Tradicional no Rio Grande do Norte e uma das
empresas mais consagradas no setor de água mineral, a Água Santa Maria aposta
em mais uma novidade para o mercado: as garrafas de vidro de 750ml. A nova
linha se une às garrafas de vidro de 500ml, implementadas há cinco anos, bem
como à água em lata descartável. A ideia já tem atingido mercados do RN e de
outros estados. A expectativa da empresa em relação ao faturamento e
crescimento de vendas para 2025 é de 6%, média registrada nos últimos anos.
Segundo o diretor-presidente da Santa Maria, Roberto
Serquiz, a inovação tem sido implementada aos poucos no setor alimentício do
RN, em especial bares e restaurantes. A ideia já é vista em países da Europa e
da América Central, sendo ainda novidade no Brasil e restrita a poucos estados.
“Essa é uma linha de modernização conceitual.
Estamos vivendo a era da sustentabilidade, são produtos que têm esse conceito,
sendo 100% recicláveis, como o vidro e a lata, tendo uma retroalimentação para
um segundo processo. Hoje é mais do que necessário que essa mudança venha a
acontecer”, comenta.
Ainda segundo Serquiz, há uma certa resistência
inicial do mercado em função do preço dos produtos, situação que a Santa Maria
tem tentado driblar com estratégias e negociações diretas com o setor de bares
e restaurantes. Já há garrafas de vidro da Santa Maria na Paraíba, Pernambuco e
Ceará.
“É uma compra seleta, mas é uma realidade que tende
a aumentar a cada Cop [conferência climática], a cada discussão de meta que é
estabelecida para o próprio país. A Política Nacional de Resíduos Sólidos
exige, apesar dela ser de 2010 e sem ser implementada, mas uma vez isso
ocorrendo, essa escala naturalmente vai acontecer e passa a ser uma exigência”,
comentou Roberto Serquiz.
Para adotar as recentes inovações na empresa, a
Santa Maria investiu em equipamentos de última geração e materiais de
qualidade. No caso das garrafas de vidro, por exemplo, as máquinas são capazes
de envasar 6.000 garrafas por hora. Em se tratando das latas e descartáveis, o
volume chega a 4.000/h e dos garrafões a 1.200/h. Nas garrafas de vidro, por
exemplo, há dois tipos de lacre, sendo um tamponamento com as tampas
semelhantes às garrafas de cerveja e o de alumínio, novidade da empresa.
Mesmo tendo adotado uma nova linha de produtos para
o consumidor nos últimos anos, a Santa Maria segue tendo como carro-chefe o
garrafão de 20 litros, com linhas plus e premium. Os garrafões correspondem a
70% das vendas da empresa, com a Santa Maria tendo mais de 223 distribuidores
em todo o Estado.
Num desses itens, por exemplo, além do tradicional
lacre para evitar contaminações, o garrafão também vai com capa protetora e
lenço de limpeza com álcool em gel para higienização. Há diferenciação também
em relação ao material dos vasilhames, sendo alguns deles mais resistentes a
danos e impurezas, por exemplo.
“Nós, da Santa Maria, buscamos essa inovação, que é
uma cultura permanente da empresa, não só na parte de produtos mas também de
processos e da gestão. É uma empresa antiga, de 1968, porém ela não envelheceu.
Tivemos várias atualizações. Tanto é que temos todos os tipos de embalagens,
desde o copinho ao garrafão”, comenta Roberto Serquiz.
Produtos
A linha de produtos oferecidos ao consumidor pela
Água Santa Maria é formada por copos de 200 ml, recipientes retornáveis e
descartáveis (garrafas de 500ml de vidro e plástico), recipientes de 5 litros e
ainda garrafões de 20 litros.
Além da lata e das garrafas de vidro recém-lançadas,
a empresa também tem passado por processos de avaliação interna e de mercado
para novos lançamentos. A expectativa é de que haja novos produtos nos próximos
anos.
Empresa adota práticas sustentáveis
Saindo da fonte até chegar na casa do consumidor, a
água da Santa Maria passa por um minucioso processo de práticas sustentáveis e
controle de qualidade visando evitar contaminações e impurezas.
Nesse sentido, a empresa conta com equipamentos em
inox, tubulações de inox polidos interna e externamente e de maneira aérea,
cabines de envase hermeticamente fechadas, entre outras questões.
“Temos manutenção preventiva e preditiva: se há um
rolamento que tem um prazo de validade, trocamos naquele prazo, não deixamos
vencer para poder trocar. Todo esse conjunto de procedimentos da equipe de
manutenção dialoga com a qualidade. Temos laboratório próprio, com profissional
que acompanha toda a análise sistemática”, cita.
A empresa fica situada na zona rural de Parnamirim,
na Grande Natal, numa área de saldo de mata ciliar na região de Cajupiranga.
“Por estarmos encravados nessa região de mata, é onde está nossa qualidade e
diferencial. É uma água que tem zinco, potássio, bicarbonato, magnésio, cálcio.
É uma água que tem essa história, encravada na mata ciliar. Essa qualidade de
pureza é o que preservamos mais para que o que saia da fonte chegue na
embalagem e chegue até o consumidor com a qualidade que saiu daqui”, analisa.
Ainda segundo Serquiz, a empresa também adota
práticas ambientais e preservação da área à qual a indústria está situada.
“Somos o grande guardião dessa área. A partir do momento que temos uma lavra,
temos a responsabilidade sobre a preservação. Fazemos até um pouco mais, porque
fazemos todo o monitoramento aqui, até mesmo do Rio Cajupiranga. O Rio
Cajupiranga entra de uma maneira e sai muito melhor, porque nós temos 40 mil
litros de água ali derramando, é 24 horas. Então abastecemos o rio Cajupiranga
e consequentemente abastece também o rio Pirangi, isso é um ponto de
sustentabilidade”, cita.
Em relação a questões sociais, o quadro de
funcionários é da época da fundação da empresa, datada de 1968, além do fato de
estar há 35 anos sem causas trabalhistas. Toda a parte de vasilhames, resíduos
e o que puder ir para um processo de reciclagem é encaminhado para uma
recicladora na cidade de São José de Mipibu. Os resíduos são processados e
vendidos para outra indústria em outros estados do Brasil.
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