O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública
(Sinte/RN) voltou a denunciar o descumprimento de um acordo firmado pelo
Governo do Estado ao fim da greve da educação, encerrada em março deste ano. A
categoria afirma que o Executivo estadual havia se comprometido a quitar, até o
dia 10 de julho, o valor restante do 13º salário de 2024, correspondente a 60%,
e o terço de férias dos professores contratados temporariamente. O pagamento,
no entanto, foi adiado para o dia 9 de agosto. A postergação gerou insatisfação
entre os profissionais e o Sinte/RN articula uma paralisação de 24 horas no dia
12, caso o novo prazo não seja cumprido.
De acordo com Eliene Bandeira, diretora de Assuntos
Jurídicos e Defesa do Trabalhador da Educação do Sinte/RN, o pagamento dos
direitos trabalhistas ficou condicionado à assinatura de aditivos contratuais
pelos servidores temporários, conforme foi definido no encerramento da greve da
categoria.
Apesar da confirmação do pagamento para o dia 9 de
agosto, o Sinte critica o que considera quebra de compromisso por parte do
Executivo estadual. Na avaliação do Sindicato, a postergação da quitação dos
valores acertados no fim da paralisação, ocorrida em março, representa
desrespeito com os educadores. “A gente ficou com um sentimento de
descumprimento do acordo inicial”, considera Eliene.
A Secretaria de Estado da Educação, da Cultura, do
Esporte e do Lazer (SEEC) confirmou à reportagem que o pagamento está
garantido, através das Secretarias da Administração (Sead) e da Fazenda
(Sefaz), para o dia 9 de agosto. Em vídeo gravado e encaminhado pela SEEC, o
secretário Pedro Lopes (Sead) afirma que o pagamento de 13º salário no dia 9
abrangerá tanto o exercício de 2024 quanto o de 2025.
“O Governo do Estado decidiu tanto aditivar todos os
contratos temporários vigentes, como também a governadora Fátima Bezerra,
editou um decreto orientando todos os órgãos do Governo, para que em editais
futuros de contratação temporária fosse previsto tanto o direito ao 13º
salário, como também as férias para esses trabalhadores”, esclarece Pedro
Lopes.
A expectativa do Sinte é que, com os novos contratos
temporários já contemplando os direitos garantidos por lei, não haja
reincidência de atrasos. “[A expectativa é que] no próximo ano, a gente não
tenha mais nenhum problema, porque os contratos novos já vêm com a
previsibilidade desses pagamentos”, explica Eliene Bandeira.
Uma nova assembleia foi convocada para esta semana,
e uma paralisação de 24 horas está mantida para o dia 12 de agosto, em caso de
novo atraso.
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