O desembargador aposentado Sebastião Coelho voltou a
mirar no comandante do Exército, Tomás Miguel Miné Paiva, após a prisão do
ex-presidente Jair Bolsonaro pela Polícia Federal em Brasília. Em vídeo
divulgado nas redes sociais, Coelho questionou o silêncio do general e afirmou
que “um capitão do Exército está preso na PF, quando deveria estar em uma unidade
militar”.
Coelho, aliado histórico de Bolsonaro, já havia
criticado o comandante um dia antes. Ele cobrou publicamente uma reação de
Paiva e insinuou que o general estaria alinhado ao ministro Alexandre de
Moraes.
Dessa vez, o desembargador foi além e convocou uma
paralisação nacional, defendendo “anistia ampla, geral e irrestrita” para
presos do 8 de Janeiro e para o próprio Bolsonaro. Segundo ele, apenas serviços
de emergência, como hospitais e bombeiros, deveriam continuar funcionando.
A revolta de Coelho veio logo depois da prisão de
Bolsonaro, determinada por Moraes a pedido da própria PF, que alegou risco de
fuga. Segundo a decisão, o ex-presidente teria violado a tornozeleira
eletrônica às 00h08 do dia 22 de novembro — informação que, para a defesa de
Bolsonaro, é mais um capítulo da escalada de perseguição política comandada
pelo STF e tolerada pelo governo Lula.
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