O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu,
nesta quarta-feira (19/3), aumentar a taxa básica de juros do país (Selic) de
13,25% ao ano para 14,25% ao ano. Este é o maior valor da taxa em quase 10
anos.
A votação foi unânime, tendo votado pela elevação
todos os nove membros do comitê: Gabriel Muricca Galípolo (presidente), Ailton
de Aquino Santos, Diogo Abry Guillen, Gilneu Francisco Astolfi Vivan, Izabela
Moreira Correa, Nilton José Schneider David, Paulo Picchetti, Renato Dias de
Brito Gomes e Rodrigo Alves Teixeira.
A votação foi unânime, tendo votado pela elevação
todos os nove membros do comitê: Gabriel Muricca Galípolo (presidente), Ailton
de Aquino Santos, Diogo Abry Guillen, Gilneu Francisco Astolfi Vivan, Izabela
Moreira Correa, Nilton José Schneider David, Paulo Picchetti, Renato Dias de
Brito Gomes e Rodrigo Alves Teixeira.
Com a decisão, a Selic volta ao patamar de julho de 2015,
época da crise no governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). A nova taxa de
juros, de 14,25% ao ano, ficará vigente pelos próximos 45 dias.
A elevação de 1 ponto percentual está dentro do
valor contratado pela própria autoridade monetária na última reunião do comitê,
realizada em janeiro. Além disso, é a quinta subida consecutiva da Selic
(setembro, novembro, dezembro, janeiro e fevereiro).
O ciclo de aperto monetário (isto é, o aumento dos
juros) começou em setembro de 2024, quando o Copom decidiu interromper o ciclo
de cortes e elevar em 0,25 ponto percentual a taxa, que passou dos então 10,50%
ao ano para 10,75% ao ano.
Entenda a situação dos juros no Brasil
A taxa Selic é o principal instrumento de
controle da inflação.
Ao aumentar os juros, a consequência esperada é
a redução do consumo e dos investimentos no país.
Dessa forma, o crédito fica mais caro e a
atividade econômica tende a desaquecer, provocando queda de preços para
consumidores e produtores. A inflação dos alimentos tem sido a pedra no sapato
do presidente Lula (PT).
São esperadas novas altas nos juros ainda no
primeiro trimestre, com taxa Selic próxima a 15% ao ano.
Projeções mais recentes mostram que o mercado
desacredita em um cenário em que a taxa de juros volte a ficar abaixo de dois
dígitos durante o governo Lula (PT) e do mandato de Galípolo à frente do BC.
A próxima reunião do Copom está prevista
para os dias 6 e 7 de maio.
“Diante da continuidade do cenário adverso para a
convergência da inflação, da elevada incerteza e das defasagens inerentes ao
ciclo de aperto monetário em curso, o Comitê antevê, em se confirmando o
cenário esperado, um ajuste de menor magnitude na próxima reunião”, disse o
comunicado do Copom.
METRÓPOLES
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