Nas últimas duas semanas,
casos de aparição de capivaras no Rio Grande do Norte acabaram chamando
atenção. Um deles aconteceu no distrito de Bulhões, em Acari, município do
Seridó potiguar, no dia 2 de julho, durante a pesca de moradores, no Açude
Gargalheiras.
Na ocasião, o animal foi
encontrado preso a uma rede de pesca e entregue para o Batalhão de Policiamento
Ambiental (BPAmb). Na época, BPAmb informou que ainda não havia informações
sobre como o animal chegou à região.
A suspeita é que a busca
por água e alimento tenha provocado o deslocamento do animal até o açude. O
resgate chamou atenção da população local e repercutiu nas redes sociais.
Outros casos foram
divulgados nas redes sociais. Em um vídeo, uma capivara foi flagrada próximo à
praia de Tabatinga e Barreta, no litoral Sul do Estado.
Um quarto caso, em que um
animal teria sido atropelado em Ponta Negra, na zona Sul de Natal, mas não teve
a confirmação por parte do Instituto de Desenvolvimento e Meio Ambiente do
estado do Rio Grande do Norte, nem do o Batalhão de Policiamento Ambiental.
A capivara é considerada
um dos maiores roedores do mundo. Mais comum em regiões úmidas e alagadas, o
animal não costuma habitar áreas do semiárido como o interior do Rio Grande do
Norte. Após ser resgatada, a capivara foi encaminhada ao Centro de Triagem de
Animais Silvestres (CETAS), do Ibama, em Natal.
“Não é comum a aparição
destes animais, embora a espécie possua ampla distribuição por quase toda a
América do Sul, inclusive em todos os estados do Brasil. Estas aparições podem
estar relacionadas à perda de habitat, através de desmatamento e do avanço das
cidades, ou até mesmo, pessoas que compram esses animais como pets, ainda
filhotes, e acabam abandonando quando o animal cresce”, esclareceu o biológo do
IDEMA, Dhyego Melo.
De acordo com Renata
Brasileiro, tenente da Companhia de Policiamento Ambiental, é preciso adotar
alguns cuidados. ”Não se pode interagir com o animal de nenhuma forma, evitar
tocar, alimentar, para que não haja indicentes. Nos casos de animais
encontrados fora da natureza, é feito o resgate e devolvido ao Habitat
Natural.”, afirmou.
Entre os indicativos para
que as pessoas não façam contato com o animal está a reação de ataque das
capivaras.
“Embora seja um animal
herbívoro, a capivara é o maior roedor dentre todas as espécies da ordem
Rodentia, e possui dentes muito bem desenvolvidos. As pessoas precisam tomar a
precaução de não tentar pegar nestes animais, afinal, são animais silvestres e
ao tentar defender-se, podem morder”, declarou Melo.
A legislação brasileira
proíbe a caça, captura e manutenção de animais silvestres como a capivara,
reforçando a importância da ação dos moradores e da Polícia Ambiental.
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