terça-feira, 23 de janeiro de 2024

Ponte de Igapó: “Não está nem na metade. Pode colocar 2025 ou 2026 para terminar”, dizem moradores sobre obra

 


Motoristas que trafegam pela Zona Norte de Natal têm reclamado de intervenções no trânsito realizadas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).

Parcialmente interditada para obras, a Ponte de Igapó é o principal gargalo. A mais recente restrição começou no dia dia 8 de janeiro no sentido Zona Norte/Centro e tem impactado a vida de moradores e motoristas que precisam atravessar a ponte.

A determinação do órgão é que apenas veículos do transporte público possam circular no local das 6h às 8h de segunda a sexta-feira, até a conclusão das obras de restauração da via. Enquanto as atividades da obra seguem, moradores da zona Norte reclamam da obra e da recente proibição de circulação, que gera um impacto significativo.

“Eles só trabalham de manhã até a tarde, das oito até às quatro, de segunda a sexta-feira. E agora com essa proibição, os pais de famílias que dependem desta via já sofrem sem a interdição, e com ela, tem prejudicado ainda mais a rotina”, desabafou um morador ao AGORA RN.

Um comerciante que preferiu não se identificar disse que muitas pessoas, ao tentar atravessar a ponte, já ficam aguardando por volta das 7h para conseguir otimizar o tempo, mas ainda se deparam com uma espera considerável, resultando em atrasos. O aviso de interdições ocorre com prazo curtíssimo, com pouco tempo para se preparar, conforme o comerciante.

“Além disso, há uma multa de quase R$ 300 e sete pontos na carteira para quem desrespeitar a restrição. Mesmo com o bloqueio da passagem, algumas pessoas desafiam as restrições”, relatou.

Existem medidas de fiscalização por meio de câmeras instaladas no centro da ponte pelo próprio DNIT.
Os trabalhadores atuam apenas durante a semana, causando irritação entre os usuários. A sugestão de trabalhar nos finais de semana e à noite é levantada como uma possível solução, por moradores das imediações da obra. Isso poderia otimizar a eficiência, considerando especialmente a alternância de turnos.

Para os residentes, que têm observado o trabalho em detalhes, a obra é lenta. “Não está nem na metade, pode colocar 2025 ou 2026 para terminar. Ainda vem mergulhadores para avaliar a situação subaquática dos pilares inferiores, aí é que vai demorar mesmo”, explicou um dos moradores.

Procurado pela reportagem, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes não respondeu, até o fechamento desta matéria, aos questionamentos sobre os avisos em relação às interdições serem realizadas a curto prazo e, também, as razões para os trabalhos serem feitos apenas na semana e em horário comercial.

OUTRAS INTERDIÇÕES

Em março de 2023, a Ponte de Igapó foi alvo de uma explosão durante uma série de ataques criminosos que assolaram diversas cidades do Rio Grande do Norte. Na época, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea) recomendou a interdição da via para o tráfego de veículos, porém, o DNIT assegurou que não havia riscos e que a restauração já era necessária antes da explosão.

Nesse período, a ponte já se encontrava interditada devido às obras em andamento na Avenida Felizardo Moura. Em junho do ano passado, o DNIT emitiu um comunicado oficial indicando que ambos os lados da Ponte de Igapó seriam liberados para o trânsito assim que a prefeitura concluísse as obras na Avenida Felizardo Moura. Contudo, em setembro, o órgão informou que a Ponte de Igapó seria parcialmente interditada por um período de 12 meses, dando início aos trabalhos de reabilitação das pontes.

 

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