O empresário Antônio Vinicius Lopes Gritzbach foi
assassinado com 10 tiros, segundo a Polícia Civil. Foram 29 disparos de
diversos calibres contra Gritzbach que foi atingido por quatro tiros no
braço direito, dois no rosto, um nas costas, um na perna esquerda, um no tórax
e um no flanco direito.
Antônio Vinícius era delator de esquemas de lavagem
de dinheiro do PCC e foi assassinado enquanto deixava o desembarque
do Terminal 2 do aeroporto internacional de Guarulhos. O crime ocorreu por
volta das 16h de sexta-feira, 8. Outras três pessoas ficaram feridas – dois
motoristas de aplicativo e uma mulher que estava na calçada – sendo socorridos
em estado grave.
O empresário foi atendido pelo Corpo de Bombeiros,
mas não resistiu. O filho dele e a namorada de Gritzbach, Maria Lúcia Helena
Antunes, testemunharam o crime. Maria Lúcia Helena Antunes, segundo a Polícia
Civil, voltava de viagem a Maceió (AL) com o empresário e o motorista dele,
Danilo Lima Silva.
O carro usado no tiroteio foi encontrado abandonado
em uma comunidade próxima, em Guarulhos. Os quatro policiais militares de
São Paulo que faziam escolta particular para o empresário são considerados
suspeitos. Eles foram identificados e afastados das suas atividades. Eles
também tiveram celulares apreendidos.
Os PMs Leandro Ortiz, Adolfo Oliveira Chagas,
Jefferson Silva Marques de Sousa e Romarks César Ferreira de Lima já prestaram
depoimento no Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), à
frente da investigação, e também na Corregedoria da Polícia Militar.
Nenhum deles estava com o empresário na hora em que
ele foi morto. De acordo com depoimentos, um dos carros que iriam buscar o
empresário e sua namorada teve problema na ignição. O outro veículo, ainda
segundo os policiais, estava com quatro pessoas e teve de fazer meia volta para
deixar um dos ocupantes em um posto de combustível. A polícia desconfiou da
conduta dos seguranças.
Delator do PCC, o empresário recebeu a oferta de
segurança do Ministério Público de São Paulo, mas ele sempre recusou
a proteção. O empresário, investidor de bitcoins e criptomoedas, era réu
por lavagem de dinheiro de mais de 30 milhões de reais do tráfico e estaria
delatando ao MP os esquemas de lavagem do PCC, em grande parte com a compra e
venda de imóveis e de postos de gasolina. Ele ainda réu pelo assassinato de
dois integrantes da facção criminosa, em 2021 e também havia delatado esquemas
de extorsão da Polícia Civil.
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