A fila de famílias habilitadas para ingressar no
Bolsa Família voltou a subir em novembro e chegou a 987,6 mil, o maior número
desde julho de 2022 e um recorde da atual gestão de Luiz Inácio Lula da Silva
(PT). É o quinto mês consecutivo de alta — um movimento causado não por piora
econômica, mas por represamento nas concessões do benefício.
O programa atende atualmente 18,7 milhões de famílias,
o menor patamar desde meados de 2022. Desde o início do governo Lula, cerca de
2,9 milhões deixaram o Bolsa Família. Embora parte tenha saído por aumento de
renda, o volume inclui beneficiários excluídos por suspeita de fraude e também
famílias que entregaram toda a documentação, mas seguem impedidas de receber o
auxílio.
O avanço da fila ocorre em meio ao aperto
orçamentário. Entre janeiro e novembro, o Bolsa Família consumiu R$ 146,5
bilhões. Com orçamento anual de R$ 158,6 bilhões, restam apenas R$ 12,1 bilhões
para fechar dezembro — mês cuja folha de pagamento costuma superar esse valor.
Para equilibrar as contas, o governo vem reduzindo o número de beneficiários
desde o segundo semestre, e a tendência é que novos cadastros sejam liberados
apenas em 2026.
Com quase 1 milhão de famílias pré-habilitadas e
renda máxima de R$ 218 por pessoa, o represamento deve gerar desgaste político
para o Planalto em ano pré-eleitoral, atingindo diretamente a faixa da
população que historicamente compõe a base mais fiel do presidente.
Com informações do Poder 360

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