A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (9),
a Operação CA/CL para desmontar uma organização criminosa que agia como uma
verdadeira máquina de fraudes bancárias no país. A ação ocorreu em Natal
também. O grupo usava empresas de fachada e documentos falsos para conseguir
empréstimos milionários sem qualquer intenção de pagar, causando prejuízo que a
PF estima em milhões de reais.
O esquema era profissional: empresas inativas
viravam “negócios milionários” da noite para o dia, laranjas eram colocados
como sócios, documentos fiscais falsos eram apresentados e até máquinas pesadas
“fantasmas” eram usadas como garantia.
Para piorar, um funcionário de uma instituição
financeira federal ajudava a quadrilha ao inserir informações falsas nos
sistemas internos de risco, aprovando créditos que jamais passariam por uma
análise séria.
Depois de liberar os valores, o dinheiro era
espalhado entre contas de laranjas, empresas de fachada e usado na compra de
carros de luxo e imóveis para esconder o rastro — muitos registrados em nomes
de terceiros e até enviados para outros estados, numa tentativa de driblar a
fiscalização.
A PF já identificou ao menos 20 empresas usadas
entre 2022 e 2025, mas acredita que o rombo pode ser bem maior.
Balanço
Ao todo, oito equipes cumpriram prisões e mandados
de busca, com bloqueio de contas, apreensão de documentos, veículos e registros
contábeis. Os envolvidos devem responder por crimes financeiros, lavagem de
dinheiro e participação em organização criminosa — mais um capítulo do velho
Brasil onde a corrupção corre solta, mas desta vez com a PF no encalço.

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