O depoimento de Antônio Antunes, o "Careca do
INSS", na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) teve um pano de
fundo que foi muito além das respostas dadas pelo empresário. Reportagens e
conversas nos bastidores do Congresso sugerem que sua presença voluntária na
CPMI foi resultado de um acordo com a presidência da comissão, o senador Carlos
Viana. Contudo, o senador Styvenson Valentim (PSDB), no entanto, expôs a
situação:
A negociação, de acordo com o que circula, teria
sido feita para evitar a convocação de sua esposa, Tânia Carvalho dos Santos, e
de seu filho, Romeu Carvalho dos Santos. Ambos são apontados como participantes
do esquema criminoso que desviou bilhões de reais do INSS, segundo
investigações. A própria revista Veja, em suas publicações, chegou a
classificar a família como o núcleo de comando da quadrilha liderada por
Antônio Antunes.
Apesar da convocação da esposa e do filho já ter
sido aprovada pelo Senado, a presença deles não se concretizou. Questionado
pelo senador Stevenson Valentin sobre a confiança na família, Antônio Antunes
negou a existência de qualquer acordo. O empresário, no entanto, confirmou que
não considera necessário o depoimento da esposa, afirmando que a convocação
seria um "ato de constrangimento", já que ela é uma professora
aposentada sem atuação empresarial.
O senador Stevenson Valentin, ciente dos rumores,
foi direto ao questionar se a presença voluntária de Careca na CPMI não seria
uma "troca" para blindar a esposa. Antunes respondeu que sua decisão
de comparecer foi simplesmente para ser ouvido pela comissão, já que já havia
sido convocado pela Polícia Federal.
Esse texto foi copiado do Blog do Gustavo Negreiros
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