Nós já temos um caminho, que é o Tarcísio, ou o Ratinho, ou o Eduardo Leite. E não é por isso que eu não desejo boa sorte a ele, que seja um bom candidato, e estaremos todos juntos no segundo turno”, apontou.

Questionado sobre a declaração de Flávio sobre o ‘preço’ de sua candidatura, seguida da aprovação, na Câmara dos Deputados, do projeto de lei da dosimetria , Kassab disse que “começou a campanha”. “Flávio que é o candidato. Pelo que assisti, ele disse que a negociação que ele se envolveria seria se aprovasse a anistia. Então, ele falou, tem que respeitar a posição dele. É uma posição dele”, apontou.

Estadão

 

 

Sóstenes chama Moraes de “ditador psicopata” após decisão sobre Zambelli

 


O líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), chamou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de “ditador psicopata” ao criticar a decisão, desta quinta-feira (11/12), que derrubou a votação da Câmara dos Deputados e determinou a perda imediata do mandato de Carla Zambelli (PL-SP).

“O ditador psicopata que hoje manda nos três Poderes voltou a atacar. Quando um ministro anula a decisão soberana da Câmara e derruba o voto popular, isso deixa de ser Justiça e vira abuso absoluto de poder”, escreveu Sóstenes.

O deputado afirmou que houve “usurpação institucional” e que o Supremo teria ignorado a deliberação do Legislativo. Segundo ele, a determinação de Moraes fere a democracia e desconsidera a vontade do eleitorado. “O Brasil viu um ato de usurpação institucional: um homem passando por cima do Parlamento e da vontade do povo”, disse.

A reação ocorre após Moraes anular o resultado da votação realizada na madrugada desta quinta-feira (11/12). Na sessão, 227 deputados votaram a favor da cassação de Carla Zambelli, 110 foram contrários e 10 se abstiveram. Apesar da maioria, o placar ficou abaixo dos 257 votos necessários para a perda de mandato, o que levou ao arquivamento da representação.

Com a decisão do ministro, o quadro foi revertido. Moraes determinou a perda imediata do mandato da deputada, que já havia sido condenada pela Primeira Turma do STF a 10 anos de reclusão por invadir, ao lado de um hacker, sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Metrópoles

 

 

PRF prende dupla que mantinha motorista refém durante assalto em Natal

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