Sonar – A Escuta das Redes
O ex-deputado federal Jean Wyllys afirmou, nesta
sexta-feira, que não pretende ocupar nenhum cargo no governo federal. Em um
duro desabafo em seu perfil no X (antigo Twitter), ele teceu críticas ao
ministro Paulo Pimenta (PT), titular da Secretaria de Comunicação Social
(Secom) da Presidência da República — pasta na qual, em junho, o Planalto
chegou a anunciar que ex-parlamentar exerceria uma função.
Na ocasião, Wyllys acabara de retornar ao Brasil
após um período de autoexílio na Europa. O convite para o ingresso no governo
partiu da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, que comemorou a volta do
amigo ao país: “Olha ele aqui outra vez. Dia de dar um abraço apertado no nosso
Jean Wyllys e dizer pessoalmente como é bom tê-lo de volta. O Brasil é seu!”,
escreveu Janja.
As tratativas, no entanto, não avançaram, sobretudo
após trocas de farpas públicas entre o ex-deputado e o governador do Rio Grande
do Sul, Eduardo Leite (RS) — que está processando Jean por homofobia. Nos
bastidores, o veto à contratação é creditado a Paulo Pimenta.
Nesta sexta-feira, o ex-parlamentar se manifestou em
resposta a um comentário de um seguidor, que sugeriu um movimento para derrubar
o ministro e colocá-lo no lugar. “Vão até começar com a ideia que precisamos
ter um homem gay no ministério. O cenário está montado. Estou com o Pimenta”,
especulava o internauta.
“Meu amor, a última coisa que eu quero nesta vida é
integrar este governo. Com todo respeito e amor que tenho ao Lula, que me
convidou para integrá-lo, eu repito: A ÚLTIMA COISA QUE EU QUERO NESTA VIDA É
FAZER PARTE DESTE GOVERNO”, assegura Jean na réplica ao seguidor. “Quando
cogitei fazer parte foi por convite de Lula e Janja e por ainda não saber a
verdade dos fatos. Mas depois de saber, o convite não prosperou sobretudo
porque eu NÃO SOU O TIPO QUE SE VENDE NEM SE CALA DIANTE DE DESCALABROS”,
prossegue o post.
Em seguida, Jean diz que “Pimenta et caterva”
(expressão em latim informalmente traduzível como “e comparsas”) “podem fazer
bom uso de seus governo e cargos”. E arremata: “Enfie-os onde quiserem. E me
deixem em paz de uma vez por todas!”
O ex-parlamentar frisa, ao fim do desabafo, que
mantém seu apoio ao governo Lula, ao menos por ora. “Eu sigo com Lula até o
momento em que suas atitudes não contrariem meus princípios. Até agora isto não
aconteceu, logo, sigo com ele. Mas estar em seu governo não me interessa mais
de forma nenhuma! De forma nenhuma, entendeu? Esqueçam-me”, conclui a mensagem.


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