O novo plano de reestruturação dos Correios,
aprovado pela diretoria nesta semana, amplia de forma significativa o escopo
das mudanças previstas para a estatal. Além do fechamento de agências, do
programa de demissão voluntária e da revisão dos planos de saúde, a empresa
agora analisa alternativas estruturais consideradas decisivas para sua
sobrevivência financeira.
Segundo fontes ouvidas pela CNN Brasil, a estatal
estuda a abertura de capital com venda de ações na Bolsa, preservando o
controle da União. A criação de uma joint venture, que uniria setores
estratégicos dos Correios a empresas privadas para captação de investimentos,
também está entre as possibilidades iniciais. A definição das medidas, porém,
só ocorrerá após a contratação de uma consultoria especializada em mercado
financeiro, responsável por indicar o caminho mais vantajoso.
De acordo com integrantes da nova direção da
companhia, a única condição considerada inegociável é que os serviços postais
sigam sob responsabilidade da estatal, independentemente do modelo societário
adotado. Em nota divulgada nesta sexta-feira (21), os Correios afirmaram que
fusões, aquisições e reorganizações societárias estão sendo avaliadas com foco
em aumentar a competitividade da empresa no médio e longo prazo.
O plano também prevê a contratação de uma operação
de crédito de até R$ 20 bilhões até o fim de novembro, recurso que a direção
considera essencial para reduzir o déficit a partir de 2026 e retomar a
lucratividade em 2027. A situação financeira é crítica: somente no primeiro
semestre de 2025, a estatal registrou prejuízo de R$ 4,36 bilhões.
Com informações da CNN

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