A Consultoria de Orçamento e Fiscalização Financeira
Núcleo de Economia e Assuntos Fiscais (Conof), ligada à Câmara dos Deputados,
estima um déficit de R$ 31,7 bilhões para o governo em fevereiro de 2025. Para
chegar a esse resultado, o setor considerou, no mês, receitas de R$ 142,3
bilhões, contra despesas R$ 174 bilhões.
Apesar disso, a Conof diz que houve aumento das
receitas totais e redução de despesas em relação a fevereiro de 2024. Em um
ano, as entradas de recursos financeiros cresceram 1,3%. O valor foi de R$ 199
bilhões para R$ 201,5 bilhões.
Governo aumenta arrecadação de impostos
A arrecadação com impostos e contribuições sociais
aumentou 1,2% em um ano (de R$ 126,4 bilhões para R$ 127,9 bilhões). A receita
da previdência, por sua vez, saltou 6,5% (de R$ 50,3 bilhões para R$ 53,6
bilhões).
As entradas que não estão sob a administração da
Receita Federal caíram 10,3%. Neste caso, recuaram de R$ 22,2 bilhões para R$
20 bilhões entre os meses de fevereiro de 2024 e de 2025. A despesa total caiu
13% no intervalo de um ano. O gasto passou de R$ 200,6 bilhões, em fevereiro de
2024, para R$ 174 bilhões, no mesmo mês de 2025.
“Tal diferença se explica principalmente pelo
pagamento de R$ 31 bilhões (atualizados) em precatórios registrado em fevereiro
de 2024, fato que não se repetiu no ano corrente”, diz o documento, sob a
responsabilidade dos consultores Dayson Pereira de Almeida e Márcia Rodrigues
Moura.
Conforme a análise da consultoria, em reportagem no
site Poder360, se não fosse principalmente o pagamento de precatórios em 2024,
o gasto teria crescido 1,8%, em vez de diminuir. Além disso, a equipe
considerou que a despesa seria “potencialmente” maior caso o Orçamento de 2025
já tivesse sido aprovado.
Gastos devem aumentar com propostas do governo
O projeto de lei orçamentária anual (Ploa) de 2025
segue sem andamento no Congresso Nacional. O governo espera que o texto receba
aprovação ainda em março, mas viagens dos presidentes da Câmara, Hugo Motta
(Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), podem adiar
a votação definitiva para abril.
A consultoria antecipou que, de qualquer modo, o
gasto seria maior se o Orçamento já tivesse sido aprovado. Isso porque,
conforme a Conof, o governo teria feito o pagamento dos reajustes salariais e
retomado o cronograma regular de execução de despesas discricionárias. Essas
despesas consistem em gastos do governo cuja execução não é obrigatória por
lei.
Revista Oeste
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