Nonato Guedes
O senador
Cássio Cunha Lima, do PSDB, voltou a reivindicar uma redução do ICMS sobre os
combustíveis e rebateu insinuações do governador da Paraíba, Ricardo Coutinho
(PSB), de foi quem mais aumentou a alíquota no Estado. “Poupe o povo”, apelou
Cássio a Ricardo.
O parlamentar
tucano igualmente refutou a tese de que a redução do ICMS sobre combustíveis
provocaria uma quebradeira dos Estados. Argumentou que se trata de um discurso
falacioso e acrescentou que a Paraíba teria lucrado R$ 78 milhões com a nova
política da Petrobras.
"Os Estados
se viciaram em fixar a arrecadação em três pilares: energia, combustível e
telecomunicação. Ficaram habituados com essa comodidade e precisam encontrar
fontes alternativas de receita", provocou o senador, primeiro
vice-presidente do Senado.
Ontem, no Senado,
com 29 assinaturas, foi protocolada a CPI dos Combustíveis, que pretende
investigar a política de preços posta em vigor pela Petrobras. A CPI teve duas
assinaturas a mais do que as exigidas, e os signatários esperam concluir os
trabalhos num prazo de 30 dias, conseguindo ao final um esclarecimento concreto
sobre os preços da gasolina e do gás.
A instalação da
CPI depende do presidente do Senado, Eunício Oliveira, do MDB-CE. O paraibano
Cássio Cunha Lima aduziu que, independente da formalização de CPI, a sociedade
está exigindo transparência de informações por parte dos dirigentes da
Petrobras e dos ministros e interlocutores qualificados do governo do
presidente Michel Temer, diante da proliferação de informações conflitantes na
esteira das paralisações dos caminhoneiros. Um outro senador paraibano, José
Maranhão (MDB), afirmou que o esforço por um acordo com os grevistas não será
suficiente para afastar a crise que proporcionou o caos ao Brasil nos últimos
dias. De acordo com o emedebista, a produção de petróleo no Brasil vai bem, mas
faltam recursos para transformar o produto em combustíveis, diante do
incremento da demanda.
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