O Sindicato dos Policiais Civis do Rio Grande do
Norte (SINPOL-RN) e outras entidades de classe que representam os servidores da
segurança pública e saúde no Estado se reuniram nesta segunda-feira (27) com o
Governo do Estado para discutir a recomposição salarial acordada, mas saíram do
encontro frustrados. O governo informou que não conseguirá cumprir o calendário
de reajustes e o pagamento dos retroativos conforme o combinado.
Segundo o SINPOL-RN, o Governo do Estado alegou,
durante a reunião, que não possui recursos para pagar os servidores neste
início de ano. Por isso, a recomposição salarial, que deveria ser implementada
já em janeiro de 2025, não será paga. O acordo inicial, que previa um reajuste
de 4,68%, será incorporado à folha de pagamento somente em abril, com o crédito
na conta dos servidores previsto para 10 de maio. Já os retroativos dos meses
de janeiro, fevereiro e março, que totalizam uma dívida de aproximadamente R$
58 milhões, ainda serão negociados, mas apenas a partir de junho deste ano.
A proposta do governo foi recebida com indignação
pelas entidades de classe, que acusam a administração da governadora Fátima
Bezerra de desrespeitar tanto o acordo firmado com os servidores quanto as leis
aprovadas pela Assembleia Legislativa, que garantem o reajuste. O Sindsaúde/RN,
representando os trabalhadores da saúde, criticou a gestão estadual por ter
enganado os servidores durante as negociações.
Em resposta à atitude do governo, os sindicatos de
diversas categorias da segurança pública e saúde, convocaram uma reunião de
urgência para esta terça-feira (28) a fim de decidir os próximos passos da
mobilização. Na manhã de quarta-feira (29), às 9h, uma Assembleia Geral será
realizada no CEMURE, na Avenida Coronel Estevam, em Natal, para discutir as ações
que serão tomadas em protesto contra o descumprimento do acordo. A participação
de todos os trabalhadores é essencial, de acordo com os sindicatos, para
definir a estratégia de enfrentamento ao que consideram uma atitude
irresponsável e desrespeitosa por parte do Governo do Estado.
Com informações Simpol e Sindsaúde*
Blog do BG
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