Segunda maior cidade do Rio Grande do Norte, Mossoró
chegou a mais de 30 dias sem registrar novas mortes por Covid-19.
No pico da pandemia, a Unidade de Pronto Atendimento
do bairro Belo Horizonte - referência no atendimento de pacientes com a doença
no município - chegou a realizar cerca de 200 testes diários. Mas a procura vem
diminuindo nos últimos meses.
O diretor da unidade conta que de 50 testes feitos por
dia, apenas uma média de 5% apresenta resultado positivo. A maioria formada por
pessoas que ainda não tomaram a vacina.
"São pessoas mais jovens, entre 30, 40, 50 anos
no máximo. E os idosos são aqueles que não foram vacinados", diz o diretor
da UPA, João Batista.
Dos 20 leitos da UPA, apenas duas enfermarias estão
ocupadas. A baixa ocupação também acontece nos hospitais regionais. Dos 30
leitos em Mossoró apenas seis estavam com pacientes, durante o fim de semana e
a taxa de ocupação era de 18,5% na região Oeste.
Os números vêm diminuindo desde o mês de junho. O
primeiro óbito por covid-19 no estado foi registrado em Mossoró, no dia 28 de
março de 2020. Desde então, esse é o maior período sem registro de óbitos no
município.
"Nós estamos há 32 dias sem óbitos por Covid na
cidade. Estamos percebendo a queda de casos há quase dois meses. É um número
significativo para a gente. A gente está vendo que as pessoas, se estão se
infectando, estão saindo de forma simples, sem precisar de hospitalização, de
uma UTI", afirmou a secretária de Saúde, Morgana Dantas.
De acordo com o boletim epidemiológico divulgado na
última sexta-feira (8) pela Secretaria Estadual de Saúde, Mossoró tem, desde o
início da pandemia, 30.192 casos confirmados da doença e 582 óbitos.
Mossoró já vacinou com as duas doses, ou dose única,
53% do público alvo da campanha de imunização contra a Covid-19. E mais de 84%
do público já tomou pelo menos uma dose da vacina. Mais de 84% do público já
tomou pelo menos uma dose da vacina. Segundo a Secretaria de Saúde, o avanço da
imunização está diretamente relacionado à queda no número de internações e
morte.
Para a imunologista Janeusa Souto, da Universidade
Federal do Rio Grande do Norte a vacinação é a saída para o fim da pandemia.
"A vacinação associada ao uso de máscara são os
grandes aliados para que a gente tenha redução no número de casos e óbitos. Aos
poucos, vamos conseguir diminuir esse quadro pandêmico que temos visto ao longo
dos meses", disse.
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