O clima de dor e revolta marcou o depoimento de um
pai que perdeu a filha, Maria Beatriz, durante uma cavalgada realizada em São
José de Mipibu, na Grande Natal. Em entrevista, ele afirmou que busca respostas
sobre as circunstâncias da morte da adolescente e criticou a falta de
informações claras sobre o caso.
De acordo com o relato, testemunhas apontam que a
jovem teria caído de uma carrocinha e sido atropelada. Já familiares próximos
apresentaram outra versão, de que a adolescente teria tentado ajudar uma amiga
antes de cair. O pai questiona as divergências e cobra esclarecimentos:
“Ninguém me diz nada. Eu quero justiça. Não vou conseguir descansar enquanto
não souber a verdade”.
Outro ponto levantado foi a forma como o caso foi
conduzido. Ele alega que o evento não foi interrompido após o acidente e que o
corpo da filha foi retirado do local por pessoas ligadas à organização, sem a
presença imediata da perícia. “Era para o ITEP ter feito o trabalho ali mesmo.
Por que pegaram minha filha e levaram direto para a UPA já sem vida? O que
queriam esconder?”, questionou.
Emocionado, o pai descreveu Maria Beatriz como uma
jovem alegre, estudiosa e querida por todos. Ele disse que acompanhou todos os
trâmites no ITEP e esteve no velório desde as primeiras horas, reforçando seu
compromisso em buscar a verdade.
A Polícia Civil deve investigar as circunstâncias da
morte e apurar a responsabilidade dos organizadores da cavalgada. O pai garante
que continuará cobrando explicações.
Nenhum comentário:
Postar um comentário