Com 45 anos de existência, a TV Universitária
(TVU) foi a primeira emissora de televisão do Rio Grande do Norte. Pertencente
a Universidade Federal do Rio Grande do Norte, foi a pioneira dentre as
emissoras universitárias ao adotar o sinal digital no ano de 2015. Porém, os
bolsistas e alunos da TVU organizam uma greve justamente para reivindicar o
funcionamento adequado dessa tecnologia.
Paralisados desde o dia 1º de junho,
mais de 30 bolsistas pedem, através do movimento “Respeitem a TVU”, melhorias
para garantir a transmissão através do sinal digital, além de melhorias
técnicas e estruturais. O sinal analógico foi desligado no último dia 30 de
maio em 26 cidades do RN, e, desde então, não foi constatado aumento na
potência do sinal digital.
Rubem Coelho, estudante e bolsista da
TV, é o porta-voz do movimento e explica que a ideia do movimento surgiu quando
os bolsistas perceberam que a TV Universitária estava na eminência de ficar
fora do ar. “Nesse momento o sinal digital já não estava funcionando da maneira
adequada e hoje em dia a gente funciona com no máximo 10% da nossa capacidade
de produção digital”, explica.
Com esta capacidade, a emissora,
praticamente, está fora do ar. Tendo isso em vista, os estudantes se uniram no
movimento para pedir que providências sejam tomadas para que a potência seja
restaurada e o canal volte ao ar.
“A principal reivindicação dos bolsistas
que iniciaram a paralisação, é reivindicar que o sinal digital funcione em sua
capacidade máxima, porque a gente já tem a capacidade de transmitir no sinal
digital, a gente já tem o transmissor e todo o equipamento necessário para
isso. Mas, a gente não está conseguindo fazer essa transmissão da maneira
adequada”, diz Rubem.
Ainda segundo o estudante, o movimento
reivindica melhorias estruturais e técnicas, como a renovação da frota de
carros disponíveis para o uso dos bolsistas, que apresentam problemas, por
exemplo, nas portas dos veículos, podendo atingir a integridade física dos
estudantes.
“A gente ama TV e muitas vezes faltam
equipamentos básicos. A gente pede também o aperfeiçoamento do nosso sistema,
tanto o sistema de armazenamento de vídeo como também do sistema de informação
jornalística, que já é bem precária. E tudo isso, todas essas reivindicações de
melhorias estruturais e técnicas, surge da nossa necessidade e da importância
que a TV pública tem, acima de qualquer coisa”, conclui o bolsista.
O Agora RN ouviu o superintendente de
Comunicação da UFRN, José Gilmar Alves, que explicou que o “sinal analógico foi
desligado conforme o cronograma estabelecido” e que pelo fato da TV já
trabalhar com o transmissor digital há um tempo, manutenções são necessárias e
são elas que causam a queda da qualidade da transmissão.
Ainda de acordo com o superintendente,
nesta quarta-feira, 6, um técnico irá visitar a TV para realizar novas
manutenções que poderão solucionar em breve os problemas de qualidade na
transmissão. Os bolsistas cumprem seus horários de trabalho presencialmente,
porém, não realizam suas atividades. A paralisação segue até que o sinal seja
restaurado completamente.
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