A Secretaria de Estado da
Saúde Pública (Sesap) confirmou, nesta quarta-feira (11), a primeira ocorrência
de febre do oropouche no Rio Grande do Norte. O caso ocorreu no fim de agosto,
sendo uma mulher idosa, moradora do município de Parnamirim. O caso não evoluiu
para um quadro grave, tendo sido atendido em uma unidade hospitalar privada da
capital do estado, sem necessidade de internação.
A Sesap destaca para a
população que a ocorrência do primeiro caso não aponta para uma situação de
alarme do estado. “O momento é importante principalmente para os serviços de
saúde ficarem vigilantes e sensíveis à identificação de casos. A partir desse
primeiro caso, já acionamos a secretaria municipal de saúde, que segue em campo
e atenta à região onde ocorreu a confirmação. Até agora não há indicativos de
novos casos relacionados a esses”, explicou Diana Rego, coordenadora de
vigilância em saúde da Sesap.
Até este dia 11, foram
notificados 17 casos suspeitos para febre do oropouche, dos quais nove
permanecem em investigação. O Laboratório Central do RN já rodou mais de mil
amostras de testes relacionados à doença. A Sesap seguirá mantendo a vigilância
de todos os casos suspeitos, tendo já orientado aos serviços de saúde de todo o
estado uma maior atenção, em especial com gestantes e idosos.
Sobre oropouche
A febre do oropouche é uma
doença causada por um arbovírus, semelhante a casos de dengue, zika e
chikungunya. Reconhecida no Brasil desde a década de 1960, só a partir de 2024
que passou a disseminar-se pelo país.
A transmissão é feita pelo
inseto conhecido popularmente maruim. Por isso, a orientação para prevenção é
que evite-se contato com áreas de ocorrência do mosquito, como manguezais e
bananais, bem como mantenha-se os terrenos limpos de matéria orgânica, como
folhas, frutos e áreas de criação de animais. Caso tenha que passar por regiões
assim, a pessoa deve usar roupas que cubram a maior parte do corpo e aplicar
repelente nas áreas expostas da pele, além de aplicar telas de malha fina em
portas e janelas.
Os sintomas da oropouche
são muito semelhantes aos da dengue e demais arboviroses, como dor de cabeça e
muscular, náusea e diarreia. Por isso, é importante que profissionais da saúde
estejam atentos, especialmente para a requisição dos exames capazes de detectar
a doença. Tal qual a dengue, não existe tratamento específico, devendo-se
manter o repouso, com tratamento dos sintomas e, se necessário, acompanhamento
médico.
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