quinta-feira, 25 de dezembro de 2025

Jair Bolsonaro confirma pré-candidatura de Flávio em carta antes de cirurgia; leia a íntegra

 


O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) leu nesta quinta-feira (25), na porta do hospital onde Jair Bolsonaro está internado, uma carta manuscrita pelo ex-presidente antes de passar por uma cirurgia.

No texto, Bolsonaro afirma que decidiu indicar Flávio Bolsonaro como pré-candidato à Presidência da República em 2026. Embora a carta traga a data de 25 de dezembro, Flávio disse que recebeu o documento no dia 23, por meio de um advogado, e que ele teria sido escrito na Superintendência da Polícia Federal.

Segundo o senador, a carta serve para eliminar dúvidas sobre a posição do pai e reforçou a necessidade de unidade da direita para enfrentar o PT. “Para mim, não muda nada, mas pode mudar para quem duvidava”, afirmou.

Bolsonaro passa por uma cirurgia de hérnia inguinal na manhã do Natal, com duração estimada de três horas. De acordo com Flávio, o ex-presidente está sem soluços, e os médicos ainda avaliarão se será necessário outro procedimento.

Leia a íntegra da carta:

“Ao longo da minha vida, tenho enfrentado duras batalhas, pagando um preço alto, com a minha saúde e família, para defender aquilo que acredito ser o melhor para o nosso Brasil.”

Diante desse cenário de injustiça, e com o compromisso de não permitir que a vontade popular seja silenciada, tomo a decisão de indicar Flávio Bolsonaro como pré-candidato à presidência da república em 2026.”

Entrego o que há de mais importante na vida de um pai: o próprio para a missão de resgatar o nosso Brasil. Trata-se de uma decisão consciente, legítima e amparada no desejo de preservar a representação daqueles que confiaram em mim.”

Ele é a continuidade do caminho da prosperidade que iniciei bem antes de ser presidente, pois acredito que precisamos retomar a responsabilidade de conduzir o Brasil com justiça, firmeza e lealdade dos anseios do povo brasileiro.”

Que Deus abençoe e o capacite na liderança dessa corrente de milhões de brasileiros que honram a Deus, a pátria, a família e a liberdade.”

Brasília, 25 de dezembro de 2025.
Jair Messias Bolsonaro.”

 

CASO BANCO MASTER: Toffoli rejeita pedido da PGR e mantém acareação entre Vorcaro e presidetne do BRB

 


O ministro Dias Toffoli, do STF, rejeitou pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e manteve a acareação no âmbito da investigação do Banco Master, marcada para terça-feira (30).

A decisão foi tomada na noite de quarta-feira (24), cerca de duas horas após o procurador-geral da República, Paulo Gonet, solicitar a suspensão do procedimento. O processo corre em sigilo.

Toffoli determinou que sejam ouvidos o presidente do Banco Master, Daniel Vorcaro, o ex-presidente do Banco de Brasília (BRB) Paulo Henrique Costa e o diretor de Fiscalização do Banco Central, Ailton de Aquino Santos. A acareação será realizada por videoconferência.

O objetivo é esclarecer contradições e apurar as circunstâncias de uma suposta fraude de R$ 12,2 bilhões na tentativa de venda do Banco Master ao BRB. A PGR argumentou que a medida seria prematura, já que os envolvidos ainda não prestaram depoimentos individuais.

 

Fachin patina no comando do STF e enfrenta crises internas e externas em apenas quatro meses

 


Após quatro meses à frente da presidência do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Edson Fachin tem encontrado dificuldades para conter o ambiente de tensão que cerca a Corte. Apesar de uma atuação discreta e focada no diálogo institucional, o magistrado precisou lidar com sucessivos atritos com o Congresso Nacional e também com desgastes dentro do próprio tribunal.

Nos bastidores, Fachin tem buscado interlocução direta com os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), na tentativa de evitar o agravamento de conflitos. Ele entrou em campo, por exemplo, durante a crise provocada por decisão do ministro Gilmar Mendes sobre a Lei do Impeachment e em meio a insatisfações do Legislativo após uma operação autorizada por Flávio Dino envolvendo emendas parlamentares.

Apesar dessas iniciativas, uma ala do STF avalia que o presidente da Corte tem falhado em fazer um diagnóstico mais preciso das crises. Ministros reclamam da condução excessivamente reservada de Fachin e da falta de escuta interna, o que teria ampliado o mal-estar entre os colegas.

O principal foco de desgaste interno surgiu com o anúncio da elaboração de um código de conduta para magistrados. A proposta, tornada pública em um momento delicado para a imagem do tribunal, foi vista por parte dos ministros como precipitada e mal articulada. O debate ganhou força justamente quando o STF enfrentava críticas externas, inclusive após a revelação de viagem do ministro Dias Toffoli em um jato privado ligado a advogado envolvido no caso do Banco Master.

Internamente, há o temor de que a discussão sobre o código forneça munição ao Congresso, especialmente num momento em que o Senado analisa mudanças na Lei do Impeachment. Um levantamento que circula nos gabinetes do Supremo aponta, inclusive, que não há lacuna jurídica que justifique um novo código, já que princípios como independência e imparcialidade estariam garantidos por normas em vigor.

Para tentar reduzir as tensões, Fachin passou a promover almoços no gabinete da presidência com ministros do STF e ex-integrantes da Corte. Interlocutores avaliam que o recesso do Judiciário pode ajudar a esfriar os ânimos e que a proposta do código de conduta deve ficar em segundo plano por tempo indeterminado, enquanto o presidente do Supremo tenta recuperar coesão em um tribunal ainda sob forte pressão política.

Com informações do O Globo

 

PGR tenta barrar acareação no STF em investigação sobre o Banco Master

 


A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu a suspensão da acareação determinada pelo ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito do caso que envolve o Banco Master. O pedido foi feito após avaliação de que não estão presentes os requisitos técnicos necessários para a realização do procedimento neste momento.

Segundo apuração da jornalista Camila Bomfim, a PGR sustenta que os envolvidos ainda não foram ouvidos individualmente, o que inviabiliza o confronto de versões — etapa essencial antes de uma acareação. Além disso, o órgão destaca que o material da operação ainda não foi completamente finalizado, o que poderia comprometer a apuração dos fatos.

Mesmo diante dessas ponderações, Dias Toffoli marcou para a próxima terça-feira (30) uma audiência de acareação entre o dono do Banco Master, Daniel Vorcaro, o ex-presidente do Banco de Brasília (BRB), Paulo Henrique Costa, e o diretor de fiscalização do Banco Central, Ailton de Aquino.

A decisão do ministro chamou atenção nos bastidores jurídicos por ter sido tomada de ofício, ou seja, sem pedido formal da Polícia Federal ou da própria PGR. Em regra, esse tipo de medida ocorre a partir de provocação dos órgãos de investigação, o que não aconteceu neste caso.

Com informações da GloboNews

 

VÍDEO: Jornalista critica Moraes em caso que envolve esposa e Banco Master

 


O jornalista Eduardo Oinegue, âncora do Jornal da Band, fez duras críticas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ao comentar um possível conflito de interesses envolvendo o magistrado, sua esposa e o Banco Master. A análise foi feita diante da revelação de um contrato milionário firmado pelo escritório de advocacia de Viviane Barci, mulher de Moraes, com a instituição financeira.

Durante o comentário, Oinegue levantou dúvidas sobre a isonomia adotada pelo ministro em situações semelhantes. “Qual seria a reação do ministro Alexandre de Moraes se ele soubesse que a mulher do presidente da República, a mulher do presidente do Senado ou a mulher do presidente da Câmara assinou um contrato com o Banco Master?”, questionou o jornalista, ao comparar o episódio com figuras de outros Poderes.

Para o âncora da Band, há um contraste evidente entre a postura rigorosa adotada por Moraes em inquéritos que conduz no STF e o silêncio inicial diante do caso envolvendo sua própria família. Oinegue destacou que o ministro costuma adotar critérios duros ao analisar condutas de terceiros, o que, segundo ele, reforça a cobrança por um padrão semelhante neste episódio.

O contrato citado previa o pagamento mensal de R$ 3,6 milhões ao escritório de Viviane Barci entre 2024 e 2027. O acordo foi interrompido após o Banco Central decretar a liquidação do Banco Master, instituição controlada pelo banqueiro Daniel Vorcaro, alvo de investigações.

Além do contrato, vieram à tona informações sobre encontros entre Alexandre de Moraes e o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, em meio ao processo que resultou na liquidação do banco. O contexto ampliou o debate público sobre a necessidade de transparência e eventual conflito de interesses.

Na manhã da terça-feira (23), Moraes se manifestou oficialmente por meio de nota, afirmando que a reunião com Galípolo teve como pauta exclusiva as consequências da aplicação da Lei Magnitsky contra ele, negando qualquer atuação em favor do Banco Master.

Com informações do Canal do Paulo Mathias

 


Sindicato do BC aponta pressão externa no caso Banco Master e cobra autonomia técnica

 


Uma nota divulgada pelo Sindicato Nacional dos Servidores do Banco Central adicionou um novo elemento à crise envolvendo a liquidação do Banco Master. O comunicado veio à tona no mesmo dia em que surgiram revelações sobre uma suposta pressão do ministro do STF Alexandre de Moraes sobre o presidente do BC, Gabriel Galípolo, para favorecer o banco controlado por Daniel Vorcaro — acusações que ambos negam.

Embora não cite nomes diretamente, o sindicato foi claro ao defender a estabilidade funcional e a autonomia técnica dos servidores como instrumentos essenciais para resistir a “ingerências e pressões externas”. Para a entidade, essas garantias não são corporativas, mas pilares institucionais que asseguram decisões fundamentadas no interesse público, especialmente em processos sensíveis como o da liquidação bancária.

O texto chama atenção também para a nota oficial do Banco Central, divulgada em conjunto com a de Moraes, que confirmou reuniões entre as partes sem detalhar datas, locais ou participantes. Para o sindicato, a falta de transparência amplia suspeitas e acaba colocando toda a instituição sob questionamento, num momento de forte desgaste público.

A entidade afirma que o episódio reforça a importância do Regime Jurídico Único justamente para que técnicos possam agir sem temor de retaliações. Ao mesmo tempo, sugere que, se houve pressão indevida, é necessário que ela seja explicitada, em nome da credibilidade institucional.

Enquanto no STF as apurações se concentram nas fraudes atribuídas a Vorcaro e, no TCU, nos critérios adotados pelo BC para liquidar o Master, a manifestação do sindicato expõe um ponto sensível: a necessidade de deixar claro se decisões técnicas foram tomadas apesar — ou sob risco — de pressões políticas.

Com informações do Metrópoles

 

Em mensagem de Natal, Michelle Bolsonaro pede orações por Bolsonaro

 


A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) divulgou, na noite desta terça-feira (24/12), um pronunciamento em vídeo no Instagram, exibido no mesmo horário (20h30) do discurso de Natal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em rede nacional de rádio e TV.

No início do vídeo, um locutor anuncia a formação de uma “rede nacional de pessoas de bem”. Em seguida, Michelle aparece em imagens montando uma árvore de Natal e pede que apoiadores façam orações pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), internado para uma cirurgia de hérnia inguinal bilateral marcada para esta quinta-feira (25/12), feriado de Natal.

“Fiquem fortes e corajosos, as trevas jamais impedirão a nossa luz de brilhar. Permaneçam firmes no propósito do nosso líder. Peço que orem por ele”, afirmou.

Discurso com tom religioso e político
Ao longo da mensagem, Michelle baseou o discurso no significado religioso do Natal, exaltando o nascimento de Jesus. Ela também lamentou a separação de famílias em razão das prisões relacionadas aos atos de 8 de Janeiro, quando ocorreram invasões e depredações das sedes dos Três Poderes.

O vídeo intercala imagens de Bolsonaro no hospital e da própria ex-primeira-dama emocionada. Em um dos trechos, ela disse que o Natal simboliza recomeços e renovação da esperança, mesmo diante de dificuldades.

“Existem dias em que as provações parecem intermináveis, mas é nesses momentos que devemos lembrar que nada conseguiu impedir que a luz brilhasse nas trevas”, afirmou. Michelle declarou ainda que 2025 foi um ano difícil, mas que as adversidades estariam tornando seus apoiadores mais fortes.

Ela encerrou o pronunciamento com a saudação hebraica “shalom”.

Na legenda do vídeo, escreveu: “Viver o Natal é entender que a vida é feita de recomeços. Que cada novo dia seja um convite para renascer, renovar os sonhos, fortalecer a esperança e espalhar alegria no coração”.

Mesmo horário do pronunciamento de Lula
A exibição do vídeo foi anunciada previamente pelo perfil do PL Mulher, que Michelle preside, com críticas diretas ao discurso do presidente Lula e convocação para que seguidores assistissem à mensagem no mesmo horário do pronunciamento oficial.

Bolsonaro internado
O pronunciamento ocorreu no mesmo dia em que Jair Bolsonaro foi internado em Brasília para a cirurgia de correção de duas hérnias inguinais. O procedimento está marcado para as 9h desta quinta-feira (25) e deve durar cerca de quatro horas.

Fonte: Portal Grande Ponto

 

Policial civil é preso por suspeita de tentativa de feminicídio na Zona Oeste de Natal

 


Um policial civil de 46 anos foi preso por suspeita de tentar matar a ex-companheira no bairro Planalto, na Zona Oeste de Natal. A prisão de Judson Abreu Ramos foi confirmada pela Polícia Civil nesta quarta-feira (24).

De acordo com as investigações, o crime ocorreu no dia 11 de dezembro, quando o suspeito teria atingido a vítima com golpes de faca no rosto. Após a agressão, ele fugiu do local. A apuração policial também identificou que, mesmo depois do ataque, o homem teria enviado ameaças à ex-companheira e a familiares dela.

Com base nos elementos reunidos, a Polícia Civil aponta que o servidor é suspeito de tentativa de feminicídio e do crime de ameaça. O local da prisão não foi divulgado. Após ser detido, ele foi levado à delegacia para os procedimentos legais e, posteriormente, encaminhado ao sistema prisional, onde permanecerá à disposição da Justiça.

No dia do ataque, a corporação informou que o policial não portava arma de fogo institucional, uma vez que o armamento já havia sido recolhido anteriormente em razão de outros registros relacionados à violência doméstica.

Ainda segundo a Polícia Civil, Judson Abreu Ramos já havia sido preso anteriormente pelo mesmo tipo de crime e obteve liberdade por decisão judicial. Sobre as medidas protetivas, a corporação esclareceu que a vítima procurou a autoridade policial após o ocorrido, quando foram adotadas as providências legais e feitos os encaminhamentos ao Poder Judiciário.

A ação que resultou na prisão foi coordenada pela Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher da Zona Leste, Oeste e Sul (DEAM/ZLOS), com apoio da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), da Delegacia do Idoso e da Pessoa com Deficiência (DEPID), além da 2ª e da 4ª Delegacia de Polícia de Natal.

Com informações do G1 RN

 

Shows gratuitos celebram aniversário de Natal nesta quinta (25) em Ponta Negra; veja programação e como chegar

 


Quem quiser aproveitar o Natal em Natal nesta quinta-feira (25) já pode se programar. O palco montado na orla da nova Ponta Negra recebe uma noite inteira de atrações gratuitas, reunindo música, lazer e diversão para moradores e turistas.

Entre os destaques do dia estão Gilmar Bezerra, Fernanda e Gislaine, Marquinhos Gomes e Davi Sacer — todos se apresentam no palco principal.

Além dos shows, o público também pode garantir lugar no Camarote Solidário, que troca ingressos por 3 latas de leite em pó, em pontos oficiais, e os ingressos são limitados.

Programação – Quinta-feira (25/12)

Orla de Ponta Negra

  • Gilmar Bezerra
  • Fernanda e Gislaine
  • Marquinhos Gomes
  • Davi Sacer

 Transporte será gratuito na volta para casa

Para facilitar a vida de quem vai curtir os shows, a STTU montou uma operação especial: a volta será gratuita em todas as noites. A medida busca garantir que todo mundo possa aproveitar o evento com segurança e acesso ao lazer.

Na ida, a tarifa segue normal (R$ 4,90). No dia 25, quem usa cartão NuBus paga a tarifa social de R$ 2,45. Pagamentos em dinheiro permanecem no valor integral.

 Linhas especiais e corujões

Entre os dias 25 e 30 de dezembro, o Natal em Natal contará com linhas extras e a operação dos corujões. Os ônibus partem da Avenida Engenheiro Roberto Freire, em frente ao Hotel Ponta Negra Flat.

Linhas especiais:

  • SE7 – Ponta Negra ↔ Nova Natal
  • SE8 – Ponta Negra ↔ Parque dos Coqueiros
  • SE9 – Ponta Negra ↔ Planalto

Corujões:

  • N-73 – Santarém/Ponta Negra
  • E – Felipe Camarão/Cidade Nova/Ponta Negra

 Horários desta quinta (25/12)

SE7, SE8 e SE9:
23h40, 0h10, 0h40 (3 ônibus), 0h50, 1h, 1h20 e 1h40.

Corujões N-73 e E:
0h10, 0h40 (3 ônibus), 0h50, 1h, 1h10, 1h20 e 1h40.
Viagens extras: 3h20 (linha E) e 3h40 (linha N-73).

No total, serão 37 ônibus e 43 viagens somente nesta noite.

O Natal em Natal segue até o dia 30 com programação gratuita em Ponta Negra, reunindo cultura, música e lazer para todas as idades.

 

Acareação do caso Master preocupa a Polícia Federal

 


A determinação do ministro Dias Toffoli, do STF (Supremo Tribunal Federal), para realização de uma acareação entre figuras centrais do caso Banco Master, como Daniel Vorcaro, proprietário do Banco Master, Paulo Henrique Costa, ex-presidente do BRB, e Ailton de Aquino, diretor do Banco Central, está preocupando a PF (Polícia Federal).

Segundo apuração da âncora da CNN Débora Bergamasco, investigadores consideram que a iniciativa de Toffoli é prematura, uma vez que o processo ainda está em fase inicial.

A principal preocupação é que a acareação - procedimento que coloca depoentes frente a frente para confrontar versões - está sendo realizada antes mesmo dos depoimentos individuais das partes envolvidas. Um ponto que chama atenção é que a acareação não foi solicitada pela PF, mas determinada diretamente por Toffoli.

Fontes ligadas à investigação relatam preocupação com as testemunhas, que poderiam ficar intimidadas com essa situação, especialmente funcionários do Banco Central, que foram responsáveis por denunciar as supostas fraudes.

Investigadores temem que o procedimento, especialmente por ter se tornado público apesar do sigilo do caso, possa desestimular outros funcionários do Banco Central a colaborarem com as autoridades.

Segundo a apuração de Bergamasco, a PF possui mais de 4 mil páginas de documentos enviados pelo Banco Central detalhando as supostas irregularidades relacionadas ao Banco Master. Investigadores que estão analisando o material consideram que a documentação é robusta e contém evidências significativas sobre o caso.

CNN Brasil

 

 

Editorial O Globo: STF fracassa em transparência e prestação de contas

 


Duas condições são críticas para o funcionamento pleno das instituições numa República. Primeiro, elas precisam ser transparentes. Segundo, devem prestar contas regularmente de suas atividades ao público. Em ambos os quesitos, o Supremo Tribunal Federal (STF) tem falhado sistematicamente. É constrangedor que o Supremo tenha levado tanto tempo para se manifestar sobre as revelações do GLOBO a respeito do caso mais rumoroso que chegou à Corte nos últimos tempos, as suspeitas de falcatruas envolvendo o Banco Master. Mais constrangedor ainda é o processo continuar sob sigilo.

No dia 9 deste mês, a colunista Malu Gaspar, do GLOBO, revelou que o escritório de Viviane de Moraes, mulher do ministro Alexandre de Moraes, mantinha contrato com o Master pelo qual receberia R$ 3,6 milhões mensais ao longo de três anos para defender os interesses do banco junto a uma ampla lista de órgãos públicos, como Cade, Receita Federal ou Banco Central (BC). A revelação causou estranhamento, mas Moraes e o STF mantiveram silêncio por duas semanas.

Na última segunda-feira, a colunista do GLOBO noticiou que Moraes manteve contatos telefônicos e uma reunião presencial com o presidente do BC, Gabriel Galípolo. De acordo com o relato de seis fontes diferentes ouvidas por ela, Moraes fazia pressão em favor do Master. O BC levou 24 horas para se manifestar a respeito. Em nota de apenas duas linhas, confirmou que houve reuniões entre Moraes e Galípolo, mas afirmou que o tema tratado nelas foram os efeitos da Lei Magnitsky (os Estados Unidos impuseram em julho sanções a Moraes com base nessa lei; a liquidação do Master ocorreu em 18 de novembro).

O STF também levou 24 horas para se manifestar. Enviou uma nota sumária a jornalistas, que não publicou em seu site, confirmando reuniões de Moraes com Galípolo para tratar “exclusivamente” dos efeitos da Magnitsky. Assim como o BC, não informou a data das reuniões. Apenas quase 35 horas depois que a notícia veio à tona, enviou uma segunda nota, negando ter havido contatos telefônicos e informando que houve duas reuniões, em 14 de agosto e 30 de setembro.

A falta de transparência e a demora nas explicações deixam dúvidas no ar e dão maior gravidade à crise. A situação é ainda mais nebulosa, pois o ministro Dias Toffoli, relator do caso do Master no STF, pôs o processo sob nível altíssimo de sigilo. Isso ocorreu, como revelou o colunista do GLOBO Lauro Jardim, logo depois que Toffoli viajou a Lima no jato de um empresário para assistir à final da Libertadores, na companhia do advogado de um diretor do Master. Toffoli alega que não tratou do caso na viagem e que só foi sorteado relator naquele mesmo dia.

É inaceitável que, diante de tantos fatos comprometedores, o processo do Master continue sob sigilo. É imperativo que Toffoli suspenda a medida e que as investigações passem a tramitar com total transparência. Também urge que o STF adote um código de conduta como o defendido pelo presidente da Corte, ministro Edson Fachin, de modo a dirimir todas as situações que gerem conflito de interesse. O objetivo deve ser não só preservar a imagem, mas a própria missão do Supremo, sobre cuja integridade não pode pairar nenhuma dúvida. Seria uma medida saneadora para as instituições da República, que revigoraria a democracia.

Editorial O Globo

 

 

Jair Bolsonaro confirma pré-candidatura de Flávio em carta antes de cirurgia; leia a íntegra

  O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) leu nesta quinta-feira (25), na porta do hospital onde Jair Bolsonaro está internado, uma carta manuscr...