segunda-feira, 8 de setembro de 2025

VÍDEO: Lula dividiu palco com presa por tráfico na Favela do Moinho, comunidade usada pelo PCC como ‘quartel-general’

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) dividiu palco com a mulher apontada como a principal responsável por comandar o tráfico de drogas do Primeiro Comando da Capital (PCC) na Favela do Moinho e as extorsões a moradores da comunidade, de acordo com o Ministério Público de São Paulo (MPSP). O PCC usava Favela do Moinho como ‘quartel-general’ no Centro de SP.

Alessandra Moja e Yasmin Moja são mãe e filha e foram alvos de mandado de prisão na Operação Sharpe, deflagrada na manhã desta segunda-feira (8/9). Os promotores do Gaeco afirmam que, após a prisão de Leonardo Moja, o Leo do Moinho, Alessandra, irmã dele, teria ficado responsável pelo abastecimento de entorpecentes na região da Cracolândia.

Em 26 de julho, Lula e seus ministros estiveram na comunidade para anunciar o lançamento de um pr0grama habitacional em parceria com o governo de São Paulo, com o objetivo de realocar os habitantes do bairro. Na ocasião, Alessandra e Yasmin Moja, representando a associação de moradores, foram convidadas a subir no palanque e cumprimentaram Lula.

“Esse dia vai ser histórico para a comunidade do Moinho, que em vez de a gente tomar tapa, bomba, tiro, a gente está recebendo o presidente da República na nossa casa”, afirma Flávia Silva, representando a Favela do Moinho, enquanto segura na mão de Lula.

“Eu sou eternamente grata à nossa equipe, Yasmin, Alessandra, Janine. Somos quatro mulheres de orgulho para o Moinho, porque nós lutamos até o fim, não abandonamos vocês. E, se possível, se o presidente Lula autorizar, a Yasmin, a Alessandra e a Je vem aqui para a gente apresentar rapidinho”, acrescenta Flávia, enquanto o presidente estende o braço na direção das mulheres.

Enquanto a plateia gritava “mulheres unidas jamais serão vencidas”, Lula cumprimentou Alessandra e Yasmin.

Assista:

 

Em seu pronunciamento, Lula comemorou o anúncio do programa habitacional e criticou a associação dos movimentos sociais ligados à Favela do Moinho ao crime organizado.

“A gente resolveu fazer reparação e Justiça com vocês. O que mais me incomodou foi quando a ministra Miriam Belchior junto com a Ester me procuraram para dizer que tinha matéria nos jornais de São Paulo dizendo que o governo federal estava protegendo gente do crime organizado. Porque, na cabeça de muita gente da elite brasileira, pobre e gente que mora em favela é sempre considerado bandido”, disse o presidente.

O programa habitacional anunciado pelo governo federal oferece às famílias um crédito de R$ 250 mil para a compra de novas casas, por meio do Minha Casa, Minha Vida e do Casa Paulista, do governo estadual. A expectativa é que 900 famílias sejam beneficiadas.

Aparelhamento

De acordo com as investigações do Ministério Público de São Paulo (MPSP), o PCC teria aparelhado os movimentos sociais ligados à Favela do Moinho, entre eles a Associação de Moradores, com o objetivo de proteger o local contra a atuação dos órgãos de segurança pública.

Além do tráfico de drogas, segundo os promotores, Alessandra Moja estaria envolvida em extorsões a habitantes da comunidade que firmaram acordo com o poder público para se mudar da região.

Com o esvaziamento do Moinho e a desapropriação dos imóveis, o PCC teria perdido uma de suas fontes de renda: a cobrança de aluguéis dos moradores da comunidade. Com isso, a facção teria passado a cobrar multas das pessoas que decidiam se mudar.

Metrópoles

 


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