quinta-feira, 18 de dezembro de 2025

Ministério da Cultura tem R$ 22 bi em contas sem fiscalização e controla prazos por Excel, diz TCU

 


O Ministério da Cultura acumulou 29,7 mil projetos de fomento cultural, para atividades como shows, exposições e peças teatrais, sem prestações de contas analisadas. O “apagão” na fiscalização soma R$ 22 bilhões em verbas públicas sem destinação verificada e representa a ampliação de um problema crônico na pasta – e que a ministra Margareth Menezes prometeu solucionar.

Para efeito comparativo, o custo mensal do Programa Bolsa Família é de aproximadamente R$ 13 bilhões.

Em nota, o ministério afirmou que os dados citados na reportagem são preliminares e que gestões anteriores mascararam o tamanho real do passivo, o que justificaria o aumento. Disse ainda que enfrenta o estoque com estratégia de otimização de processos internos (leia mais abaixo).

O problema não é novo. Aparece em denúncias e fiscalizações desde meados dos anos 2000. Contudo, apesar das promessas de solução e de anúncios de forças-tarefa para resolver o passivo, o cenário da gestão atual diante do problema aponta para ineficácia e para “desgovernança generalizada”, segundo análise feita pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

Os dados históricos e a análise de como o tema é enfrentado pelo ministério estão em um relatório técnico sigiloso do TCU dia 18 de novembro. O documento, obtido pelo Estadão, mostra ações ineficazes, afrouxamento de fiscalização e servidores sem capacitação.

“A permanência de um estoque de processos dessa magnitude, por tantos anos e no montante de recursos apontado, revela que se trata de um problema crônico e complexo na pasta ministerial, cujas ações até então adotadas para solucioná-lo não têm apresentado o resultado almejado. A despeito das últimas ações adotadas pelo ministério para a redução do estoque de processos, o saldo final do passivo de prestação de contas pendentes de análise aumentou ao longo dos últimos quinze anos”, frisou o relatório.

Controle por ‘Excel’ e falta de treinamento

O quadro no ministério é piorado por um “descumprimento crônico” de prazos máximos de análise e pela ausência de mecanismos internos para controle de prazos. Apesar das ações apresentadas pelo ministério à fiscalização, o TCU frisou “não haver normativos internos” na pasta que “definam os tempos máximos em que cada etapa da análise do processo de prestação de contas deve ocorrer”.

Um dos trechos mais críticos da auditoria revela o amadorismo no controle do dinheiro público. Técnicos do TCU detectaram que o monitoramento de prazos de prescrição (quando a dívida caduca) é feito em “uma planilha em Excel alimentada manualmente”.

A ferramenta foi considerada inútil pelos auditores, pois a planilha ignora notificações e andamentos que reiniciam a contagem do prazo. Ou seja: o sistema pode apontar que a dívida caducou, quando na verdade o governo ainda teria tempo legal para cobrá-la.

Pior: em reunião com o TCU, servidores da área responsável demonstraram “não conhecer a diferença entre prescrição intercorrente e quinquenal”, indicando grave falta de capacitação.

Os quase 30 mil projetos culturais com prestações de contas pendentes são de praticamente todas as naturezas, como oriundos das leis Rouanet, Paulo Gustavo e Aldir Blanc, além de acordos de cooperação e transferências diretas.

Nesse universo de projetos não fiscalizados, há um conjunto que pode chegar a até 1,3 mil que já prescreveram. Ou seja, mesmo se detectada alguma irregularidade, o ressarcimento ao erário não é mais possível porque as contas são consideradas automaticamente aprovadas. Estima-se que esses projetos culturais com contas prescritas podem ter recebido até R$ 1,2 bilhão.

O dano, contudo, não se encerra na perda desses valores; ele compromete também a integridade dos repasses futuros. A detecção de uma irregularidade funcionaria como uma trava, impedindo o infrator de captar novos recursos. Sem essa fiscalização, o gestor permanece apto no sistema. Isso cria uma distorção grave: o Estado corre o risco de continuar destinando verbas novas justamente para quem não deveria estar recebendo.

Há ainda os casos em que as prestações de contas nem sequer foram apresentadas e mesmo assim encontram-se com análises pendentes, sem que o governo tenha informações básicas sobre a aplicação dos recursos liberados. A partir de projeções sobre amostras de projetos analisados, o TCU estimou que os projetos que omitiram prestações de contas podem representar até R$ 30,7 milhões em um limbo.

O relatório também ressaltou que o ministério não tem sido efetivo nas providências para responsabilizar e reaver recursos nos casos de irregularidades confirmadas.

“(Análises) revelam múltiplas fragilidades e um quadro de desgovernança generalizada na gestão das prestações de contas, permitindo concluir que o Ministério da Cultura não está contribuindo para a efetividade da responsabilização e da recuperação de recursos nos casos de irregularidades em prestações de contas”, frisa o texto.

Estadão

 

 

Advogado e Coach Gabriel Cortez é encontrado morto em cela do presídio do Valentina de Figueiredo em João Pessoa

 


O advogado e coach Gabriel Cortez foi encontrado morto em cela do Presídio Especial Valentina de Figueiredo, em João Pessoa, no fim da tarde da quarta-feira (17). A informação sobre a morte de Gabriel foi confirmada pelo Secretário de Administração Penitenciária do Estado, João Alves ao Portal ClickPB

A reportagem apurou que inicialmente o caso é tratado como suicídio. Gabriel estava sozinho na cela. Como procedimento de praxe, foi instaurado um inquérito por parte da Polícia Civil para investigar a morte. Um procedimento administrativo também foi instaurado.

Gabriel Cortez se apresentava como trainer de alta performance e acumulava mais  200 mil seguidores no Instagram.

O coach tinha passagens pela polícia. Ele já foi preso por agressão contra companheira em 2021. Segundo testemunhas, o ato de violência teria começado em um bar da capital e continuou no apartamento do casal, onde foi preso em flagrante pela Polícia Militar.

 

Polícia Federal cumpre mais de 60 mandados contra organização criminosa que usava aviões para transportar drogas

 


A Polícia Federal realizou, na manhã desta quinta-feira (18), uma operação contra uma organização criminosa que utilizava aeronaves para transportar drogas entre as regiões do Norte e Centro-Oeste para o Nordeste do país. Ao todo, os agentes deram cumprimento a 61 mandados contra investigados suspeitos de atuar no tráfico interestadual de drogas e em esquemas de lavagem de dinheiro.

Segundo a Polícia Federal, o grupo criminoso utilizava tanto rotas terrestres quanto aéreas para o transporte das drogas. Os investigados teriam adquirido aeronaves e montado uma estrutura logística voltada ao envio de grandes carregamentos de cocaína.

Estão sendo executados 31 mandados de busca e apreensão e 30 mandados de prisão na Paraíba, Rio Grande do Norte, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Paraná e no Distrito Federal. Cerca de 150 policiais participam da ação.

Por decisão da Justiça, foram determinados o bloqueio de contas bancárias e ativos financeiros dos investigados até o limite de R$ 4,8 bilhões, além do sequestro de diversos bens móveis e imóveis.

Batizada de “Hangar Fantasma”, a operação faz referência à forma de atuação do grupo, que utilizava empresas fictícias e terceiros para registrar e esconder a real propriedade de aeronaves e hangares usados no tráfico, mantendo uma frota aérea fora do alcance dos sistemas de controle financeiro.

Chefe do grupo criminoso dava ordens de presídio na Paraíba

As investigações tiveram início a partir da análise de dados de operações anteriores, que apontaram que ordens para a prática de crimes eram emitidas pela liderança do grupo de dentro de um presídio na Paraíba.

Os investigados são apontados como responsáveis pelas drogas que foram alvo de, pelo menos, três grandes apreensões recentes. Entre elas, dois flagrantes envolvendo aeronaves que transportavam cerca de 400 quilos de cocaína cada, registrados no estado do Tocantins, além de uma apreensão realizada por via terrestre na Paraíba.

As investigações também revelaram a existência de um esquema financeiro complexo para dissimular a origem ilícita dos recursos. Conforme a PF, os suspeitos recorriam a “laranjas” e empresas de fachada para movimentar somas milionárias e adquirir bens de alto valor, como aviões e veículos de luxo.

Os envolvidos poderão responder por tráfico de drogas, associação para o tráfico, lavagem de dinheiro e organização criminosa, crimes que, somados, podem resultar em penas de até 30 anos de prisão.

 

Ex-policial militar apontado como chefe de esquema de fraudes em concursos públicos morre na PB

 


O ex-policial militar Wanderlan Limeira dos Santos, apontado pela Polícia Federal como líder de um esquema de fraudes em concursos públicos, morreu nesta terça-feira (16), em Patos, no Sertão da Paraíba. A informação da morte foi confirmada pelo Hospital Regional de Patos, onde ele estava internado.

De acordo com o informado pelo hospital, Wanderlan Limeira sofria com problemas de coagulação. As causas da morte foram identificadas como choque não especificado, choque hipovolêmico e coagulopatia não especificada.

Além de ser investigado pelo esquema de fraudes em concursos públicos, Wanderlan respondia por crimes como homicídio, peculato (roubo ou desvio de dinheiro ou bens públicos), concussão (quando um funcionário público exige dinheiro ou vantagem indevida, usando a autoridade do cargo), roubo majorado (com agravantes), abuso de autoridade e uso de documento falso.

'Máfia dos concursos'

A Polícia Federal afirma que o esquema criminoso era chefiado pelo ex-policial militar Wanderlan Limeira de Sousa, expulso da corporação em 2021 e já condenado por tortura de adolescente dentro de viatura. Ele nasceu em Patos, no Sertão da Paraíba, e tinha 44 anos.

As investigações apontaram fraudes no Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) de 2024 e em certames das Polícias Civis de Pernambuco e Alagoas, Universidade Federal da Paraíba, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil.

Ainda segundo a PF, Wanderlan teria se inscrito no CNU apenas para provar aos “clientes” que o sistema de fraude era eficiente. E conseguiu: foi aprovado para o cargo de auditor fiscal do trabalho, que tem o maior salário inicial, de R$ 22,9 mil. No entanto, após o resultado, não compareceu ao curso de formação.

No dia 2 de outubro deste ano, a Polícia Federal deflagrou uma operação para cumprir mandados de busca e apreensão e desarticular o grupo criminoso na Paraíba, Pernambuco e Alagoas. O ex-policial foi alvo de um mandado de prisão preventiva, que na época foi cumprido dentro de um hospital em Campina Grande.

O esquema de fraude no Concurso Nacional Unificado (CNU) de 2024 envolvia pessoas de uma mesma família, com base na cidade de Patos. Os principais suspeitos são:

  • Wanderlan Limeira de Sousa (ex-policial militar apontado como chefe do esquema)
  • Wanderson Gabriel de Brito Limeira (filho do ex-policial militar)
  • Valmir Limeira de Sousa (irmão do ex-policial militar)
  • Larissa de Oliveira Neves (sobrinha do ex-policial militar)
  • Antônio Limeira das Neves (irmão do ex-policial militar)
  • Ariosvaldo Lucena de Sousa Júnior (membro da organização criminosa)
  • Luiz Paulo Silva dos Santos (membro da organização criminosa)
  • Thyago José de Andrade (chefe da organização criminosa)
  • Geórgia de Oliveira Neves
  • Laís Giselly Nunes de Araújo

Parte dos suspeitos chegou a fazer o CNU e foi aprovada para o cargo de auditor fiscal do trabalho, que tem salário de R$ 22 mil.

 

Pablo Marçal declara apoio a Flávio: ‘É o Bolsonaro que a gente sempre quis’

 


O empresário, ex-coach e ex-candidato à Prefeitura de São Paulo Pablo Marçal afirmou nesta quarta-feira, 13, em encontro com Flávio Bolsonaro, que irá “para guerra” junto com o senador, que é pré-candidato à Presidência. Os dois se encontraram em São Paulo em um evento promovido por Marçal.

 “Não querendo magoar o Jair, mas esse é o Bolsonaro que a gente sempre quis”, disse Pablo Marçal, ao pedir aplausos para o senador, completando:

“Flávio, as portas estão abertas por você. Vamos para a guerra juntos. Eu acredito verdadeiramente nesse coração aqui (apontando para Flávio). Esse coração aqui vai fazer diferente do que todo mundo fez. E se você tiver tomando pancada, nós vamos tomar juntos.”

Em sua fala, Flávio Bolsonaro afirmou que a empreitada à Presidência é “uma guerra espiritual”, pediu proteção divina e pediu que a plateia recitasse com ele mensagens de teor religioso.

Ao longo da campanha à Prefeitura de São Paulo, em 2024, Pablo Marçal chegou a ter atritos públicos com a família Bolsonaro, que oficialmente apoiava o prefeito Ricardo Nunes na disputa.

Mais cedo, Flávio Bolsonaro se encontrou com um grupo de cerca de 20 empresários e reforçou que sua candidatura é para valer. Na conversa, mencionou o presidente de El Salvador, Nayib Bukele como referência para suas políticas de segurança pública caso venha a se eleger durante um almoço com empresários em São Paulo nesta quarta-feira, 17.

O senador Flávio Bolsonaro, pré-candidato à Presidência da República, mencionou o presidente de El Salvador, Nayib Bukele, como referência para suas políticas de segurança pública caso venha a se eleger durante um almoço com empresários em São Paulo nesta quarta-feira, 17.

Organizado pelo ex-secretário de Desenvolvimento Social de São Paulo Filipe Sabará, o evento foi feito na casa de Gabriel Rocha Kanner, empresário da terceira geração da família fundadora da Riachuelo, e reuniu nomes de empresários de peso.

Estadão Conteudo

 

ATLASINTEL/BLOOMBERG: Desaprovação de Lula é de 50,7%, superior à aprovação de 48,8%

 


Pesquisa AtlasIntel/Bloomberg divulgada nesta quinta-feira, 18, mostra que a desaprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é de 50,7%, superior à aprovação, que ficou em 48,8%. A margem de erro da mostra é de 1 ponto porcentual para mais ou para menos.

De acordo com avaliação do instituto, o quadro é de estabilidade dos indicadores, mas faz com que o governo inicie 2026 em um cenário de percepção pública ‘ainda majoritariamente negativa’. A avaliação negativa do governo Lula registrou 48,9% (ruim/péssimo), superando a positiva que ficou em 46,5% (ótimo/bom).

Na pesquisa, corrupção e criminalidade aparecem na liderança da percepção dos brasileiros sobre os principais problemas do país, com 64,7% e 61% das menções, respectivamente. Temas como economia e inflação aparecem com 20,3% e extremismo e polarização política com 18,2%.

Sobre a atual situação econômica 40% classificam de boa e 47% de ruim. Contudo, para 46% há expectativa de que a economia vá melhorar nos próximos seis meses, para 42% a economia deverá piorar neste período.

A pesquisa foi feita através da metodologia Atlas Random Digital Recruitment (RDR), na qual os entrevistados são recrutados organicamente durante a navegação de rotina na web em territórios geolocalizados em qualquer dispositivo – smartphones, tablets, laptops ou Pcs -, segundo o instituto “com procedimentos estatísticos complexos para calibrar amostras robustas, representativas da população-alvo”, respondendo o questionário em plena anonimidade, sem temer causar impressões negativa ao entrevistador ou pessoas que possam ouvir a entrevista.

Estadão

 

Sindicato dos Jornalistas reage a fala de vereadora e defende liberdade de imprensa

 


O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Norte (SINDJORN) divulgou nota pública na qual afirma acompanhar os desdobramentos da denúncia apresentada ao Conselho de Ética da Câmara Municipal de Natal envolvendo a vereadora Brisa Bracchi (PT).

Na nota, o sindicato reconhece o momento de forte tensão emocional vivido pela parlamentar, que nega a acusação de agressão física e afirma que irá provar sua inocência. Segundo o SINDJORN, situações que ganham repercussão pública costumam gerar sofrimento e indignação.

Apesar disso, a entidade manifestou preocupação com a declaração da vereadora de que processaria quem divulgasse a denúncia. Para o sindicato, a fala representa uma ameaça ao exercício do jornalismo, mesmo tendo sido feita em um contexto de emoção.

O SINDJORN ressalta que noticiar denúncias de interesse público não configura crime, desde que sejam respeitados princípios básicos do jornalismo, como apuração responsável, veracidade das informações e garantia do direito ao contraditório.

A entidade afirmou ainda que a vereadora tem o direito de se defender e de exigir espaço para apresentar sua versão dos fatos. No entanto, reforçou que ameaças ao livre exercício da imprensa não podem ser toleradas.

Ao final da nota, o sindicato solicita que a parlamentar reveja e se retrate da declaração, reafirmando o compromisso com a liberdade de imprensa. Segundo o SINDJORN, liberdade de expressão e direito à defesa são valores complementares e fundamentais para a democracia.

Novo Notícias 

 

Operação investiga descontos irregulares em retiradas e entregas obrigatórias no RN

 


A Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU) deflagraram, nesta quinta-feira (18), uma nova fase da Operação Sem Desconto, que investiga um esquema nacional de descontos indevidos em aposentadorias e pensões do INSS.

No Rio Grande do Norte, assim como em outros estados, estão sendo cumpridos mandatos judiciais para aprofundar as investigações. Ao todo, a operação ocorre em seis estados — São Paulo, Paraíba, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Minas Gerais e Maranhão — além do Distrito Federal.

Nesta etapa, a Justiça autorizou 52 mandados de busca e apreensão, 16 mandados de prisão preventiva e outras medidas cautelares. As ordens foram expedidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo a PF e a CGU, o esquema envolve a inclusão de dados falsos em sistemas oficiais para realizar descontos associativos sem autorização dos beneficiários, resultando em prejuízos para aposentados e pensionistas. As investigações apuram crimes como estelionato previdenciário, organização criminosa e ocultação de patrimônio.

CAMPESTRENSE - MPF obtém relatórios de empresas, empresários e ex-prefeito de São José de Campestre por contratações ilegais

 


O Ministério Público Federal (MPF) recebeu as instruções do ex-prefeito de São José de Campestre, José Borges Segundo, o “Zequinha Borges”, e mais quatro empresas e quatro empresários envolvidos em contratos ilegais, na área da saúde, entre 2011 e 2012. Ao todo, R$ 145 mil foram pagos na época para aquisição de combustíveis, medicamentos, materiais hospitalares e alimentos, sem que você tenha obtido qualquer licitação.

Todos os réus foram condenados pela prática de atos de improbidade administrativa (art. 11, V, da Lei 8.429/92). Eles terão de dividir o pagamento de uma multa e ficarão proibidos de contratar com a União e o município de São José de Campestre pelo prazo de cinco anos. O ex-prefeito foi condenado ainda à suspensão de seus direitos políticos, pelo mesmo período de tempo.

Recurso

Em outro ponto das especificações, porém, os representantes das empresas não foram incluídos no ressarcimento do prejuízo. A cobrança de R$ 145 mil (a serem corrigidos) se limita ao ex-prefeito e às empresas – um posto de gasolina, duas empresas do ramo hospitalar e uma do ramo de alimentos. O MPF já recorreu dessa decisão, pois entende que o ressarcimento também deve ser cobrado dos representantes dessas empresas.

Irregularidades

A ação por ato de improbidade administrativa apresentada pelo MPF apontou a ilegalidade das contratações realizadas pelo ex-prefeito e foi reforçada pela fiscalização da Controladoria Geral da União (CGU), que constatou a existência de acertos próprios e irregulares do ex-gestor com as empresas e seus representantes.

Os recursos federais desviados foram direcionados à atenção básica de saúde e, dos montantes gastos sem licitação, mais de R$ 63 mil foram destinados à aquisição de combustíveis no posto de combustível envolvido no esquema; mais de R$ 69 mil para compra de medicamentos e materiais hospitalares em duas empresas do ramo hospitalar; e quase R$ 13 mil em gêneros alimentícios da empresa de alimentos condenados.

 

Maduro desafia Trump e promete seguir exportando petróleo, apesar de bloqueio

 


O ditador venezuelano Nicolás Maduro voltou a bater de frente com os Estados Unidos e afirmou que continuará exportando petróleo, mesmo após as novas ameaças do presidente americano Donald Trump. O clima ficou ainda mais tenso após imagens de satélite revelarem grande movimentação de navios na costa da Venezuela, enquanto a Marinha do país reforça a escolta de petroleiros para garantir a saída das cargas.

A ofensiva americana se intensificou: militares dos EUA apreenderam um petroleiro na semana passada e Trump avisou publicamente que não permitirá que embarcações furarem o bloqueio. A Venezuela, há anos isolada do mercado formal, passou a operar quase totalmente no paralelo — cerca de 80% da produção é vendida por rotas sancionadas. Washington acusa o governo Maduro de usar o petróleo para financiar o narcotráfico.

Trump também acusou a Venezuela de explorar campos de petróleo “roubados” dos Estados Unidos e classificou o governo de Maduro como organização terrorista — medida inédita, nem mesmo aplicada a países como Irã ou Coreia do Norte. O governo venezuelano rebateu, dizendo que Trump está “delirando”.

A escalada internacional acendeu alerta global. ONU, Rússia, China e México pediram cautela e criticaram o clima de confrontação, apontando risco de desestabilização regional. Mesmo assim, Maduro mantém o discurso de que não recuará nas exportações, elevando ainda mais a tensão com Washington e deixando o cenário geopolítico imprevisível.

Com informações do G1

 

PF cumpre mandados no RN em nova fase de operação que mira fraudes no INSS

 


A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (18) mais uma etapa da Operação Sem Desconto, que investiga um esquema nacional de descontos indevidos em benefícios de aposentados e pensionistas do INSS. O Rio Grande do Norte está entre os estados onde a PF cumpre mandados judiciais.

Ao todo, são 52 mandados de busca e apreensão, 16 de prisão preventiva e outras medidas cautelares autorizadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). As diligências acontecem também em São Paulo, Paraíba, Pernambuco, Minas Gerais, Maranhão e no Distrito Federal.

Segundo a PF, a fase desta quinta-feira busca aprofundar as investigações sobre crimes como inserção de dados falsos em sistemas oficiais, estelionato previdenciário, organização criminosa e ações de ocultação e dilapidação patrimonial.

O RN volta a aparecer no foco da operação devido ao grande volume de denúncias envolvendo descontos associativos não autorizados, que têm afetado milhares de beneficiários no estado. A PF segue em campo para identificar responsáveis e ampliar o esclarecimento das fraudes.

Com informações da CNN

 

Ministério da Cultura tem R$ 22 bi em contas sem fiscalização e controla prazos por Excel, diz TCU

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