quarta-feira, 6 de junho de 2018

Bolsistas da TVU paralisam atividades e pedem melhorias estruturais e técnicas




Com 45 anos de existência, a TV Universitária (TVU) foi a primeira emissora de televisão do Rio Grande do Norte. Pertencente a Universidade Federal do Rio Grande do Norte, foi a pioneira dentre as emissoras universitárias ao adotar o sinal digital no ano de 2015. Porém, os bolsistas e alunos da TVU organizam uma greve justamente para reivindicar o funcionamento adequado dessa tecnologia.


Paralisados desde o dia 1º de junho, mais de 30 bolsistas pedem, através do movimento “Respeitem a TVU”, melhorias para garantir a transmissão através do sinal digital, além de melhorias técnicas e estruturais. O sinal analógico foi desligado no último dia 30 de maio em 26 cidades do RN, e, desde então, não foi constatado aumento na potência do sinal digital.


Rubem Coelho, estudante e bolsista da TV, é o porta-voz do movimento e explica que a ideia do movimento surgiu quando os bolsistas perceberam que a TV Universitária estava na eminência de ficar fora do ar. “Nesse momento o sinal digital já não estava funcionando da maneira adequada e hoje em dia a gente funciona com no máximo 10% da nossa capacidade de produção digital”, explica.


Com esta capacidade, a emissora, praticamente, está fora do ar. Tendo isso em vista, os estudantes se uniram no movimento para pedir que providências sejam tomadas para que a potência seja restaurada e o canal volte ao ar.


“A principal reivindicação dos bolsistas que iniciaram a paralisação, é reivindicar que o sinal digital funcione em sua capacidade máxima, porque a gente já tem a capacidade de transmitir no sinal digital, a gente já tem o transmissor e todo o equipamento necessário para isso. Mas, a gente não está conseguindo fazer essa transmissão da maneira adequada”, diz Rubem.


Ainda segundo o estudante, o movimento reivindica melhorias estruturais e técnicas, como a renovação da frota de carros disponíveis para o uso dos bolsistas, que apresentam problemas, por exemplo, nas portas dos veículos, podendo atingir a integridade física dos estudantes.


“A gente ama TV e muitas vezes faltam equipamentos básicos. A gente pede também o aperfeiçoamento do nosso sistema, tanto o sistema de armazenamento de vídeo como também do sistema de informação jornalística, que já é bem precária. E tudo isso, todas essas reivindicações de melhorias estruturais e técnicas, surge da nossa necessidade e da importância que a TV pública tem, acima de qualquer coisa”, conclui o bolsista.


O Agora RN ouviu o superintendente de Comunicação da UFRN, José Gilmar Alves, que explicou que o “sinal analógico foi desligado conforme o cronograma estabelecido” e que pelo fato da TV já trabalhar com o transmissor digital há um tempo, manutenções são necessárias e são elas que causam a queda da qualidade da transmissão.


Ainda de acordo com o superintendente, nesta quarta-feira, 6, um técnico irá visitar a TV para realizar novas manutenções que poderão solucionar em breve os problemas de qualidade na transmissão. Os bolsistas cumprem seus horários de trabalho presencialmente, porém, não realizam suas atividades. A paralisação segue até que o sinal seja restaurado completamente.




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