A determinação do ministro Dias Toffoli, do STF
(Supremo Tribunal Federal), para realização de uma acareação entre figuras
centrais do caso Banco Master, como Daniel Vorcaro, proprietário do Banco
Master, Paulo Henrique Costa, ex-presidente do BRB, e Ailton de Aquino, diretor
do Banco Central, está preocupando a PF (Polícia Federal).
Segundo apuração da âncora da CNN Débora Bergamasco,
investigadores consideram que a iniciativa de Toffoli é prematura, uma vez que
o processo ainda está em fase inicial.
A principal preocupação é que a acareação -
procedimento que coloca depoentes frente a frente para confrontar versões -
está sendo realizada antes mesmo dos depoimentos individuais das partes
envolvidas. Um ponto que chama atenção é que a acareação não foi solicitada
pela PF, mas determinada diretamente por Toffoli.
Fontes ligadas à investigação relatam preocupação
com as testemunhas, que poderiam ficar intimidadas com essa situação,
especialmente funcionários do Banco Central, que foram responsáveis por
denunciar as supostas fraudes.
Investigadores temem que o procedimento,
especialmente por ter se tornado público apesar do sigilo do caso, possa
desestimular outros funcionários do Banco Central a colaborarem com as autoridades.
Segundo a apuração de Bergamasco, a PF possui mais
de 4 mil páginas de documentos enviados pelo Banco Central detalhando as
supostas irregularidades relacionadas ao Banco Master. Investigadores que estão
analisando o material consideram que a documentação é robusta e contém
evidências significativas sobre o caso.
CNN Brasil

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