O Senado Federal aprovou nesta quarta-feira (25),
por 41 votos a 33, o texto-base do projeto de lei complementar que amplia de
513 para 531 o número de deputados federais a partir das eleições de 2026.
Agora, os senadores analisam um destaque (sugestão
de alterações) sobre a matéria. O texto sofreu alterações em relação à versão
aprovada pelos deputados e, por isso, retorna para análise da Câmara.
A proposta teve relatoria do senador Marcelo Castro
(MDB-PI). Quando foi aprovado na Câmara em maio deste ano, o projeto previa
impacto estimado de R$ 64,6 milhões nos cofres públicos com a criação das novas
cadeiras.
No entanto, Castro incluiu no relatório uma emenda
do senador Alessandro Vieira (MDB-SE) que proíbe qualquer aumento de despesas,
inclusive verbas de gabinetes e cotas parlamentares, passagens aéreas e auxílio
moradia.
Deverão ser mantidos os valores correspondentes ao
exercício de 2025. Fica proibida a aprovação de créditos adicionais,
remanejamento, transposição ou transferência orçamentária.
A regra vale para a legislatura que se iniciará em
2027. Será admitida a atualização monetária dos valores mantidos constantes a
cada sessão legislativa.
A aprovação do projeto foi negociada pelo presidente
do Senado, Davi Alcolumbre(União-AP), que deixou a condução da
sessão durante a análise do texto para votar favoravelmente à proposta. O
Regimento Interno da Casa não permite que o presidente da sessão registre voto.
Por isso, Alcolumbre passou a condução do debate
para o senador Nelsinho Trad (PSD-MS) e registrou voto
favorável.
Urgência
A análise foi realizada em regime de urgência, já
que o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou, em 2023, que o Congresso
revisasse até 30 de junho deste ano o número de parlamentares por estado na
Câmara. A divisão deve levar em conta os dados populacionais mais recentes.
A recomendação do STF era de que os deputados
revisassem a distribuição das vagas na Câmara com base no Censo Demográfico de
2022. Dessa forma, ficaria mantido o número de 513 deputados. Nesse cenário,
sete estados que perderam população teriam redução no número de cadeiras,
enquanto outros sete, com crescimento populacional, ganhariam vagas.
Para cumprir a decisão do STF, o presidente da
Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) articulou e propôs ampliar as bancadas das
unidades que tiveram aumento populacional, mas sem diminuir a bancada dos
estados que tiveram reduções populacionais.
Por isso, o relator do projeto na Câmara, Damião
Feliciano (União-PB), estabeleceu a criação de 18 novas vagas, ampliando o
número total de deputados para 531.
Pelo projeto, os estados que ganham novas vagas são:
- Pará
(4);
- Santa
Catarina (4);
- Amazonas
(2);
- Mato
Grosso (2);
- Rio
Grande do Norte (2);
- Paraná
(1);
- Ceará
(1);
- Goiás
(1);
- Minas
Gerais (1).
CNN
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