sexta-feira, 12 de dezembro de 2025

Havan: Mãe de suspeito de incêndio relata problemas psicológicos e pede compreensão

 


A mãe de Erick Lucas da Costa Carvalho, apontado pelo empresário Luciano Hang como suspeito de incendiar uma estátua da Havan em Natal, falou pela primeira vez sobre a situação do filho. Em entrevista para o TÁ NA HORA RN, da TV Ponta Negra, ela afirmou que o jovem de 22 anos sofre de problemas psicológicos graves, faz tratamento há mais de três anos e estaria em surto no momento do ocorrido.

Segundo ela, o filho não agiu por vontade própria e jamais teria intenção criminosa. “Ele surtou. Saiu na madrugada, às duas da manhã, para pedalar. Eu estava dormindo com o pai dele, porque muitas vezes o pai dorme perto dele. Ele surtou, saiu e aconteceu o que aconteceu”, relatou.

A mãe também declarou que o filho está internado em uma clínica psicológica e negou que ele esteja foragido. “Ele não está fugitivo. Ele está na clínica fazendo tratamento. Ele não está preso porque não teve mandado de prisão. Estão caluniando, estão colocando coisas que não existem”, disse.

“Meu filho não é bandido”, afirma a mãe

Em vários momentos, a mãe se emocionou ao defender a integridade do filho, alegando que ele vem sendo alvo de ataques e julgamentos precipitados nas redes sociais.

“Quem está por fora é muito mole falar que meu filho é isso, aquilo, chamar meu filho de bandido. Ele não é bandido. Chamar meu filho de marginal, ele não é marginal”, afirmou.

Ela ainda citou a vida acadêmica de Erick. Segundo o relato, ele é universitário, já cursou Direito na UFRN, mas não concluiu por conta do agravamento dos problemas psicológicos. “O único defeito do meu filho é tentar abraçar o mundo, lutar contra o preconceito. Ele sim é formado em massoterapeuta. Ele cursou Direito, mas não terminou porque mexeu muito com a mente dele.”

A advogada da família, Carolina Oliveira, que acompanha o caso, explicou que o processo deve seguir os parâmetros legais e que cabe ao Judiciário avaliar a capacidade do jovem de responder pelo ato.

“Tem que ser colocado submetido ao Judiciário? Tem. É verdade. Tem que ser feito esse julgamento? Tem. Mas ali o Judiciário vai analisar se ele é inimputável, se ele tem capacidade de responder pela conduta e, se tiver, vai responder. A defesa está aqui para isso”, afirmou Carolina.

A advogada ressaltou que o caso exige equilíbrio e respeito ao devido processo legal. “Agora, o questionamento é o seguinte: ele deve responder na proporcionalidade da conduta porque no nosso ordenamento jurídico não existe o tribunal de exceção. Para onde ele seria levado? Qual a finalidade dessa oferta? Porque quando a gente fala do crime de dano, a gente fala de uma ação penal pública condicionada à representação. Depende da persecução penal”, explicou.

Carolina também destacou o papel da Justiça diante da pressão social. “O julgamento tem que ser submetido ao crivo do Judiciário. A opinião pública é importante, de fato, mas às vezes a opinião pública vem antes desse julgamento, que é designado para dirimir esses conflitos. Então, julgamento”, concluiu.

Carolina Oliveira, que acompanha o caso, explicou que o processo deve seguir os parâmetros legais e que cabe ao Judiciário avaliar a capacidade do jovem de responder pelo ato.

“Tem que ser colocado submetido ao Judiciário? Tem. É verdade. Tem que ser feito esse julgamento? Tem. Mas ali o Judiciário vai analisar se ele é inimputável, se ele tem capacidade de responder pela conduta e, se tiver, vai responder. A defesa está aqui para isso”, afirmou Carolina.

A advogada ressaltou que o caso exige equilíbrio e respeito ao devido processo legal. “Agora, o questionamento é o seguinte: ele deve responder na proporcionalidade da conduta porque no nosso ordenamento jurídico não existe o tribunal de exceção. Para onde ele seria levado? Qual a finalidade dessa oferta? Porque quando a gente fala do crime de dano, a gente fala de uma ação penal pública condicionada à representação. Depende da persecução penal”, explicou.

Carolina também destacou o papel da Justiça diante da pressão social. “O julgamento tem que ser submetido ao crivo do Judiciário. A opinião pública é importante, de fato, mas às vezes a opinião pública vem antes desse julgamento, que é designado para dirimir esses conflitos. Então, julgamento”, concluiu.

Contexto do caso

O empresário Luciano Hang divulgou na quarta-feira (11) um vídeo afirmando que Erick Lucas seria o responsável pelo incêndio na estátua da Havan em Natal. O caso gerou grande repercussão nas redes sociais.

A família, porém, afirma que Erick sofre de transtorno de personalidade e está em tratamento contínuo. No momento, encontra-se internado em uma clínica.

 

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