A morte de “Vaqueirinho”, atacado por uma leoa após
invadir o zoológico de João Pessoa, virou só mais um capítulo do caos perfeitamente
planejado pelo Conselho Nacional de Justiça. Sim, o CNJ que decidiu brincar de
laboratório social empurrou o País para essa mistura de delírio, romantização
da “liberdade” e abandono completo da realidade.
É simples: um rapaz com mais de dez passagens,
detido duas vezes na mesma semana, quebrando caixa eletrônico, jogando pedra em
viatura… e solto com TCO como se fosse aluno indisciplinado. Isso não é
acidente. É produto direto da Resolução 487/2023, a política antimanicomial que
transformou o Judiciário em ONG identitária. Acabaram com a internação,
desmontaram os manicômios judiciários e empurraram tudo para CAPs que mal têm
médico. Colocaram ideologia onde deveria haver técnica.
O resultado está aí: gente completamente fora da
realidade circulando livre, sem responsabilização, sem tratamento efetivo e sem
qualquer limite. O CNJ comprou a narrativa de que internação é “violência”, mas
deixar um indivíduo em surto vagando até entrar na jaula de um animal selvagem
seria o quê? Progresso?
A política da lacração virou política pública. E deu
no óbvio: um jovem que precisava de contenção, tratamento sério e resposta do
Estado foi largado à própria sorte e terminou devorado por uma leoa. Um País
que prefere agradar organismos internacionais a proteger sua população paga
caro. Nesse caso, pagou com a vida do próprio beneficiado pela política
estúpida.
O CNJ quis reinventar o ofício. Esqueceu só de um
detalhe: na vida real, ideologia não salva ninguém. Justiça frouxa, então,
menos ainda.
Esse texto foi copiado do Blog do Gustavo Negreiros

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