De acordo com o
Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer ainda é a doença que mais mata crianças e
adolescentes no Brasil e a segunda causa de óbito neste grupo etário. De 2023 a
2025, estima-se que sejam diagnosticados 7.930 casos por ano, sendo 4.230 casos
novos no sexo masculino e 3.700 no sexo feminino. No Rio Grande do Norte, o
número é de 130 casos novos por ano, sendo 70 em meninos e 60 em meninas.
O linfoma é um tipo de
câncer que afeta os linfócitos, células responsáveis por proteger contra
infecções e doenças, contaminando o sistema linfático. Embora possa ocorrer em
qualquer faixa etária, é mais comum entre adolescentes e adultos jovens.
O AGORA RN conversou com a
superintendente da Casa Durval Paiva, Ana Járvis, para entender mais sobre a
doença.
Ana Járvis explica que
a principal característica do linfoma é o desenvolvimento de linfonodos,
conhecidos por ínguas ou landras, que se localizam na axila, virilha e pescoço,
formando caroços. Febre, suor noturno, cansaço excessivo e perda de peso sem
causa aparente são os sintomas mais comuns. Os principais tipos de linfoma são
Hodgkin e não Hodgkin, ambos podendo afetar tanto adultos quanto crianças.
Câncer infantil não é
identificado de forma fácil
Ela ressalta que o
câncer infantil não é facilmente identificado. “Ainda não existe um exame
complementar específico para o diagnóstico do câncer infantil. Assim, os pais,
professores, médicos, dentistas, entre outros profissionais que atendem
crianças, devem estar atentos aos sinais de alerta. As chances de cura são de
até 80% se for diagnosticado precocemente”, afirmou.
Ana explica que o
diagnóstico precoce é crucial, pois o câncer infantojuvenil tem sintomas
silenciosos que muitas vezes se confundem com sinais de outras doenças comuns
na infância. Por ser uma doença tempo-dependente, ou seja, quanto mais precoce
for identificado e tratado, maior a chance de recuperação completa, visto que
não há formas de prevenção.
No que diz respeito aos
procedimentos e exames para diagnosticar o linfoma em crianças e adolescentes,
a detecção ocorre por meio de exames clínicos, laboratoriais ou radiológicos em
pessoas com sinais e sintomas sugestivos da doença. Ana ressalta a importância
da conscientização para salvar vidas, pois a observação atenta pode fazer toda
a diferença.
A Casa Durval Paiva
realiza ações e projetos para melhorar a qualidade de vida de crianças e
adolescentes em tratamento contra o câncer e doenças hematológicas crônicas,
além de apoiar suas famílias. Para promover o diagnóstico precoce, a
instituição realiza a “Campanha do Diagnóstico Precoce do Câncer
Infantojuvenil” ao longo do ano, oferecendo informações sobre os principais
sinais de alerta da doença.
Segundo Ana Járvis, a
instituição faz um trabalho contínuo de divulgação, capacitando profissionais
de saúde e estudantes da área, além de promover lives, sensibilização e
divulgação nas redes sociais. Em 2023, mais de 1.500 profissionais da atenção
básica da saúde e estudantes foram capacitados para contribuir com o
diagnóstico precoce do câncer infantojuvenil e salvar vidas.
Agora RN
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