Um adolescente e um jovem morreram após
sofrerem uma tentativa de assalto na noite de sexta-feira (24) no
bairro Soledade 2, no bairro Potengi, na Zona Norte de Natal.
As vítimas foram identificadas como Cauã
Nonato Batista Gomes, de 17 anos, e Afonso José de Lima Costa,
de 27.
O crime aconteceu na Rua Serra do Araguaia na frente
de uma loja de roupas e conveniência que pertencia a Cauã - Afonso trabalhava
como motoentregador no estabelecimento.
De acordo com a Polícia Militar, dois bandidos
chegaram ao local de carro, pararam um pouco mais adiante na rua e foram a pé
até o estabelecimento, onde anunciaram o assalto.
Os criminosos tentaram roubar a moto de uma das
vítimas e, segundo a PM, houve reação dos dois rapazes, que foram
atingidos com disparos de arma de fogo em seguida.
Afonso José morreu ao lado da moto, enquanto Cauã
chegou a ser socorrido para o Hospital Santa Catarina, mas não resistiu aos
ferimentos e morreu ao dar entrada na unidade.
O crime será investigado pelo Departamento de
Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). A primeira suspeita é de latrocínio, ou
seja, roubo seguido de morte.
"Possivelmente [foi um latrocínio]. Por quê,
segundo relatos de vizinhos, eles [os criminosos] já vieram com informações.
Foi quando houve essa tentativa de assalto, essa reação e consequentemente o
falecimento das vítimas", disse o sargento Lira, do 4º Batalhão da Polícia
Militar, que cobre a área.
Tristeza da família
O avô de Cauã, Gilberto Xavier, se mostrou indignado
com o crime e cobrou justiça.
"Eu não sei como eu vou daqui pra frente. Eu
tenho cinco netos, mas ele era o mais chegado, o que aprendeu a andar comigo
nessa rua quando era bebê. E, pra mim, eu queria que Deus tivesse me levado,
porque ele tinha uma vida todinha pela frente. Mas eu vou aceitar isso dele
partir. Não entendo em que mundo estamos, de avô enterrando o neto",
lamentou.
Gilberto contou que o neto tinha o sonho de ser
empreendedor e havia acabado de receber uma mercadoria para as vendas. O jovem
tinha montado a loja em frente à casa da família.
"Menino trabalhador, da escola, família. Como é
que Deus fez isso comigo? Sinceramente eu não entendo".
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