Policiais penais localizaram três celulares
escondidos no teto de uma cela, na manhã deste sábado (7), durante uma reforma
na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em Nísia
Floresta, na Grande Natal.
A direção da unidade acredita que o esconderijo é
muito antigo, uma vez que estava camuflado com reboco. Os aparelhos estavam
descarregados.
De acordo com a Secretaria de Administração
Penitenciária, anotações localizadas com os celulares têm data de 2015,
reforçando as suspeitas da direção da unidade que os aparelhos estavam
escondidos há muito tempo.
Ainda de acordo com a pasta, atualmente, as celas de
todas as unidades prisionais do estado não têm energia elétrica, seguindo
recomendação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o que inviabiliza o
carregamento de aparelhos.
Massacre em 2017
Em 2017, a Penitenciária de Alcaçuz foi palco
do episódio
mais sangrento do sistema prisional potiguar, terminando, oficialmente,
com 27
presos mortos.
A rebelião começou no dia 14 de janeiro daquele ano
e envolveu uma disputa de dois grupos criminosos rivais.
Os corpos encontrados estavam em condições de
extrema brutalidade. Com capacidade naquela época para 620 internos, Alcaçuz
tinha 1,2 mil presos no dia da matança.
Antes de acontecer o massacre, os pavilhões 1, 2, 3
e 4 pertenciam à Alcaçuz. Já o pavilhão 5, antes dominado por presos do
Primeiro Comando da Capital, fazia parte do Presídio Rogério Coutinho Madruga,
que é um anexo de Alcaçuz. Na época, apenas uma cerca de arame farpado separava
as duas unidades.
Armados, presos do PCC saíram do pavilhão 5 e
invadiram o pavilhão 4, onde estavam parte dos presos do Sindicato do Crime do
RN, facção rival que nasceu de membros desgarrados do próprio PCC.
Pelo menos três pavilhões do complexo penitenciário
foram destruídos durante a ação.

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