O PT voltou a chiar em Brasília depois de perder
feio na votação do PL Antifacção, projeto endurecido pela Câmara e aprovado com
maioria — inclusive com apoio de partidos de centro e direita. O líder petista
Lindbergh Farias resolveu mirar no presidente da Câmara, Hugo Motta, chamando o
paraibano de “imaturo” e acusando o deputado de agir “na surdina”.
Lindbergh reclamou que Motta teria “derrubado o
IOF”, apoiado a chamada “PEC da Blindagem” e ainda escolhido o deputado
Guilherme Derrite como relator de um projeto enviado pelo próprio governo Lula.
Para o PT, o erro nunca está no governo, sempre no Congresso — especialmente
quando a Câmara não aceita ser mero carimbador do Planalto.
Hugo Motta respondeu com elegância, mas firmeza:
publicou vídeo defendendo o PL Antifacção e lembrando que “não importa se a
ideia vem da esquerda ou da direita, importa se serve ao Brasil”. O recado foi
claro: o Parlamento não trabalha para agradar o governo, e sim para entregar
resultados — algo que Natal conhece bem com o diálogo firme entre Câmara
Municipal e gestão Paulinho Freire.
A irritação do PT escancara mais uma crise de
confiança com o Congresso. Lindbergh admitiu que Lula ficou descontente com o
resultado, já que grande parte da própria bancada petista votou contra o
projeto. Enquanto isso, Hugo Motta reforçou o papel da Câmara: “A função do
parlamento não é carimbar projeto do Executivo, é melhorar o texto”.

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