A gestão do presidente Luiz Inácio Lula da
Silva (PT) tem mais desaprovação do que aprovação entre os potiguares.
Pesquisa realizada pela Exatus entre os dias 18 e 21 de
setembro mostra que 47,2% dos eleitores do Rio Grande do Norte desaprovam o
governo, enquanto 43,4% afirmaram aprovar. Outros 9,5% não souberam responder.
O levantamento ouviu 2.029 pessoas em todas as regiões do estado e tem margem
de erro de 2,19 pontos percentuais, com nível de confiança de 95%.
Os números revelam um cenário de divisão no
eleitorado potiguar a pouco mais de um ano da eleição de 2026. Lula, eleito em
2022 para o terceiro mandato presidencial, mantém um percentual expressivo de
aprovação, mas enfrenta uma rejeição que já supera o apoio declarado. A
sondagem indica ainda que o comportamento dos eleitores varia bastante conforme
a região. Em Natal, apenas 31% disseram aprovar a gestão, contra 63% que
desaprovam. Já no Alto Oeste, o presidente encontra terreno mais favorável, com
63% de aprovação.
A pesquisa confirma uma tendência já observada em
levantamentos anteriores, em que Lula mantém popularidade maior nas regiões
interioranas e enfrenta maior resistência nos centros urbanos. Essa divisão
regional se reflete também no desempenho dos nomes ligados ao governo estadual,
que tentam se viabilizar para a disputa pelo Palácio dos Despachos em 2026.
Ao mesmo tempo em que mede a avaliação da gestão de
Lula, o levantamento também analisou o desempenho da governadora Fátima
Bezerra, que chega ao último ano de mandato com apenas 23,3% de aprovação e
66,6% de desaprovação. O desgaste da gestão estadual, associado ao equilíbrio
nacional de Lula, compõe um quadro em que a base governista encontra
dificuldades para projetar sucessores competitivos.
Os dados da Exatus fazem parte de uma série de
pesquisas que avaliam cenários para o governo do estado, o Senado e a
presidência da República em 2026. No caso de Lula, a fotografia atual mostra
que, embora ainda mantenha respaldo em segmentos importantes do eleitorado
potiguar, a desaprovação já se tornou maior do que a aprovação. Essa combinação
tende a influenciar diretamente o rumo das alianças políticas e o desempenho da
esquerda no Rio Grande do Norte nas próximas eleições.
Agora RN
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