Tribuna do Norte
Com as altas temperaturas características do verão,
a busca por maneiras de se refrescar se torna uma prioridade para os moradores
da capital potiguar. Neste período, o setor de água mineral se destaca,
conforme apontado pelo Sindicato das Indústrias de Cervejas, Refrigerantes,
Águas Minerais e Bebidas em Geral do Rio Grande do Norte (Sicramirn). De acordo
com dados da instituição, a indústria de águas minerais registra um aumento de
até 18% nas vendas nos meses de dezembro e janeiro, na alta estação, em
comparação com outros meses do ano.
Esse crescimento é atribuído principalmente às
condições climáticas, que elevam a demanda por produtos que auxiliam na
hidratação. A previsão, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet),
em 2024, é de que as temperaturas permanecerão acima da média histórica em
todas as regiões do País. No Rio Grande do Norte, é esperado um clima quente e
úmido, um pouco acima do normal, com temperaturas na faixa dos 32 ºC, o que
exige atenção do ponto de vista da ingestão de líquidos.
O vendedor de águas Alan Kardec, que tem uma
distribuidora no bairro de Cidade Alta, na zona Leste de Natal, diz que o
aumento da temperatura influencia no crescimento das vendas no período. “Todo
ano, no verão, o consumo aumenta, e as vendas acompanham esse aumento. É uma
coisa considerado normal, de praxe, já sabemos que isso vai ocorrer todos os
anos. Assim como nos meses de inverno, o consumo também diminui e as vendas
acompanham esse movimento”, avalia.
Diante de tanto calor, a necessidade por ingestão de
líquido é constante e é preciso estar alerta. O natalense Arthur Flor, de 19
anos, diz que está mais atento para se hidratar, diate da rotina de vendedor
numa loja de assessórios para celular. “A gente acaba se esquecendo na
correria, mas não pode, tem que ficar atento. Tem hora que a gente sente a boca
seca, o abafado, o calor grande e é preciso estar sempre com uma garrafinha na
mão, tomando para não se esquecer”, conta.
Mesmo com o aumento das vendas neste período, o
segmento é bastante volátil e varia conforme a região ou bairro, segundo o
consultor executivo do Sicramirn, Daniel Penteado Lana. “Quando a gente se
refere a esse aumento, tem que se levar em consideração que o maior consumo é
de água de 20 litros, então na indústria a gente observa esse crescimento,
levando em consideração que parte desse aumento acontece nas residências,
locais de trabalho, nas praias ocorre também, mas por bairro oscila demais,
devido às populações fixas e flutuantes”.
Em alguns bairros, por exemplo, é comum que as vendas
fiquem em um patamar estável para baixo. “Isso acontece por causa dos
veraneios, o pessoal vai para as praias”, diz o vendedor Eudes Azevedo, que tem
uma distribuidora em Petrópolis. “Como o pessoal aqui tem um poder aquisitivo
maior, a gente acaba percebendo que as vendas só voltam a ficar boas após o
Carnaval. Esse período de janeiro é conhecido por ser de baixa”, diz.
Água de coco também tem venda aquecida
Além das tradicionais opções de água mineral, a água
de coco pode ser outra opção interessante para se manter hidratado no calorão
da alta estação. Em Ponta Negra, comerciantes se beneficiam das altas
temperaturas para impulsionar as vendas no verão. Cauan Barros, que trabalha
vendendo cocos na Roberto Freire e no Alecrim, afirma que os potiguares estão
buscando se hidratar mais, mas sente falta do movimento de turistas.
“O pessoal está mais atento, nessa época é muito
importante mesmo se hidratar, tomar água, tomar uma água de coco, mas eu sinto
falta do turista. Quem está vindo comprar aqui é mais o pessoal daqui, em
outros anos isso aqui estava cheio de turistas. Digo isso porque como eu também
trabalho no Alecrim, lá as vendas não param”, aponta. Edmilson Medeiros, que
trabalha vendendo coco há 20 anos, diz que a alta estação é um dos melhores
períodos do ano. “Está bom, nessa época sempre o movimento é bom, no verão as
pessoas bebem mais água”, destaca.

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