Economistas alertam que o
Brasil corre o risco de enfrentar uma paralisação administrativa já em 2026,
caso não haja cortes de gastos para equilibrar as contas públicas. O
estrangulamento fiscal está no centro do debate e, segundo especialistas, o
governo terá pouco espaço de manobra diante do crescimento automático das
despesas obrigatórias.
De acordo com a
Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado, o problema é estrutural. As
contas estão pressionadas por indexações e vinculações, que tornam o orçamento
rígido, enquanto a receita não cresce no mesmo ritmo. O órgão projeta que a
dívida pública brasileira termine este ano em 76,6% do PIB, com tendência de
alta nos próximos anos.
“O problema é econômico,
mas as soluções são políticas”, apontam analistas. Caberá ao Congresso e ao
Palácio do Planalto, em diálogo com a sociedade, encontrar alternativas para
superar o que chamam de calcanhar de Aquiles da economia brasileira.
Apesar do diagnóstico ser
conhecido, economistas destacam que governo e Congresso seguem adotando medidas
que ampliam gastos, sem avançar em reformas estruturais capazes de tornar o
Estado mais eficiente e de preservar a saúde das contas públicas no longo
prazo.
A arrecadação federal vem
registrando recordes — em maio superou R$ 230 bilhões —, mas despesas
obrigatórias, como saúde e educação, crescem em paralelo ao aumento das
receitas, reforçando o desafio de contenção fiscal.
Nenhum comentário:
Postar um comentário