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terça-feira, 18 de março de 2025

Com expectativa de alta dos juros, reunião do Copom começa hoje

 


Começa nesta terça-feira, 18, a segunda reunião do ano do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. Ao fim da reunião, na quarta-feira, 19, o comitê vai decidir o novo patamar da taxa de juros, atualmente em 13,25%. A taxa Selic será anunciada no fim do dia e a expectativa é de um aumento de 1 ponto percentual, elevando os juros a 14,25% ao ano.

Na primeira reunião do ano, encerrada em 29 de janeiro, o Copom aumentou a taxa Selic de 12,25% para 13,25% ao ano, na quarta alta consecutiva dos juros. O ciclo de aperto monetário começou em setembro do ano passado.  A decisão de 29 de janeiro foi unânime confirmando um esforço da autoridade monetária para conter a pressão da inflação e a desancoragem das expectativas.  No comunicado da última reunião, o colegiado indicou que, diante do cenário difícil para controlar a inflação, deve fazer mais um ajuste de 1 ponto percentual na reunião desta semana.

 O Comitê  deixou ainda a porta aberta para mais uma alta de juros,  indicando que não há um limite fixo para o aperto monetário.  “A magnitude total do ciclo de aperto monetário será ditada pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta e dependerá da evolução da dinâmica da inflação, em especial dos componentes mais sensíveis à atividade econômica e à política monetária, das projeções de inflação, das expectativas de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos”, diz o comunicado. 

Os analistas de marcado esperam que a taxa de juros encerre 2025, em 15% ao ano. Nesta segunda-feira, economistas e analistas de mercado diminuíram a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a referência para a inflação do país. De acordo com o Boletim Focus, o mercado prevê que a inflação encerre 2025 em 5,66%. A estimativa, apesar de um leve recuo de 0,02 ponto percentual, continua inda acima da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 3%. A projeção indica que a inflação no Brasil feche o ano acima da margem de tolerância da meta que é de 4,5%. Para 2026, a estimativa do mercado é de inflação anual de 4,48%, aumento em relação à semana passada quando a projeção estava em 4,40%. Para 2027, a estimativa ficou estável em 4% ao ano para o IPCA.

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