Presos na Penitenciária Estadual de Alcaçuz,
em Nísia
Floresta, na Grande Natal, já receberam cursos de eletricista,
encanador, pedreiro e costureiro. O mais recente é o de panificação, que reúne
21 internos em 160 horas de aulas sobre a produção de pães, biscoitos, massas e
pizzas.
A penitenciária tem ampliado a oferta de cursos
profissionalizantes como forma de capacitar os apenados para o retorno à
sociedade.
Para participar, é necessário ter boa conduta
carcerária e estar próximo da progressão para o regime semiaberto. Além da
qualificação, a atividade também possibilita a remissão de pena.
“Estamos voltando para a cela mais
relaxados e com mais esperança de mudar a nossa vida”, diz um dos presos.
O projeto integra a Rede Trabalho Decente no Sistema
Prisional, desenvolvida pelo Ministério Público do Trabalho, Senai e Secretaria
de Administração Penitenciária (Seap). A meta é qualificar mais de
1.300 internos no Rio Grande do Norte.
Segundo a professora do Senai, Bárbara Isabaux,
responsável pelas aulas, a iniciativa também representa transformação para quem
ensina.
“A gente traz uma esperança, uma possibilidade de
mudança na vida dessas pessoas e de suas famílias. Para nós, como
profissionais, é muito gratificante”, afirmou.
Atualmente, Alcaçuz abriga 1.803 detentos. Para a
direção do presídio, os cursos cumprem papel importante no processo de
reinserção social.
“Saindo daqui com uma profissão, eles
vão ter condições de, lá fora, traçarem sua trajetória sem estar
necessariamente tendo que se vincular ao crime", afirma o diretor João
Paulo Ribeiro de Souza.
Nos próximos meses, a penitenciária deve abrir novas
turmas nas áreas de confeitaria e produção de bolos regionais.
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