Agora RN
A visita do
pré-candidato à Presidente da República Jair Bolsonaro (PSL) a Natal na última
semana evidenciou não só a onda de popularidade dos militares entre os
eleitores, mas também reacendeu outra ideia entre aqueles que tem mais
afinidade com candidaturas de “fardados”: a possibilidade de o capitão da
Polícia Militar Styvenson Valentim disputar algum cargo eletivo neste ano. O
detalhe é que, como o prazo de filiação de militares da ativa é diferente,
Styvenson ainda pode ser candidato no pleito deste ano, mesmo estando
atualmente sem filiação partidária. Por isso, claro, não são poucas as siglas
que negociam lançar o nome do policial como candidato.
Entre as
agremiações que estariam aguardando uma decisão do capitão para definir seu
rumo político, ao menos duas já seriam bem conhecidas no Rio Grande do Norte: o
Solidariedade, do deputado estadual Kelps Lima, e o próprio PSL, de Jair
Bolsonaro. No caso do SD, o partido tem sustentado a pré-candidatura de Kelps
ao Governo, mas há quem afirme lá dentro que o desejo é mesmo ter capitão
Styvenson como candidato ao Executivo, fato que permitiria a reeleição de Kelps
na Assembleia e fortaleceria os demais nomes do partido.
No PSL,
vários militares são pré-candidatos, como o coronel André Azevedo, ex-comandante
da Polícia Militar do RN. O partido, porém, tem mantido um espaço na
pré-candidatura ao Governo e afirma que ainda não tomou sua decisão sobre qual
caminho seguir: se vai lançar candidatura própria ou se apoiará algum nome
dentre os ofertados atualmente.
Oficialmente,
Styvenson não fala sobre candidatura, mas admite que tem sido pressionado para
entrar para a vida política. “Até minha mãe pergunta se não vou virar
político”, disse ele recentemente, em entrevista. Para se ter uma ideia da popularidade
do capitão da PM, o vídeo do pronunciamento dele na Câmara Municipal de Natal,
falando sobre a melhoria do aprendizado na escola estadual Maria Ilka, no Bom
Pastor, após a intervenção (ocupação) dele, teve mais de 15 mil
compartilhamentos no Facebook. No Instagram, outras postagens do militar
chegam, facilmente, a mais de 10 mil visualizações e curtidas.
É importante
esclarecer que essa situação em aberto é consequência do fato de o prazo ser
diferenciado para militares da ativa, que só precisam estar filiados quando
assumir os cargos eletivos. Para concorrer, bastam a eles ter a candidatura
lançada por algum partido, mesmo que ele não seja filiado a ele.
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