Tribuna do Norte
Um projeto de implementação da alameda
"Francisco Derneval de Sá", conhecida como a via fechada para
trânsito na lateral do camelódromo no bairro do Alecrim, será entregue a
Prefeitura do Natal nos próximos dias. De acordo com o presidente da Associação
dos Empresários do Bairro do Alecrim (Aeba), Matheus Feitosa, a alameda, a ser
estabelecida ao lado do camelódromo, tem como objetivo a renovação e
modernização do espaço, para atrair novos consumidores e deixar o local
visualmente belo.
Segundo o presidente da associação e apoiador da
ideia, o projeto foi doado a Aeba pela arquiteta Danielle Sá, e esta doará a
Prefeitura. Feitosa explicou que o projeto engloba várias melhorias no local,
que passam pela revitalização do calçadão em frente aos estabelecimentos e a
instalação de pórticos, com o nome da alameda nos acessos pelas avenidas
Coronel Estevam e Amaro Barreto.
Além disso, o projeto prevê a revitalização do
asfalto presente na rua, para um melhor fluxo de pedestres, maior
acessibilidade para pessoas com deficiência e um trajeto limpo para veículos à
noite. A alameda seria constituída com essas modificações. “Essas
mudanças chamarão a atenção dos clientes, que virão e também irão visitar as
lojas. Às vezes, muitos evitam de passar por aquele local porque fica difícil
de andar, de transitar”, afirmou.
A implementação da alameda pode ajudar a dar um nova
visão para o trecho comercial. Para Feitosa, os benefícios são destinados a
lojistas, permissionários (pessoas que trabalham nos boxes do camelódromo) e
aos consumidores, já que, segundo ele, haverá maior beleza e acessibilidade
para as pessoas se locomoverem. “Os permissionários irão receber um espaço
renovado e, paisagisticamente falando, o Alecrim merece uma melhor qualidade
daquele ambiente no entorno das lojas e estabelecimentos que estão por ali”,
disse.
O fator turístico da alameda é outro aspecto
benéfico, na visão do presidente da Aeba, inerente à obra. Ele relatou que
turistas e visitantes podem ter interesse no local, para conhecê-lo e
fotografá-lo. “Além de estarmos divulgando o nome do Alecrim, também vamos
oferecer um espaço muito mais organizado e qualificado”, diz.
Para que o objetivo da modernização no local seja
completamente cumprido, o presidente da Aeba reforçou a necessidade da reforma
do camelódromo. A ampliação do equipamento foi tema de uma audiência pública na
Câmara Municipal em abril. Feitosa afirmou que a ideia é que o camelódromo
atual, na avenida presidente Bandeira, seja estendido na reforma para as
proximidades do 5º Ofício de Notas, na mesma via.
Procurada pela Tribuna do Norte para falar sobre a
viabilidade do projeto, a Secretaria Municipal de Serviços Urbanos de Natal
(Semsur) se pronunciou sobre o assunto. Em nota, a pasta reiterou que possui
projetos para revitalizar a Avenida 2 (onde fica o trecho visado para a
alameda), e também para reformar o camelódromo do bairro. Em breve, a pasta
deve dar início às conversas com os permissionários para a realização das ações
sem prejudicar os comerciantes. Ainda segundo a pasta, o trabalho
será feito de maneira integrada entre secretarias. Para isso, o Município está
fazendo um estudo para o remanejamento de comerciantes para prédios públicos da
região. No entanto, isso ocorrerá a médio e longo prazo.
Opiniões
Para lojistas, nas proximidades do camelódromo, e
permissionários do camelódromo, a novidade pode impulsionar as vendas e
melhorar a infraestrutura local. Vendedora de roupas em um dos boxes do
camelódromo, Wilmar Souza acredita que a implementação da alameda pode ajudar a
melhorar o percurso dos consumidores pelo trecho do bairro, e assim, aumentar
as vendas.
“A movimentação das pessoas com deficiência
ficaria bem mais viável. A quantidade de clientes aumentaria em todas as
lojas”, disse,
Para a vendedora de óculos Carla Carvalho, o projeto
pode ser benéfico, principalmente, pela mobilidade. Ela relatou que, com a
atual situação das calçadas e asfalto, fica difícil para que consumidores
cheguem ao camelódromo. “Eles só vem mesmo pra cá quando estão procurando algo
específico. Sempre é assim. Para a gente que trabalha no camelô, seria bom”,
relatou.
Supervisora na loja “Top Bijoux”, Heloísa Raiana
relatou outras dificuldades com a atual estrutura local. Ela conta que,
principalmente em dias de chuva, o piso se torna escorregadio e causa a queda
de alguns clientes. “Às vezes, eles ficam escorregando quando estão andando.
Seria bem melhor com essa alameda”, relatou.

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