Em uma noite de vários raios, nesta quinta-feira (2),
uma casa foi atingida e ficou parcialmente destruída, em Nova Parnamirim,
bairro de Parnamirim, na região metropolitana de Natal. De acordo com os
moradores, ninguém ficou ferido, mas toda a estrutura elétrica, o gesso e parte
do telhado estão perdidos. Até os vidros das janelas quebraram e paredes
ficaram rachadas.
"Até hoje pela manhã, a região continua sem
energia", conta a moradora da casa, a técnica de enfermagem Francisca
Francimária Maia, de 32 anos. A Companhia Energética do Rio Grande do Norte
(Cosern) informou ao G1 que uma equipe foi enviada ao local.
De acordo com Francimária, o raio caiu por volta das
19h20. O marido tinha acabado de entrar no carro e saia de casa para buscá-la
no trabalho, em uma unidade de saúde de Parnamirim, quando viu o clarão e ouviu
o estrondo.
Apesar disso, ele não percebeu que o raio tinha
atingido a casa, então continuou a rota. "Quando a gente chegou em casa,
foi que percebeu a destruição", conta. "Perdemos todos os
equipamentos elétricos, geladeira, televisão, tudo", relata a moradora. De
acordo com ela, o casal aguarda uma avaliação para saber se haverá reposição
dos prejuízos.
A noite teve vários raios e trovões pela cidade, como
o registrado por Raphael Bjoe, que abre esta matéria. De acordo com o
meteorologista Gilmar Bristot, chefe do departamento de Meteorologia da Empresa
de Pesquisas Agropecuárias do Rio Grande do Norte (Emparn), a ocorrência de
raios, que não é tão comum na faixa litorânea do estado, é explicada pela
temperatura da faixa litorânea, que está de 1,5º a 2º C acima do normal.
"Essa anomalia faz com que muita umidade seja
transportada para a atmosfera, favorecendo a criação de nuvem do tipo
Cumulus-Nimbos, que é mais profunda e tem um desenvolvimento vertical, podendo
chegar a 15 ou 16 km. Acreditamos que aqui ela tenha chegado a 10 km, 11 km de
profundidade. Dentro delas, há um movimento vertical muito intenso de vapor de
água, causado pelos ventos e, nesse movimento, tem a geração de energia",
explica. "O trovão assusta, mas o raio é o mais perigoso", ressalta.
Entre às 15h desta quinta e a manhã desta sexta-feira
(3), foi registrado acúmulo de 31,4 milímetros de chuva, sendo que a maior
concentração foi entre às 19h e 20h, quando a precipitação foi de 23,4 mm. Foi
justamente nessa faixa de horário que o raio caiu sobre a casa.


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